307 SW 1.6 BioFlex chega a Europa com tecnologia brasileira

A Peugeot passará a comercializar, a partir de setembro, uma nova proposta de motorização ecológica no mercado europeu - disponível, a princípio, na França, Suécia e Holanda. Trata-se do motor 1.6 BioFlex, tecnologia brasileira que está sendo introduzida às versões SW e Break do Peugeot 307.

O 1.6 BioFlex é a primeira oferta da Peugeot no continente europeu compatível com o superetanol E85, combustível que traz uma mistura de 15% de gasolina sem chumbo e 85% de bioetanol, e está sendo progressivamente disponibilizado nos postos de combustível, principalmente na França.

Assim, as versões SW e Break do Peugeot 307 passam a ser equipadas com o motor 1.6 brasileiro, que desenvolve uma potência máxima de 113 cv a 5.800 rpm e um torque máximo de 15,5 mkgf a 4.000 rpm, associado a uma caixa de câmbio mecânica de cinco marchas.

Tanto o Peugeot 307 SW como 307 Break receberão externamente o logotipo "BioFlex", e terão a motorização disponível na versão de acabamento denominada Confort Pack. Ambas as versões serão comercializadas pelo mesmo preço que a versão a gasolina correspondente (20.400 ? e 19.500 ?, respectivamente).

Uma opção ecológica

O combustível vegetal bioetanol é um álcool produzido pela fermentação de açúcar resultante de plantas (beterraba) ou do amido proveniente de cereais (trigo, milho, cana de açúcar). Por meio de sua utilização como combustível, os modelos 307 SW e Break participam da redução do efeito estufa com a diminuição de 5% na emissão de CO2, em ciclo misto, que corresponde a 169g de CO2/km, contra 178g no caso da versão a gasolina. Além disso, o E85 oferece importante contribuição à redução da dependência energética, por se tratar de uma energia renovável.

Para tanto, foram necessárias algumas adaptações técnicas para assegurar a integridade de todos os conjuntos ou peças em contato com o etanol. Por exemplo, o calculador do motor específico do 307 BioFlex gerencia a alimentação, em função da composição do combustível fornecida pela sonda lambda. O reservatório não sofreu modificações, mas foi realizada uma adaptação no software de alerta do motor, permitindo a integração de novas regulagens que se adaptam automaticamente à quantidade de álcool contida no combustível.

O conjunto mecânico incorporado a essas versões permite ao carro rodar com gasolina sem chumbo, com superetanol E85, ou com uma mistura dos dois em qualquer proporção. Vale lembrar que a porcentagem de etanol deve ficar situada entre 0% e 85%, a fim de garantir o perfeito desempenho do motor na partida a frio, por conta das baixíssimas temperaturas atingidas durante o inverno europeu.