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Atrasada, Suzuki apresenta Burgman i e com câmbio CVT

03/03/2011 - 11:38 - André Jordão / Agência INFOMOTO - FOTOS: Flávia Fontes / Agência INFOMOTO
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Em 2005, a Suzuki inovou o mercado de duas rodas ao lançar o seu scooter de baixa cilindrada, o Burgman 125 cc. Em São Paulo, maior cidade da América Latina, se tornou comum ver este veículo circulando pelas ruas. Eram empresários de paletó, mulheres de salto e recém habilitados disputando as ruas com as outras milhares de motocicletas que transitam pela metrópole.

A cor amarela do Burgman 2005 predominava na cidade e se tornou tendência. Como acontece na Europa, parecia que a Suzuki tinha conseguido, por meio do Burgman 125, disseminar a cultura do scooter, fato que, pelo tamanho da cidade, se restringia à capital.

Resumindo, o Suzuki Burgman 125 e o Yamaha Neo CVT dominavam o mercado e, juntos, venderam 51 mil unidades entre janeiro de 2008 e julho de 2009. Foi neste momento que a Honda lançou o Lead 110. Alimentado por injeção eletrônica de combustível e freios combinados, o pequeno scooter da Honda nasceu para abocanhar a fatia de mercado conquistada pelos seus concorrentes, principalmente o Burgman 125.

Também em 2009, entrou em vigor a terceira fase do Programa de Controle da Poluição do Ar por Motociclos e Veículos Similares, o Promot 3. A nova lei de emissões de gases fez o mercado de scooters se transformar. Sem um projeto que atendesse a esta nova legislação, o Burgman 125 foi perdendo espaço. A reviravolta foi tamanha, que hoje o Lead 110 detém 68% do segmento.
 
Porque a demora?

Segundo a assessoria da Suzuki no Brasil, “o novo modelo foi desenvolvido, testado e aprovado agora. Não foi em função do Promot 3 que a Suzuki perdeu mercado para a Honda. Foi por falta de produto em quantidade.”

Com essa resposta burocrática, a Suzuki explicou a demora de forma oficial. Entretanto, nas entrelinhas do lançamento, que foi realizado para a mídia especializada em fevereiro na cidade de Jundiaí (SP), o discurso se alongava um pouco.

“Tempo de projeto. A Suzuki fica cinco anos com um modelo e todo o desenvolvimento é feito no Japão, por isso a demora”, relatou Jefferson Pavan, engenheiro de certificação da Suzuki. Difícil de entender, já que o Burgman i 2011 já era visto no Cima Motor 2010 - salão de motos que acontece na cidade chinesa de Chongqing. O modelo é produzido pela chinesa Hao Jue. Primo-irmão do Smart 125, da Dafra, o novo Burgman i foi lançado e está totalmente novo, para, quem sabe, recuperar o mercado.
 
Outro scooter

O scooter Suzuki Burgman i 2011 é totalmente novo. A começar pelo nome, que traz a letra i, mostrando que o novo modelo agora é alimentado por injeção eletrônica de combustível. E é na injeção que as diferenças começam. “A mistura de combustível está mais equilibrada, o que gera uma economia muito maior”, explica Pavan. O novo sistema faz o Burgman i atender todas as exigências do Promot 3.

Mas as mudanças não param por aí. Olhando o Burgman 2011 e o 2005 de frente, o conjunto óptico já chamará sua atenção. Antes, o farol ficava mais baixo na parte frontal da moto, separado da grande entrada de ar por dois parafusos. Já no novo modelo, o farol fica mais alto, a entrada de ar ficou bem mais discreta e as setas saíram da carenagem do guidão, para se juntar a parte frontal do scooter.

O Burgman 2011 carrega as setas abaixo do conjunto óptico, como já disse. Por isso, o conjunto de carenagem do guidão não traz mais nenhum aparato luminoso. Destaque para a carenagem dos retrovisores, que agora estão na cor da moto.

O para lama dianteiro também deixou de existir. No Burgman i o ‘bico’ da carenagem frontal vai quase até o chão, o que não é bom. A absorção do impacto agora fica a cargo de toda a carenagem da frente, que é composto por uma peça só. No modelo anterior o para lama, que é uma peça bem menor, é que era prejudicada.

Há também um porta-luvas no anteparo do painel frontal e um gancho para pendurar sacolas ou bolsas, localizado na parte interna da carenagem dianteira (entre as pernas do piloto).

Saindo da frente e indo para o meio deste scooter, você verá pedaleiras retráteis para o garupa. Na versão antiga, a Suzuki disponibilizava apenas um suporte para os pés, o que era muito desconfortável.

A lanterna traseira do novo Burgman ficou mais moderna, porém maior. E o bagageiro de série mudou seu desenho, mas continua bem parecido ao modelo anterior.

As rodas dianteira e traseira, de liga leve e 10 polegadas, foram redesenhadas para criar harmonia no Burgman i, que sem dúvida é mais moderno. Painel todo reformulado, mas com as mesmas informações do Burgman lançado em 2005. O que difere é a luz de injeção eletrônica — hodômetro, setas, luz alta e marcador de combustível compõem o painel.

O tanque de gasolina não segue a tendência mundial de ir para o console que suporta os pés e continua debaixo do banco. Com isso, um capacete aberto pequeno ocupa todo o espaço deste compartimento. Para terminar as comparações, o novo Burgman perdeu o contra peso na extremidade do guidão, agora está na parte interna.
 
Pilotagem

O local escolhido pela Suzuki para o teste drive não era lá dos melhores. Com um espaço restrito, acabamos produzindo as fotos e conferindo as primeiras impressões do novo modelo de scooter de Suzuki. Com certeza a aceleração do Burgman i está mais linear. O uso da injeção eletrônica de combustível oferece ao piloto uma progressão contínua e sem falhas ao acelerar. O propulsor de quatro tempos, 125 cm³, duas válvulas, OHC, monocilíndrico e refrigerado a ar é muito silencioso — potência máxima de 9 cavalos a 7.500 rpm e torque máximo de 0.95 kgf.m a 6.500.

A transmissão automática tipo CVT (transmissão continuamente variável) via correia em “V, continua funcionando bem e passa conforto ao piloto, que não precisa se preocupar com a troca de marcha. É ligar, acelerar e rodar!

Os freios não puderam ser avaliados com precisão, entretanto podemos garantir que o trem dianteiro – disco simples ventilado mordido por pinça deslizante de pistão simples – está de acordo com sua proposta urbana.

Para um piloto como eu, de 1,90 m, os joelhos atrapalham a ciclística do scooter. Para mudar de direção, minhas pernas ‘brigavam’ com o guidão o tempo todo.

Todavia, este é um veículo “urbanóide” e para se locomover entre carros em uma velocidade razoável a ciclística se mostrou bem acertada. Enquanto eu pilotava e a fotógrafa Flávia Fontes “clicava” o Burgman i, um funcionário da churrascaria, onde fizemos a seção de fotos, veio conversar comigo.

“Queria comprar um desse pra minha esposa. Ela tem 28 anos, é pequena, só anda aqui em Jundiaí e com um litro roda a cidade toda”, disse João Overbeck, manobrista da Churrascaria da Fazenda. Sem querer, o João resumiu toda a praticidade do novo modelo. É exatamente esse o intuito da Suzuki. Oferecer um produto barato, com baixo consumo de combustível e que proporcione uma condução funcional para qualquer piloto.
 
Concorrência

Antes líder do segmento, agora correndo atrás do prejuízo. É assim que o Burgman i 2011 chega às concessionárias da Suzuki no Brasil. Com preço público sugerido de R$ 5.990.00, nas cores preta, prata, vermelha, branca e amarela, o modelo terá que desbancar o Honda Lead 110, que custa cerca de R$ 6.062,00. Completam o segmento o Smart 125, da Dafra — R$ 5.490,00 — e o Yamaha Neo CVT, que é vendido por R$ 6.459,00, ainda como ano/modelo 2010.
 
Ficha Técnica Suzuki Burgman i
 
Motor Quatro tempos, monocilindro, duas válvulas, OHC, refrigerado a ara forçado
Cilindrada 124 cm³
Potência 9 cv a 7.500 rpm
Torque Máximo 0,95 kgf.m a 6.000 rpm
Diâmetro X Curso 53,5 mm x 55,2 mm
Taxa de compressão 9,6:1
Transmissão CVT
Alimentação Injeção Eletrônica
Partida Elétrica e Pedal
Suspensões
Dianteira Telescópica
Traseira Balança articulada, de monoamortecimento hidráulico, mola helicodial, com ajustes
Freios
Dianteiro Disco
Traseiro Tambor
Pneus
Dianteiro 90/90-10 50J, sem câmera
Traseiro 100/90-10 56J, sem câmera
Tanque 6,4 litros
Óleo do Motor 1 litro com troca do filtro
Comprimento Total 1.840 mm
Largura Total 650 mm
Altura Total 1.100 mm
Entre eixos 1.230 mm
Distância do Solo 125 mm
Altura do Assento 730 mm
Peso 110 kg
Cores preta, prata, vermelha, branca e amarela
Preço R$ 5.990,00

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