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Queda nas vendas ainda não afeta setor de motopeças

18/08/2014 - 16:06 - Carlos Bazela / Agência INFOMOTO - FOTOS: Divulgação
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A venda de motos de baixa cilindrada está em retração. Prova disso, foram as 717.728 unidades emplacadas no primeiro semestre de 2014, frente as 748.272 licenciadas no mesmo período do ano passado, o que representa uma queda de 4,08%. Contudo, o momento vivido pelo segmento de duas rodas ainda não instaurou uma crise no mercado de motopeças, cujos fabricantes estão reunidos na 8ª edição do Salão Nacional e Internacional de Motopeças, que acontece de 13 a 16 de agosto no pavilhão amarelo do Expo Center Norte em São Paulo (SP). 

“O mercado de motopeças tem se mostrado valente, apesar de tudo”, afirma Orlando Leone, presidente da Anfamoto, associação nacional que reúne fabricantes e atacadistas de motopeças, reiterando ainda que o Salão espera aquecer o setor em 20%, mesmo com declínio nas vendas de motos novas. A estimativa de crescimento apontada pelo executivo não é uma utopia. Afinal, em 2012, o volume de negócios gerado pelo Salão foi de 30%, e as vendas naquele ano foram de 1.637.481 motocicletas emplacadas.

Levando em consideração esse número e a frota de quase 22 milhões de motocicletas circulando pelo País, segundo a Abraciclo, associação das montadoras do segmento, há certa tranquilidade entre as empresas que compõem o mercado de reposição, o chamado aftermarket. “Para nós ainda não caiu. A crise ainda não chegou”, comenta Rodrigo Gonçalves da Vedamotors, empresa que fornece peças como juntas, borrachas e kits de guarnição de carburador para modelos de diversas cilindradas. Segundo ele, a empresa estima crescimento de 23,8% em 2014.

O mesmo acontece no mercado de pneus. “O mercado não sofre tanto, não acompanha o drama da montadora”, comenta Sergio Pannain, gerente de produto da Levorin referindo-se ao mercado de reposição. A empresa, inclusive, lança no evento duas novas medidas de pneus, sendo uma delas o Matrix 100/90-18, para ser montado na roda traseira de modelos on-road com até 150cc, faixa a qual, de acordo com a Abraciclo corresponde a 85% das motos do mercado.

Preocupação a longo prazo

Embora a queda das vendas de motos zero em 2014 ainda não tenha atingido o aftermarket por conta dos bons números em anos anteriores, a preocupação a longo prazo existe. Principalmente por conta da alta carga tributária. “O governo teria que reduzir a carga tributária, acabar com a guerra fiscal entre os estados, dar passos mais largos rumo à desoneração da indústria”, afirma o executivo. 

A diferença no valor dos impostos entre as regiões do Brasil acaba restringindo o raio de atuação das empresas e, por consequência, seu crescimento. “A mudança de ICMS para cada Estado, acaba fazendo com que a empresa fique presa no seu”, comenta Eduardo Pasqualini, do marketing da Vedamotors. 

Outros esforços da entidade em prol das empresas nacionais incluem a criação do Anfaqual, o programa de qualidade conduzido pela Anfamoto. Segundo Leone, o selo deverá ser um forte argumento de venda para os produtos fornecidos pelos membros da associação, já que atualmente, o mercado brasileiro conta com muita participação de fabricantes de peças asiáticos, que se destacam por conta do baixo preço final ao consumidor.  

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