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As 5 metas de Grace Lieblein na GM Brasil

29/07/2011 - 09:13 - Automotivebusiness
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A engenheira Grace Lieblein, que assumiu a presidência da General Motors do Brasil em 1º de junho, teve seu primeiro contato com a imprensa local nesta quarta-feira, 27. Ainda intimidada pela barreira da língua, falou pouco, usando uma mistura de português que está aprendendo e espanhol com forte sotaque de inglês – ela nasceu em Los Angeles, Estados Unidos, filha de mãe nicaraguense e pai cubano. Mas foi clara em dizer que tem cinco metas à frente da terceira maior operação da companhia fora dos Estados Unidos. São elas:

1. Centrar foco na satisfação do cliente. “Esta é nossa fortaleza no Brasil, onde os consumidores nos reconhecem como marca de qualidade”, disse.

2. Aumentar a qualidade dos produtos, presentes e futuros, como forma de se diferenciar em um mercado “altamente competitivo”.

3. Assegurar a competitividade de produção no Brasil. “Existem muitas oportunidades de aumentar a produtividade aqui”, avalia.

4. Continuar a desenvolver talentos no País. Grace citou o exemplo do Centro de Desenvolvimento de São Caetano, que hoje vende inteligência automotiva para todas as subsidiárias da GM no mundo.

5. Garantir portfólio de produtos completo e competitivo. “Estamos estudando constantemente todo o mercado, para ver onde podemos estar”, revela.

Nada muito diferente do que já havia prometido sua predecessora, Denise Johnson, que deixou a companhia seis meses após assumir a presidência da GM Brasil – recentemente ela assumiu a direção de uma unidade da Caterpillar nos Estados Unidos.

O que pode fazer diferença, desta vez, é a origem latina de Grace, que a faz compreender melhor o que todos à sua volta estão dizendo (não só pelo conhecimento do espanhol, mas também pelo aspecto cultural). Acrescente-se ainda que Grace veio acompanhada do marido, que também é engenheiro e trabalha na GM. Por fim, antes de aceitar o convite do presidente mundial Dan Akerson, em abril, para comandar as operações brasileiras da companhia, ela já tinha experiência na presidência de outra subsidiária em país latino, o México, onde estava desde 2009.

Grace é o que se pode chamar de “funcionária de carreira” da General Motors – uma empresa que já foi e ainda é maior do que muitos países. Ela entrou na companhia em 1978, como trainee da divisão de montagem da GM em Los Angeles. A maior parte de seu tempo de casa foi dedicada à área de engenharia de manufatura. Depois Grace se mudou para engenharia de produto, onde ocupou diversas posições em desenvolvimento de veículos até ser designada para a presidência da subsidiária mexicana. Portanto, a executiva tem ampla experiência em tudo que precisa fazer aqui: projetar, fabricar e vender carros.

Estratégia de retomada

Grace parece confortável com sua missão aqui: “Estou comprometida em manter nosso crescimento acelerado no Brasil”, resume. Para isso, no entanto, a executiva deverá manejar uma fórmula para reverter a crescente perda de participação da GM no mercado brasileiro. No primeiro semestre do ano a Chevrolet foi a marca que menos cresceu (só 0,36%, contra média de mercado de quase 10%) e a que mais perdeu market share: o tombo foi de 1,69 ponto porcentual, de 20,2% para 18,5% na comparação com o mesmo período de 2010.

A nova presidente considera viável a reversão desse quadro. “Estamos expandindo a gama Chevrolet e isso nos permitirá ampliar as opções para nossos clientes”, diz, referindo-se ao plano que prevê nove lançamentos de veículos até o fim de 2012 (deverão ser três ainda este ano e outros seis no ano que vem). Dois dos novos produtos estavam bem ao seu lado na entrevista coletiva realizada no centro de engenharia de São Caetano: os protótipos Colorado, uma picape média com toda a pinta de ser o primeiro retrato conhecido da nova S10, e o Cobalt, uma nova plataforma de sedã médio projetado para mercados emergentes, ambos apresentados no mês passado no Salão de Buenos Aires.

Grace admite, contudo, que sua tarefa não será fácil: “A concorrência aqui é grande, maior do que no mercado mexicano (onde atuava). E o México já foi bastante complicado”, conta.

Caberá a Grace também começar a planejar o próximo ciclo de investimento da GM no Brasil – o programa atual, de R$ 5 bilhões, começou em 2008 e termina no fim de 2012. “Estou começando a trabalhar no novo ciclo de investimentos para os próximos cinco anos, para assegurar nosso crescimento sustentado na região”, afirmou.

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