BMW K 1600 B quer fazer a cabeça dos americanos

Se você gosta de motos baixas, estilosas, potentes, com malas rígidas nas laterais e reside nos Estados Unidos, a nova BMW K 1600 B, no melhor estilo “Bagger”, pode ser uma opção bem interessante. Mas antes de conhece-la é bom saber que ela custa quase US$ 20.000 – (R$ 63.000). Uma boa grana mesmo para os padrões americanos. Para convencer o consumidor os atrativos desta alemã estão no motor, na tecnologia e, claro, no estilo. 

Para ser fiel ao estilo bagger, o fabricante alemão teve que usar muita criatividade nas alterações da K 1600 GT, que nasceu como uma touring de estilo europeu. O fabricante redesenhou o quadro traseiro – permitindo a adoção do banco mais baixo (78 cm) – e também as novas ponteiras de escape. O tom preto foi adotado em toda a motocicleta, exceto pelas ponteiras do escapamento e pelo logo do modelo na carenagem lateral. As malas são rígidas e recebem as exóticas lanternas em led. Na hora de trocar o pneu traseiro o para-lama é basculante e pode ser levantado, facilitando o trabalho de retirar a roda. 

A BMW “Bagger” está equipada com o motorzão de seis cilindros em linha de 1.649 cc. O propulsor é capaz de gerar 160 cavalos de potência quando atingir 7.750 giros. Porém, o grande barato é o torque devastador de 17,85 kgf.m a 5.250 rpm. 

Apesar do estilo bonachão dessa BMW é bom não encarar um tira-teima com a bagger alemã. Segundo o fabricante, ela é capaz de ir de 0 a 100 km/h em apenas 3,2 segundos e superar os 200 km/h de velocidade final. Para isso, basta o piloto saber usar o câmbio de seis marchas.

Vamos para a estrada 

Feita para viajar, tem na sua autonomia um grande atrativo. O tanque possui capacidade para 26,5 litros e seu consumo declarado é de 17,54 km/litro. Em teoria sua autonomia supera os 450 quilômetros. 

A frenagem é garantida por dois discos na dianteira com 320 mm de diâmetro, mordidos por quatro pistões. Para controlar a traseira o piloto conta com um disco de 320 mm, mordido por um pistão. O sistema ABS está presente e, para ajudar na segurança, o fabricante ainda oferece o sistema de controle de tração. As rodas são exclusivas do modelo e medem 17 polegadas, medida típica das motos esportivas, e são calçadas com pneus 120/70 na dianteira e 190/70 na traseira.

Outro grande atrativo é o sistema de suspensão eletrônica que tem duas opções de regulagem. Na posição “Road”, por exemplo, o sistema se adapta automaticamente ao tipo de piso. Enquanto na posição “Cruise” o amortecimento prima pela maciez e o conforto fazendo os 336 kg dessa bagger praticamente “flutuar” na estrada. 

O piloto viaja com os pés posicionados à frente. A proteção aerodinâmica fica a cargo do enorme para brisa – com regulagem elétrica. Além disso, os defletores de mão ajudam no conforto e proteção contra o vento, frio e chuva.
O banco baixo, além de reforçar o estilo, auxilia nas manobras em baixa velocidade. Além disso, o piloto ainda conta com a marcha a ré, acionada por um botão junto ao punho.

Concorrência da pesada

O estilo bagger nasceu na Terra do Tio Sam e lá os fabricantes oferecem várias opções. A Honda criou a Gold Wing F6B, por exemplo, que custa US$ 20.500 (R$ 64.500), enquanto a Indian Chieftain tem o preço de US$ 23.990 (R$ 75.500). 

Claro que a Harley-Davidosn não ficaria de fora e oferece a Street Glide Special por US$ 20.999 (R$ 66.200). No quesito preço a BMW ganha, resta saber se os americanos curtirão os seis cilindros em linha ao invés do tradicional V2.