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Vimos todos os atributos do hatch Cruze Sport6; ele é muito melhor que o Vectra GT

26/07/2012 - 11:06 - Texto e fotos: Mário Salgado

Em abril, a Chevrolet apresentou ao mercado nacional o Cruze Sport6, versão hatchback do carro mundial da marca. Responsável por aposentar o Vectra GT, ele é muito melhor em vários quesitos, que você poderá ver nesta avaliação.

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Fabricado na unidade de São Caetano do Sul, o carro é vendido com duas versões de acabamento (LT e LTZ) e opção de câmbio manual ou automático, sempre de seis marchas. O modelo que nos foi oferecido pela montadora por uma semana é o topo de linha, com câmbio mecânico de 6 marchas.

Ao retirar o carro na concessionária Perkal me perguntei porque a montadora, que sempre manda as versões mais caras para avaliação, nos ofereceu um modelo com câmbio mecânico e não o automático, que custa mais de R$ 74 mil aqui em Mato Grosso do Sul. O motivo é óbvio. Com a caixa mecânica de 6 marchas ele fica com uma “pegada” mais esportiva. Isso porque as primeiras marchas são muito curtas. E isso foi possível ver ao sair da loja. O carro avaliado custa algo em torno de R$ 72 mil.

O motor é sempre o Ecotec Flex, de quatro cilindros, de 1,8 litro, 16 válvulas e duplo comando de válvulas continuamente variável, capaz de gerar 140/144 cavalos a 6.300 giros e torque de 17,8/18,9 kgfm a 3.800 rpm, com gasolina/etanol no tanque.

O objetivo da GM era que o carro vendesse 1.100 unidades por mês, o que, oficialmente, não o colocaria na briga direta pela liderança do segmento de dois-volumes médios. Mas, de acordo com a equipe de vendas, o carro tem fila de espera de até 2 meses. E isso em todas as versões.

Um dos pontos mais criticados pelos consumidores é o alto preço do Cruze Sport6. Mas ao entrar no carro, é fácil sentir o porque disso. O alto nível de eletrônica e segurança embarcadas (ao menos quatro airbags, controles de tração e estabilidade, entre outros itens) e da sensação de luxo encontrada a bordo (a versão topo de linha tem bancos em couro, um painel digno de marcas premium e um acabamento primoso), nos fazem pensar que a marca cobra caro por esses mimos, mas vale a pena.

Primeiro contato e dirigindo

Como dissemos acima, o carro tem um comportamento bem “esportivo”. Arranca bem e faz curvas como poucos. Mesmo sabendo que andar em carro automático é bem melhor, nesse caso vale à pena trocar as marchas manualmente. Além de que, com essa opção é possível controlar mais o consumo do carro (se você for um motorista experiente). No nosso caso, o carro marcou no computador de bordo uma média de 9 km/l, sempre com ar-condicionado ligado.

Curto, de engates precisos e suaves na maior parte das trocas, o câmbio M32 permite ao motorista dosar o volume dos giros e utilizá-los de modo correto, de acordo com a situação. Na prática, isso permite estender o fôlego por vezes limitado dos 144 cavalos disponíveis.

Ao volante, é possível ver que o carro tem a mesma boa suspensão do sedã, que filtra bem as imperfeições do asfalto, e na hora de fazer curva consegue segurar o carro na mão a todo momento. E por falar em curva, as rodas de 18” da versão topo, calçadas em pneus 225 de perfil esportivo também ajudam muito.

A direção elétrica nos faz lembrar dos antigos Landau. Com pouquíssimo esforço é possível manobrá-lo rapidamente. Mas em alta velocidade ela fica muito firme e passa total segurança ao motorista.

Mesmo o carro tendo sido lançado há alguns meses, ele ainda causa uma certa curiosidade por onde passa. É fácil ver as pessoas comentando do carro nas ruas. A nova traseira, inclinada em direção à frente e seguida por lanternas em cunha, faz com que o carro ganhe um ar muito moderno.
 
Por dentro, temos uma cabine confortável e bem-equipada, mas sem exageros. Não estamos mais no tempo das "barcas", o que desagrada a alguns. O Cruze é um carro de formas compactas, pensado para enfrentar bem os diminutos espaços dos grandes centros urbanos. Portanto, nada de juntar cinco pessoas enormes, mais cachorro e a bagagem de todos a bordo e sair acelerando pela estrada. Isso sequer seria possível fisicamente, uma vez que o carro abriga bem até quatro pessoas de estatura mediana e alguns de seus pertences; o hatch conta com a vantagem de ter a boca do porta-malas maior, permitindo o embarque de cargas mais largas.

Ele acomoda bem o motorista e, com ajuste de direção (em altura e profundidade) e do banco, é fácil achar uma boa posição de dirigir. Já no banco de trás, mesmo com capacidade de levar 3 ocupantes, é bom andar somente com dois. O passageiro do meio pode ficar desconfortáve. Além de quê, o descansa braço com porta-copos, excluí de vez esse 5º elemento.

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