Anfavea demonstra otimismo no setor de veículos

Se depender do ânimo da Anfavea – Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, o Brasil deve crescer continuadamente por vários anos no setor de veículos. Esta foi a impressão deixada pelo atual presidente da entidade, Cledorvino Belini em sua primeira coletiva, hoje (6).

Para Belini está muito fácil o Brasil alcançar a marca de cinco a seis milhões de veículos vendidos nos próximos anos e, apesar da capacidade de produção hoje ser de 4,3 milhões ele disse que “que venha o mercado que a gente produz”, deixando claro que a produção brasileira pode acompanhar o mercado sem problemas.

Nos últimos doze meses o mercado brasileiro vendeu 3,3 milhões de unidades e Belini aposta no fechamento do ano com 3,4 milhões de janeiro a dezembro. Isto significa um crescimento de pouco mais de 8%. É possível que este mês tenha uma pequena queda nas vendas em comparação com abril, mas a partir de junho o mercado volta ao crescimento natural para bater novo recorde histórico.

A produção teve uma queda de 14,6% em comparação com o mês passado, mas isto porque tivemos três dias a menos. Se a comparação for feita em média diária, a queda é insignificante, não chegando a 2%. No acumulado do ano a produção cresceu 22,6% em relação ao mesmo período do ano passado. Já foram produzidos 1.126.066 carros e comerciais leves em 2010.

Apesar de não falar em aumento dos preços, Belini deixou entender que os carros poderão sofrer algum reajuste, sempre lembrando que preço é com cada montadora. Mas ele destacou que há alguns fatores preocupantes como o aumento do preço do aço, o fim do incentivo do IPI e a sinalização de que as peças importadas deixarão de ter descontos nas taxas. Agora é esperar os próximos meses.

O que deixa o presidente da Anfavea tranqüilo é a política econômica do governo. Para ele “o Brasil tem uma economia sólida e o governo está determinado em manter o controle da inflação. Hoje não temos mais picos, há previsibilidade e a imagem do Brasil lá fora é muito boa.”

Quanto à elevação dos juros, Belini tranquilizou a todos dizendo que a alteração deste ajuste será muito pequena e talvez nem reflita neste ano. Ele lembrou que “não há mais aquele susto do passado, quando de uma hora para outra havia uma variação de 50%. Além de tudo há uma grande confiança por parte do consumidor”.

Outra informação que mostra a confiança de que o mercado deve continuar crescendo é a de que não deverá haver demissões no setor.