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Barreira argentina retém 30 mil veículos em alfândega

16/05/2012 - 17:20 - Agência Estado
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Cerca de 30 mil automóveis fabricados fora dos países do Mercosul estão retidos na alfândega e impedidos de entrar no mercado argentino em consequência das barreiras adotadas pelo governo de Cristina Kirchner contra as importações. Segundo informações das importadoras, sete navios carregados com modelos BMW, Chrysler, Mercedes Benz, Porsche, Mitsubishi e outras marcas aguardam autorização para descarregar metade desse volume. A outra metade aguarda em depósitos no porto de Buenos Aires. Para importar, as empresas na Argentina precisam ter aprovadas as licenças de importação e as Declarações Juradas Antecipadas (DJAI), além de se comprometer a exportar valor equivalente às suas importações.

 A maioria das marcas importadas não tem linha de produção própria na Argentina, o que obriga as empresas a fazerem acordos comerciais com outras exportadoras para vender ao exterior produtos que não guardam nenhuma relação com o setor automobilístico, como vinhos, arroz, queijos, milho e outros. O chamado "esquema do um a um" foi imposto pelo secretário de Comércio Interior da Argentina, Guillermo Moreno, a partir de 2010. A burocracia adotada para as importações em geral foi ampliada em fevereiro deste ano como ferramenta para impedir a saída de divisas do país e preservar o superávit comercial. Paralelamente, o governo adota também um férreo controle do mercado de câmbio.

Porém, ambas as armas estão se voltando contra a economia doméstica. As vendas de imóveis e de automóveis importados estão ameaçadas. No primeiro caso, os acordos de compra e venda estão caindo porque as operações são realizadas em dólares e os compradores estão com dificuldades para comprar divisas. Segundo os últimos dados do Colégio de Escrivães de Buenos Aires, a quantidade de escrituras lavradas no primeiro trimestre de 2012 caiu 11,6% em relação ao mesmo período de 2011. A maior queda, segundo o levantamento, foi em março, quando houve queda de 4,8% em comparação com o mesmo mês do ano passado.

No caso dos automóveis, as concessionárias ainda têm estoques para atender a demanda, mas a Associação das Concessionárias estima que se a situação persistir, as vendas serão afetadas.

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