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Bye bye Stilo, bem-vindo Bravo; novo hatch da Fiat chega por iniciais R$ 55.200

25/11/2010 - 16:38 - Redação
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Na noite de ontem, quarta-feira, a Fiat anunciou o oficialmente que o hatchback Stilo, que deixa de ser produzido este, será subistituido pelo Bravo, mostrado pela primeira vez no Salão do Automóvel de SP, em outubro. Com isso, quem desejar comprar um Stilo, deverá "garimpar" alguns modelos que ainda estão nos estoques de algumas concessionárias.

Clique aqui e confira uma galeria de fotos do Bravo em todas as suas versões

Com o lançamento do Bravo, a marca italiana tenta se recolocar na briga do hatches médios, hoje vencida pelo Hyundai i30. As versões misturam a nomenclatura usada separadamente pela Fiat em diversos modelos. São elas:

Bravo Essence -- R$ 55.200
Bravo Essence Dualogic -- R$ 57.800
Bravo Absolute -- R$ 62.250
Bravo Absolute Dualogic -- R$ 65.200
Bravo T-Jet -- R$ 67.700

O Bravo que ora chega ao Brasil não deve ser confundido com o antigo modelo europeu de mesmo nome (de duas portas), nem com o hatch Brava (de quatro) vendido por aqui até o começo dos anos 2000. O Bravo atual foi lançado na Europa em 2007 exatamente como substituto do Stilo -- que, por sua vez, havia substituído o primeiro Bravo no mercado europeu.

O carro usa a plataforma média da Fiat (aperfeiçoada por profissionais da empresa em Minas Gerais) que serviu também ao finado Stilo e ainda é usada no Lancia Delta. Apesar do jeitão de Alfa Romeo da traseira do Bravo, nenhum carro dessa marca premium usa a mesma base.

O novo Bravo disputará espaço no Brasil com carros bem-sucedidos e mais atualizados do que o Stilo, modelo cuja permanência no mercado já vinha representando um tempo perdido para a Fiat no segmento dos hatches médios (o que não quer dizer que todos os seus concorrentes tenham se modernizado). Um adversário duro será o atual líder Hyundai i30, impulsionado por um bom pacote de equipamentos e a avalanche publicitária da marca sulcoreana. Outro será o Ford Focus, que cresceu muito depois de ganhar o motor Sigma 1.6 bicombustível. Volkswagen Golf e Chevrolet Astra são dois exemplos de rivais que precisam se reinventar. Ainda distante no horizonte, está o Chevrolet Cruze dois-volumes.

Para as duras batalhas que se anunciam, o Bravo vem armado com bastante conteúdo e, secundariamente, um visual mais interessante que o do outro hatch "superior" da Fiat, o Punto -- que agora passa a ocupar na gama da marca, sem ambivalências, o mesmo lugar que o Polo na da Volkswagen. Embora uma olhada rápida já deixe óbvio que se trata de um parente próximo do Punto, o Bravo tem linhas mais suaves, a ponto de parecer menor do que realmente é -- são 4,33 metros de comprimento (o Golf tem 4,2 metros).

A grade dianteira é discreta e o capô tem dois vincos que descem em direção aos faróis, delimitando um  conjunto óptico ligeiramente irregular. A silhueta é suavizada no término da segunda metade, priorizando a "cintura" em vez dos "ombros". As lanternas traseiras são posicionadas horizontalmente (as luzes de ré ficam no parachoques), mas, quando vistas por trás, dão a impressão de não invadirem o paralamas -- parecem redondas, mas não são. O principal toque esportivo é dado pelas rodas, de 16 polegadas na versão Essence e 17 polegadas na Absolute e na T-Jet (esta tem rodas de 18 polegadas como opcional).

Conheça um pouco mais dos detalhes de cada versão

Bravo Essence: sai de fábrica com airbags frontais, ar-condicionado, regulagem de altura do banco do motorista, direção com assistência elétrica, faróis de neblina, fixação de cadeirinhas Isofix, piloto automático, iluminação no porta-luvas e no porta-malas, vidros elétricos dianteiros e traseiros (com sistema "one touch" e antiesmagamento) e rádio para CD e MP3.

Bravo Absolute: tem o conteúdo da versão Essence, mais freios com ABS (antitravamento), apoio de braço dianteiro com compartimento refrigerado, ar com duas temperaturas, sistema de interatividade Blue&Me, sensor de estacionamento traseiro, volante revestido em couro com comandos do rádio e iluminação noturna interna especial (Night Design). Vários desses itens podem ser acrescentados ao Bravo Essence como opcionais; por sua vez, há equipamentos que são opcionais apenas na Absolute: sensor de pressão dos pneus, RádioNAV (com tela central e navegação), teto solar elétrico, sensor de estacionamento dianteiro, rebatimento elétrico dos retrovisores, sensores de luz e chuva, cinco airbags extras e troca de marchas em borboletas atrás do volante (apenas com o câmbio Dualogic).

Bravo T-Jet: possui o conteúdo da Absolute (e o mesmo cardápio de opcionais), mais ESP (controle de estabilidade, incluindo sistema antiderrapagem), assistência de partida em aclive (Hill Holder), função Overbooster (semelhante à função Sport em outro carros, mas atuante via acelerador), faróis escurecidos, pinças de freio pintadas em vermelho e escape duplo cromado.

O Bravo tem garantia total de dois anos e revisões programadas para cada 15 mil km; as trocas de óleo acontecem também a cada 15 mil km, ou após um ano de uso -- o que vier primeiro. Todas as versões possuem porta-malas de 400 litros (1.175 litros com rebatimento total) e tanque de combustível de 58 litros. Os motores 1.8 levam o carro a até 193 km/h (etanol), e o 1.4 turbinado vai a 206 km/h (gasolina). Quanto ao consumo, os valores anunciados pela Fiat são de 11,3 km/l e 7,9 km/l na cidade e 16,1 km/l e 11,2 km/l na estrada (gasolina/etanol) para o motor 1.8. Os números do T-Jet não foram divulgados.

Queda do Stilo

A morte do Stilo era pedra cantada desde 2008, quando as primeiras unidades do Bravo começaram a ser flagradas, ainda sob forte camuflagem, em estradas brasileiras. Naquele ano a Fiat decidiu usar o Stilo como uma espécie de cobaia para o câmbio automatizado Dualogic, que posteriormente foi disponibilizado para todos os seus modelos. Era um sinal de que as vendas do hatch médio definhavam. Mais tarde, a série especial Blackmotion funcionou como um respirador artificial para o modelo.

Em março deste ano, o governo determinou que a Fiat fizesse um recall do Stilo, devido a acidentes -- inclusive fatais -- em que uma das rodas se soltou em movimento. A empresa tinha conhecimento dos casos, divulgados amplamente na imprensa, mas resistiu em fazer o chamado até ser obrigada pelas autoridades. Foi multada em mais de R$ 3 milhões. Cerca de 60 mil carros foram convocados. 

Mais novidades

No mesmo evento em que matou o Stilo e deu à luz o Bravo, a Fiat anunciou investimentos totais de R$ 10 bilhões no Brasil de 2011 a 2015 (contra R$ 6 bilhões no biênio 2008-2010). O valor confirma o nosso mercado como o mais importante da marca italiana fora de seu país de origem.

Segundo executivos da marca, no ano que vem serão colocados no mercado brasileiro nada menos que 20 "lançamentos". As aspas devem-se ao fato de que nem tudo será exatamente inédito: nessa conta estão incluídas novas versões de carros já existentes, além de reestilizações leves. A grande aposta da marca deverá ser uma nova geração do Palio, o veterano hatch pequeno que perdeu espaço para o Novo Uno e deixou de incomodar a longeva liderança do Volkswagen Gol nas vendas nacionais.

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