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Salão de Motos na Colômbia aproveita bom momento do setor

11/05/2017 - 10:40 - TEXTO e FOTOS: Arthur Caldeira / Agência INFOMOTO, de Medellín*
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Não fosse pelo castelhano falado nos estandes e corredores do Centro de Exposições Plaza Mayor em Medellín, na Colômbia, a “Feria de las 2 Ruedas” (Feira das Duas Rodas) bem que poderia ser confundida com um evento brasileiro. Com 60.500 visitantes e ocupação recorde de 37.000 m², o salão de motos colombiano, realizado entre 4 e 7 de maior, chegou a sua 11ª edição apresentando diversos lançamentos importantes, que fariam sucesso também no Brasil.

O evento anual pega carona no bom momento do setor de duas rodas na Colômbia que, em 2016, bateu recorde de vendas: 567.404 unidades. O resultado fez com que o país ultrapassasse a Argentina e assumisse o posto de segundo maior mercado de motos da América do Sul. Embora venha caindo, o Brasil ainda lidera o ranking com 899.793 motos vendidas no ano passado. Mas, proporcionalmente, vendeu-se mais motos na Colômbia do que no Brasil. 

Com 7,2 milhões de veículos de duas rodas – cerca de 62% da frota nacional, hoje existe uma moto para cada 7 colombianos, segundo dados da Associação Nacional de Empresários da Colômbia (ANDI). Por aqui essa relação é de uma moto a cada 8 habitantes, de acordo com a Abraciclo, associação brasileira dos fabricantes do setor.

Muitos lançamentos

Em um cenário favorável como esse, a indústria não economizou nos lançamentos no Salão de Medellín. Exceto pela ausência da Auteco, empresa local que lidera o mercado com 38% das vendas em 2016, e que representa a indiana Bajaj, a japonesa Kawasaki, a taiwanesa Kymco e a austríaca KTM, todas as grandes marcas mundiais estavam presentes ao evento. “Não sei lhe dizer porque eles não estão participando da feira, mas o fato é que estão deixando de ‘falar’ com seus clientes”, lamentou Guillermo Pajón Carmona, diretor executivo da Feria de las 2 Ruedas. 

Desde fabricantes locais, como a AKT, que nacionaliza motos chinesas, além de representar as indianas TVS e Royal Enfield, até marcas mundiais, como BMW, Harley-Davidson, Honda, Suzuki e Yamaha mostraram novas motos e tecnologias para o mercado colombiano. Muitas das novidades são inéditas até mesmo no Brasil e fazem “inveja” aos consumidores brasileiros. Conheça os lançamentos da feira colombiana.

Yamaha

A Incolmotos Yamaha, instalada na Colômbia há 40 anos, tem uma grande planta em Girardota, região metropolitana de Medellín. A marca japonesa ocupa a segunda posição no ranking de vendas com 18% de market share e mais de 100.000 motos fabricadas e vendidas no ano passado. 

A primeira novidade foi uma nova versão do scooter NMax 155 mais acessível. Batizada de NMax S, sai de fábrica sem os freios ABS. Com isso, seu preço sugerido de 8.500.000 pesos colombianos (cerca de R$ 9.500) ficou mais competitivo perante o Honda PCX 150. Uma curiosidade: ao contrário do Brasil, o PCX chegou à Colômbia depois do NMax. 

A outra já foi de alta capacidade: a SCR 950, uma scrambler com motor V2, o mesmo que equipa a nossa Midnight Star. Com estilo retrô, o modelo, lançado no ano passado nos EUA, completa a família de motos custom Bolt ausente em nosso mercado.

Honda

Da mesma forma que a Yamaha, a Honda está na Colômbia em parceria com uma empresa local, a Fanalca. Além de importar modelos de alta capacidade cúbica, a Fanalca-Honda monta modelos de 100cc a 250cc em sua planta próximo à cidade de Cali. Juntamente com o já citado PCX 150 CBS, vendido por 9.850.000 pesos (R$ 10.800), a marca mostrou o pequeno scooter Dio com motor de 110cc e vendido por 4.190.000 pesos colombianos.

Mas as grandes estrelas do estande da Honda em Medellín já são nossas conhecidas: a trail XRE 190 ABS e a CB Twister 250. Ambas fabricadas em Manaus (AM) e exportadas pelo sistema CBU, ou seja, completamente montadas. Os preços são mais em conta do que os praticados por aqui. A XRE 190 sai por R$ 12.000 na Colômbia e custa R$ 13.300 no Brasil. No caso da CB Twister, a diferença é menor: R$ 13.700 contra os R$ 14.100 pedidos nas concessionárias brasileiras. Vale ressaltar que, lá como cá, os preços não incluem frete e seguro.

Já da Tailândia, veio a nova geração da família 500cc: CB 500F, CBR 500R e CB 500X. Todas também vendidas no Brasil e desde 2016.

Suzuki

A Suzuki Motor de Colômbia é uma subsidiária da empresa japonesa. Aliás, a única montadora da marca na América Latina. Com 10% do mercado, a Suzuki mostrou cinco novos modelos para na Colômbia. Quatro deles inéditos no Brasil. A família de bigtrails V-Strom agora está completa no país vizinho. Além do modelo de 1.000cc, chegaram a nova versão de 650cc e a caçula, de 250cc. Ambas tinham sido lançadas em 2016 na Europa. 

Com motor bicilíndrico de 25 cv, a V-Strom 250 tem porte de moto maior e já vem preparada para receber malas laterais e top-case para quem quer viajar. Embora a moto comece a ser vendida em julho, o preço ainda não havia sido definido para a Colômbia. Na feira, os vendedores estimavam algo em torno de 20.000.000 de pesos, ou cerca de R$ 22.000.

Outras duas motos pequenas apresentadas foram as novas 150cc da linha GSX: a versão S, naked, e a R, esportiva. Ambas têm motor de um cilindro, mas com refrigeração líquida, DOHC, que promete 19 cv de potência máxima. Da mesma forma que a V-Strom 250, essas duas pequenas novidades da Suzuki não estão nem perto do mercado brasileiro.

Royal Enfield

Recém-chegada ao Brasil, a marca indiana já está oficialmente na Colômbia há três anos, representada pela AKT. Além dos modelos vendidos aqui, a Royal vende uma versão de 350cc da Bullet e a estradeira Rumbler 500. Mas o que chamou a atenção mesmo foi que a nova Himalayan já deu as caras no Salão de Medellín. Com estilo simples e a promessa de robustez, a trail de 410cc está sendo vendida por 12.900.000 pesos colombianos, ou seja, cerca de R$ 15.000. A Himalayan deve chegar ao Brasil apenas no segundo semestre.

BMW

Enquanto a pequena G 310R não chega às lojas brasileiras, o representante da marca alemã na Colômbia já mostrou a naked na Feira das Duas Rodas de Medellín e afirmou que as vendas começam em breve. O preço já foi revelado: 19.990.000 pesos colombianos, quase R$ 22.000. O que não significa que esse será o valor da moto no Brasil. Afinal, a G 310R será montada em Manaus (AM) para o mercado brasileiro a partir de 18 de maio. Mas, na Colômbia, o modelo é importado diretamente da Índia.

Harley-Davidson

Como em outros países latinos de língua hispânica e também no Brasil, a marca norte-americana tem muitos fãs na Colômbia, mas vendas discretas. A operação da Harley-Davidson, controlada desde o México, tem apenas dois distribuidores – um em Medellín e outro na capital, Bogotá – que comercializam cerca de 500 motos anualmente, todas importadas. 

A grande novidade foi a chegada do novo motor V2 da linha Touring para o mercado colombiano - que já está disponível no Brasil desde o final do ano passado. Porém, o Milwaukee Eight de 1.753 cm³ também desembarcou aqui em Medellín em outro modelo inédito por aqui. A Road King Special, cotada a R$ 95 milhões de pesos colombianos (cerca de R$ 105 mil) é uma versão “bagger” da icônica moto norte-americana, sem parabrisa e toda pintada de preto.

* Viagem a convite da organização do evento

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