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Agile e Clio ganham nota zero no Latin NCAP

25/07/2013 - 16:18 - Automotive Business - Fotos: Divulgação
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O Latin NCAP, programa que avalia desde 2010 a segurança de carros novos vendidos na América Latina, divulgou na quarta-feira, 24, os primeiros resultados de sua quarta fase de crash-tests, com seis modelos: Chevrolet Agile, Renault Clio Mio, Novo Seat Leon, Suzuki Celerio, Suzuki Alto K10 e Nissan Tsuru.

Dois deles, o Chevrolet Agile e o Renault Clio Mio, são vendidos no Brasil e ficaram entre os piores. Fabricados na Argentina, ambos os carros não conseguiram nenhuma estrela na categoria de proteção aos ocupantes adultos. No quesito que analisa a segurança das crianças transportadas, o Agile obteve duas estrelas e o Clio, apenas uma.

Durante os testes do Latin NCAP são usadas as versões mais básicas de todos os carros. Nesta quarta fase, que já levou em conta critérios mais rigorosos de avaliação, válidos até 2015 (leia aqui), os modelos foram comprados pela instituição no mercado mexicano, onde alguns deles são vendidos sem airbag - Agile, Clio, Tsuru e o Alto K10.

Mas este não foi o principal motivo que levou os carros a apresentar desempenho ruim. Alejandro Furas, diretor técnico do Latin NCAP e engenheiro responsável por divulgar os resultados, comentou: “O resultado é muito desalentador e, em parte, deve-se à falta de airbags na versão padrão. Contudo, o verdadeiro problema é a deficiente segurança das estruturas dos habitáculos. Estas estruturas se deformam sobre os passageiros, que podem ter consequências fatais em uma batida real. Os carros classificados sem nenhuma estrela são produto de empresas que fabricam automóveis seguros e de qualidade cinco estrelas para consumidores de outras partes do mundo, por um valor muito mais acessível. Já na América Latina, mais de 450 mil carros vendidos em 2012 foram avaliados pelo Latin NCAP com até três estrelas.”

Modelos inseguros no Brasil

O Chevrolet Agile, com mais de 3 mil emplacamentos por mês no Brasil, já é comercializado no País com airbag duplo de série na versão mais barata, a LT. Mas, independentemente do sistema de segurança, o que mais preocupa é o estado em que ficaram os bonecos adultos após a colisão frontal a 64 km/h. O Latin NCAP apontou: “Dentro de um habitáculo instável, os ocupantes adultos tiveram as áreas dos pés expostas a maiores riscos, enquanto a pressão da lataria sobre a parte de cima da cabeça do motorista se mostrou inaceitável.”

O Renault Clio Mio, que está prestes a sair de linha nesta versão, também zerou no quesito de proteção aos adultos por causa da instabilidade da carroceria, que afetou a cabeça dos bonecos. O carro também apresentou baixa compatibilidade para fixação da cadeirinha infantil.

Pior nota

Nesta fase, Agile e Clio só não se saíram pior do que Nissan Tsuru (o antigo Sentra do início dos anos 1990), avaliado com nota zero em ambas as categorias. O diretor técnico do Latin NCAP contou que o sedã da Nissan fabricado no México não cumpre sequer as regulamentações mínimas de segurança, como oferecer cinto de três pontos para todos os ocupantes do banco traseiro.

Contraste entre os modelos Suzuki

O Suzuki Alto K10 também deixou a desejar ao zerar na categoria de proteção aos adultos, apresentando riscos fatais. O veículo só conseguiu três estrelas em relação à proteção das crianças por ter absorvido boa parte da energia que impactaria os bonecos menores.

Também da Suzuki, se saiu melhor o compacto Celerio. Com airbags frontais de série, obteve quatro estrelas no quesito de proteção adulto. Mas conseguiu apenas duas na análise de segurança das crianças por falta de incompatibilidade com as cadeirinhas infantis. O Latin NCAP parabenizou este modelo e destacou que os carros compactos podem apresentar o mesmo nível de segurança dos grandes europeus avaliados com cinco estrelas.

Cinco estrelas é importado

Dos 32 veículos avaliados pelo Latin NCAP desde 2010, o novo Seat Leon (marca do Grupo Volkswagen) foi o primeiro e o único a conseguir cinco estrelas na categoria de proteção aos adultos. Mas o automóvel não é fabricado na América Latina. É importado da Espanha, o que explica o mesmo nível dos carros europeus.

Neste caso, foi a própria Seat quem patrocinou o teste, mas como as demais empresas não pôde exercer nenhuma mudança no carro que seria avaliado.

O Seat Leon conta com seis airbags, sistema de alerta sonoro visual e sonoro do uso do cinto de segurança e sólida estrutura da carroceria que não apresentou sérios riscos aos passageiros adultos depois dos crash-tests frontal e lateral.

O modelo foi avaliado com quatro estrelas em relação à segurança das crianças por ter o sistema Isofix, de fixação das cadeirinhas. O veículo conta ainda com etiquetas de advertência quanto aos perigos associados à instalação de uma cadeirinha infantil inadequadamente.

“Não indico a aquisição de um veículo com até três estrelas. Eu não compraria. O papel do Latin NCAP é justamente apontar esses carros para os consumidores”, concluiu Furas.

Novos testes do programa Latin NCAP devem ser anunciados até o fim deste ano.

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