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América do Sul: 5 milhões de veículos em 2011

29/07/2011 - 09:15 - Automotivebusiness
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O mercado sul-americano deve fechar 2011 com mais de 5 milhões de veículos novos vendidos na região durante este ano. A projeção foi feita nesta quarta-feira, 27, por Jaime Ardila, presidente da General Motors América do Sul. Ele destacou que somente no primeiro semestre já foram comercializados 2,7 milhões de unidades, com 16% de crescimento sobre o mesmo período de 2010. “É a região que mais está crescendo no mundo atualmente”, disse, considerando que nos Estados Unidos o mercado avança a uma taxa de 12%, enquanto na China a expansão está se estabilizando em patamares menores.

Ardila destacou algumas “boas surpresas” na América do Sul este ano, como a Colômbia, onde as vendas crescem ao ritmo de 50%, o Chile, com 30% de expansão este ano, e a Argentina, que deve consumir 800 mil veículos em 2011. A exceção seria a Venezuela, onde os negócios estão em queda por conta das restrições às importações impostas pelo governo.

O Brasil, apesar do crescimento de quase 10% nas vendas do primeiro semestre, no entanto, figura na lista das decepções de Ardila. “O mercado cresceu apoiado nas vendas a frotistas, o que não é sustentável no longo prazo”, disse. Ele calcula que as vendas especiais, para grandes compradores, sejam responsáveis por 22% dos negócios este ano. Para o executivo, o mercado de varejo, nas concessionárias, foi contido pelo encarecimento do crédito causado pelas medidas tomadas do Banco Central e pelo aumento dos juros.

Competitividade

Ardila revelou que espera por medidas do governo de apoio à indústria no País. “Não sei quais medidas vão anunciar, mas vejo o governo muito interessado em ajudar a indústria. Creio que vão apoiar mais o desenvolvimento tecnológico nacional. O estudo de competitividade do setor (entregue pela Anfavea em Brasília no fim de junho) foi muito bem recebido e propõe medidas nesse sentido”, revelou o executivo.

O presidente da GM América do Sul defende, assim como a Anfavea, que os custos de produção estão muito elevados no Brasil. “Nem vou comparar com a China, mas um componente feito na Coreia é 40% mais barato do que aqui”, exemplificou. “A combinação de custos elevados e câmbio desfavorável faz o Brasil pouco competitivo para exportar. É melhor reconhecer essa realidade.”

O executivo revelou também que não encontra dificuldades para exportar carros para a Argentina, mas a GM enfrentou problemas para trazer carros de lá para o Brasil, devido a demora na concessão de licenças de importação, tornadas obrigatórias desde maio passado. “Nesse momento a situação já se normalizou, conseguimos aprovar todas as licenças que estávamos esperando”, disse. “Ainda bem, porque estávamos preocupados que isso poderia impactar nossos resultados, pois trazemos o Agile da Argentina.”

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