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Retrospectiva em duas rodas

26/12/2014 - 14:50 - Arthur Caldeira / Agência INFOMOTO - Fotos: Divulgação
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Para o setor de motocicletas, 2014 foi um ano agitado. Embora as vendas no varejo apresentem uma retração de 5,3% entre janeiro e novembro deste ano se comparadas ao mesmo período de 2013, o segmento de alta cilindrada (acima de 450 cc) tem demonstrado um bom crescimento. Com isso, muitas fábricas apostaram em novos modelos nesse segmento de maior capacidade cúbica e valor agregado. 

Mas as pequenas e valentes motocicletas de baixa capacidade não ficaram esquecidas. Houve novidades no segmento de uso misto com a chegada da Yamaha Crosser no início do ano e o lançamento da Honda Bros com motor de 160cc em novembro passado. Sem falar nos sistemas de freios mais seguros que equipam modelos como a CG 150 e o recém-lançado scooter Dafra Cityclass 200i. E por falar em scooters, foi outra fatia do mercado que foi muito bem em 2014. E promete ser ainda melhor no próximo ano. Confira uma retrospectiva do ano que se encerra em duas rodas.

BMW

A BMW Motorrad, divisão de motocicletas da marca alemã, é prova do crescimento de motos de alta capacidade cúbica no Brasil: até novembro já tinha emplacado 7.100 motos e ocupava a sexta colocação entre as marcas que mais venderam no País, superando até mesmo a Harley-Davidson. Para isso, a marca aumentou o portfólio de modelos nacionalizados, ou seja, montados em Manaus na planta da Dafra. 

Em fevereiro, a versão Adventure da F 800GS chegou ao mercado, nacionalizada. Em agosto, a marca anunciou a nacionalização de sua famosa bigtrail a R 1200GS. Com isso os preços dos modelos ficaram mais competitivos perante a concorrência e isso ajudou nas vendas.

Mas a ampliação do line-up com a chegada do C 600 Sport e das nakeds R nineT e S 1000R – todos importados – também contribuíram para o bom ano da BMW Motorrad no Brasil. 
E por falar em R nineT, a BMW feita para customizar, já rendeu frutos. Em outubro passado, a concessionária Eurobike de São Paulo anunciou uma parceria com a oficina paulistana Johnny Wash para comercializar três versões já personalizadas da nineT em suas lojas.

Dafra

Sofrendo com a queda nas vendas de motos de menor capacidade cúbica, a Dafra tem se dado muito bem no segmento de scooters. Em 2013, foram 3.378 scooters Dafra emplacados. Neste ano, a marca espera chegar às 4.600 unidades comercializadas. 

O Citycom 300i, caso de sucesso da marca, ganhou em agosto o sistema de freios combinados, que divide a força da frenagem entre as duas rodas. Antes, em abril, havia chegado o MaxSym 400i, outro produto da parceria com a taiwanesa SYM: confortável, potente e com diversos itens de conforto o maxiscooter de 400cc veio abocanhar um motociclista que queria viajar de scooter. 

Mais recentemente, no início de dezembro, foi a vez do Cityclass 200i chegar às lojas. O novo modelo de entrada da Dafra traz boas novidades: motor de 199 cm³ de capacidade com potência máxima de 13,8 cv a 7.500 rpm, rodas aro 16” e freios combinados. Esbanjando estilo e praticidade, o Cityclass tem predicados para cair na graça do consumidor que busca mais praticidade nos deslocamentos urbanos por um bom preço sugerido: R$ 9.390.

Ducati

Depois de anunciar a operação oficialmente no Brasil em 2013, este ano marcou a consolidação da Ducati no País. Seguindo a mesma receita de ter modelos nacionalizados, como a Monster 796, a Diavel e, mais recentemente, a Multistrada e a 1199 Panigale, a marca italiana trouxe algumas novidades para o País. 

Em abril, foi a vez da família Hypermotard desembarcar por aqui. São três modelos que levam o conceito supermotard a sério e apostam na versatilidade do estilo. Importadas, a Hypermotard standard, a Hyperstrada, versão para viajar, e a Hypermotard SP, a mais radical da família, chegaram, contudo, com preços elevados ao País. O que, de certa forma, prejudicou suas vendas. A fábrica também trabalha para voltar a ter um representante na cidade de São Paulo, já que teve problemas com a primeira concesisonária na capital paulista. Em novembro último, a marca anunciou parceria com a Caltabiano, que abriu um showroom em um dos shoppings centers mais badalados de Sampa, o JK Iguatemi. 

Vale também lembrar a exclusiva Panigale S Senna, apresentada em maio, em edição limitada para homenagear os 20 anos da morte do piloto Ayrton Senna.

Harley-Davidson

A centenária marca norte-americana continua sua expansão no Brasil. Em fevereiro, as emblemáticas motos da família Touring, reformuladas para este ano por meio do projeto Rushmore, finalmente desembarcaram em nossas estradas. Com novo motor – e a Ultra Limited com um V2 com refrigeração líquida no cabeçote – foram feitas diversas mudanças significativas, que incluíram desde um novo fecho de abertura das malas até uma tela de LCD touch screen no sistema de entretenimento. 

Para fidelizar ainda mais seu apaixonado cliente, a empresa voltou a organizar um encontro nacional de proprietários de Harley, o National HOG Rally que, em maio de 2014, foi realizado em Gramado. Em outubro, o SP Harley Days levou o mundo das motos norte-americanas a um público mais amplo com diversas atrações. 

Embora ainda não esteja à venda, a primeira moto elétrica da história da Harley-Davidson não pode ficar de fora dessa retrospectiva. Apresentada em junho nos Estados Unidos, a LiveWire está rodando a América do Norte para que os clientes possam experimentá-la. E a Harley tratou de levar a imprensa brasileira para acelerar essa revolucionária moto elétrica que vai de 0 a 100 km/h em 3,8 segundos.

Honda

A marca líder de mercado começou o ano completando a tão esperada família 500cc: depois da naked CB 500F, chegaram a esportiva CBR 500R em fevereiro e a aventureira CB 500X em maio. Os três modelos ajudaram a Honda a crescer no segmento de motos de alta capacidade (acima de 450cc) com uma receita racional: todos têm bom desempenho, baixo consumo de combustível e são fáceis de pilotar. 

Essa visão mais racional, que busca atrair futuros motociclistas chegou ao Brasil também por meio da CTX 700N, uma custom diferente de todas que você já viu. Com motor econômico, derivado da NC 700X, e um visual futurista, a custom tem agradado e poderá ser nacionalizada. 

Ainda no segmento de alta capacidade cúbica com uma abordagem mais racional, a Honda também trouxe a nova linha de 650cc (CB 650F e CBR 650F), mais em conta e menos potente que a agora aposentada CB 600F Hornet. As novas 650cc chegaram às lojas em outubro. 

Em agosto, a Honda apresentou uma nova versão da CG, dotada do sistema de freios combinados, a CG 150 Titan CombiBreak. A atitude da marca já se antecipa à resolução número 509/2014 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que torna obrigatória a presença do sistema ABS nas duas rodas para as motos nacionais e importadas com propulsor igual ou superior a 300 cc a partir de 1º de janeiro de 2016. Já os modelos com capacidade cúbica inferior a 300 cc deverão contar com sistema de freios combinados (CBS). O mesmo que já equipa a Honda CG 150 Titan e o Dafra Citycom 300i e o novo Cityclass 200i. Para fechar o ano, a Honda mostrou em novembro a nova NXR Bros com motor de 160cc.

Uma novidade que vale o registro foi o lançamento de modelos personalizados da campeã de vendas, a CG 150 Titan. Customizados por Tarso Marques, as Honda CG 150 em diferentes versões também mostram que a onda de personalização está começando a esquentar no Brasil.

Kawasaki

A forte concorrência no segmento de motos de alta cilindrada tem impactado nos negócios da Kawasaki no Brasil. A marca japonesa, com uma estrutura tímida no Brasil e sem um planejamento estratégico adequado, amargou forte queda nas vendas em 2014. Entre janeiro e novembro de 2013, a Kawa emplacou 8.377 unidades. No mesmo período deste ano, foram apenas 6.618, ficando atrás de Harley e BMW. 

De lançamentos, apenas as novas versões da Z 1000 e da Ninja 1000 que chegaram aqui em abril. Nem mesmo os 30 anos da família Ninja receberam a importância merecida da Kawasaki do Brasil. Os modelos chegaram por aqui em setembro sem grande alarde ou divulgação. Torcemos para que, em 2015, a empresa volte a acelerar de verdade no mercado brasileiro.

KTM

Depois de anunciar a volta ao Brasil em março em parceria com a fabricante local Dafra, a KTM revelou em junho um cronograma mais detalhado para o retorno de suas operações no país. A marca austríaca confirmou que vai vender 14 modelos diferentes no país, iniciando as atividades em dezembro, quando as concessionárias flagship começarão a funcionar.

Os lançamentos serão feitos de forma escalonada, com apenas nove das motos anunciadas compondo a vitrine quando forem abertas as primeiras concessionárias. As outras seis serão apresentadas ao longo de 2015. E, por enquanto, nenhuma delas teve os preços revelados. O acordo com a Dafra é de longo prazo e prevê tanto a importação quanto a produção de motocicletas, no sistema CKD (quando as peças chegam prontas do exterior e só a montagem é feita no país de destino). Estabelece ainda atuação conjunta na comercialização e atendimento pós-venda, um trabalho bastante semelhante ao que a Dafra já realiza com a italiana MV Agusta.

MV Agusta

Neste ano, o fã da MV Agusta teve motivos para comemorar, ou melhor, três motivos: Brutale, F3 e Rivale, a trinca de modelos equipados com motores de três cilindros de 800 cc finalmente desembarcou nas concessionárias brasileiras da marca. Com preços mais acessíveis que as motos de quatro cilindros, porém com a mesma esportividade inerente às motos italianas, as tricilíndricas são a arma da MV Agusta para brigar pelo acirrado mercado nacional de motos de alta capacidade cúbica.

E, no final de outubro, a grande novidade mundial da MV Agusta. A Mercedes-Benz por meio da AMG adquiriu 25% de participação na MV Agusta. O acordo prevê cooperação entre as duas empresas nas áreas de marketing e vendas, além de pesquisa e desenvolvimento. A Mercedes também irá nomear um membro para fazer parte do conselho de administração da MV Agusta.

Para Tobias Moers, diretor executivo da Mercedes-AMG, a marca de automóveis não poderia ter encontrado um parceiro melhor. “Encontramos o parceiro perfeito no segmento de duas rodas. As duas marcas não estão conectadas apenas por ter uma longa tradição nas pistas, mas partilham os mesmos valores e objetivos para o futuro'', ressalta. Já Giovanni Castiglioni, presidente da MV, a parceria é uma boa oportunidade para expansão. “A Mercedes-AMG vai ajudar a MV Agusta a expandir globalmente e acelerar nosso crescimento'', ressalta.

Suzuki

Mostrada no Salão Duas Rodas 2013, a Inazuma chegou às lojas apenas em maio e colocou a Suzuki na briga do segmento street de 250cc de uma vez por todas. Com um design robusto, que remete à B-King, a Inazuma 250 veio para brigar com Honda CB 300R e Yamaha YS 250 Fazer com motor de dois cilindros paralelos e preço de R$ 15.900. 

Outras novidades no line-up da fábrica de Hamamatsu foram a custom M 1800R BOSS, que chegou no segundo semestre por R$ 57.900. E a novíssima V-Strom 1000, que foi completamente reformulada. Ganhou novo visual e controles eletrônicos para brigar no segmento das bigtrails.

Triumph

A Triumph começou o ano com tudo. Em janeiro, iniciou as vendas de três novidades: Tiger 800 standard; Tiger Explorer XC e a luxuosa Trophy SE. A marca inglesa, que tem fábrica própria em Manaus (AM), também ampliou os pontos de vendas ao redor do Brasil e continua registrando crescimento consistente de suas vendas no País. 
Depois da clássica Bonneville T 100, foi a vez da Thruxton, uma café racer de fábrica, chegar ao País em abril. Mais um modelo para ampliar o line-up da Triumph por aqui e atrair novos clientes.

Em setembro, foi a vez da Tiger Sport desembarcar aqui. Versão mais esportiva e estradeira da família, a Tiger Sport completou o line-up de aventureiras no Brasil.

Yamaha

Há tempos a Yamaha vem prometendo virar o jogo no Brasil. Isso pode não ter acontecido em 2014, mas já foi um bom começo. Em janeiro, um vídeo teaser divulgado na internet dava pistas de que a nova moto da marca japonesa se chamaria Crosser e dava indícios de que seria um modelo on/off-road. Equipado com o novo motor de 150cc, a moto foi lançada em fevereiro com o nome completo de XTZ 150 Crosser e mostrou-se sucesso de vendas. 

Em maio, a marca dos três diapasões anunciou a nacionalização da bigtrail Super Ténéré na fábrica brasileira. A ideia foi baratear o preço final para brigar de frente com BMW R 1200GS e a Triumph Tiger Explorer. Em agosto, mais novidades na famosa família Ténéré. O modelo top da Super Ténéré com suspensão eletrônica começou a ser vendido e Ténéré XT 660Z ganhou uma versão com ABS.

Mas, foi em setembro que a Yamaha mostrou o que todos queriam ver: a MT-09. A revolucionária moto, equipada com propulsor de três cilindros e 115 cv, mescla elementos de uma naked com supermotard em um conjunto leve com quadro de alumínio e visual atual. Com preço sugerido de R$ 35.990, veio para brigar no segmento naked de média capacidade e já dá sinais de que foi uma aposta acertada da fábrica brasileira.

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