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Brasil e Argentina negociam suavização

21/05/2011 - 11:02 - Redação
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O Ministério de Indústria argentino confirmou que negociações entre Brasil e Argentina para destravar o conflito comercial bilateral serão realizadas na segunda e terça-feira da semana que vem. Mas antes disso os carros bloqueados na fronteira brasileira podem ser autorizados a entrar no mercado brasileiro. “A ideia é de que até sexta-feira sejam liberados os primeiros veículos para que os dois países cheguem à mesa de negociação sem pressões”, disse à Agência Estado Fernando Canedo, secretário-executivo da Adefa, a associação dos fabricantes instalados no país.

Em reciprocidade, o governo argentino também agilizaria a liberação de produtos brasileiros que aguardam a emissão de licenças de importação, como pneus, calçados e baterias.

A Adefa realizou reunião da sua comissão executiva na terça-feira, 17. Os associados discutiram alternativas para o caso de os dois principais sócios do Mercosul não chegarem a um entendimento. Parte da estratégia é alertar sobre as consequências de uma retração do setor em ambas as economias. “A fabricação de veículos é um dos dois principais motores da economia argentina. Se cai esse motor, o país vai comprar cada vez menos produtos do Brasil”, disse um executivo de uma das 11 montadoras instaladas no país.

Segundo o executivo, enquanto aguardam uma decisão dos dois governos, as fábricas vão continuar produzindo e guardando os veículos nos pátios. Mas, se a restrição persistir, o ritmo de produção será reduzido.

A Adefa projeta produção de 840 mil unidades em 2011, com 504 mil destinadas à exportação, 82% para o Brasil. A entidade ainda mantém suas projeções. “Os investimentos realizados nas montadoras instaladas no Brasil e na Argentina, especialmente nos últimos dez anos, foram pensados na complementaridade entre os dois países e em uma matriz exportadora que funciona com esse esquema de produção”, disse Canedo à Agência Estado. “Os governos sabem disso e da importância de encontrar uma rápida solução para o conflito”, completou.

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