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Capacete é tudo igual?

03/02/2012 - 00:07 - Carlos Bazela / Agência INFOMOTO
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Falar sobre a importância do capacete para os motociclistas é afirmar o óbvio. Entretanto, toda vez que esse item é assunto em uma discussão a relação entre preço e a proteção oferecida é sempre colocada em xeque e vem à tona a pergunta: afinal de contas, eu preciso pagar caro em um capacete para estar devidamente protegido?

Em busca dessa resposta, a INFOMOTO conversou com fabricantes importadores e comerciantes e constatou que, em primeiro lugar, o motociclista precisa saber contra o quê exatamente ele precisa se proteger.

Um piloto que deseja conhecer os limites de uma superesportiva durante em uma pista, por exemplo, precisa de um modelo que conte com cinta jugular de anel duplo para impedir que o mesmo escape em caso de uma queda em alta velocidade. Já em uma pilotagem urbana, velocidade não é problema – uma vez que existem limites a serem respeitados – mas, uma proteção efetiva em um acidente de trânsito faz toda a diferença.

Seguros e confiáveis

Para garantir a segurança a todos os brasileiros que andam de moto, a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) criou a norma NBR 7471, que está em vigor desde fevereiro de 2001. Além de conferir as dimensões e o peso, a resolução também exige que todos os capacetes nacionais ou importados comercializados no Brasil passem por diversos testes de qualidade.

Os produtos têm sua resistência avaliada em quesitos como: resistência da cinta jugular, da viseira e durabilidade do casco no caso de choques sofridos pela parte superior, nas laterais e também na região da nuca contra superfícies planas e côncavas, com o intuito de simular guias lombadas. Tudo devidamente certificado pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia).

São essas as normas que devem ser atendidas por fabricantes como a Taurus Helmets, por exemplo, cujos produtos são inteiramente fabricados no país na planta de Mandirituba (PR). A marca tem no mercado capacetes como o San Marino que, segundo a própria Taurus, é líder de vendas desde sua estreia, em 1984. O clássico San Marino sai por volta de R$ 80, mas há outros modelos mais modernos como o recém lançado T5, com preço na faixa dos R$ 200.

O mesmo serve para a IRA, cujos produtos são desenhados aqui e produzidos na China, e também com os capacetes importados da Europa e do Japão, como AGV, LS2, Shark e Arai da qual o modelo top de linha pode chegar a custar em torno de R$ 3,4 mil.

Dá no mesmo, então?

Não é bem assim. Como foi mencionado no início da matéria, além do equipamento ser projetado de acordo com o seu uso, existem outros fatores que influem na escolha de do capacete. O principal deles é para quê você vai usá-lo. Por exemplo, se for andar na pista, recomenda-se usar um capacete Racing. Agora, se a idéia é pilotar em trilhas use um capacete Cross, daqueles com queixeira e aberto, mas que requerem o uso de um óculos de proteção.

Segundo Rodrigo Galdencio, vendedor da Casa do Capacete, em São Paulo (SP), outro item que os motociclistas levam em conta é o peso do equipamento. “Geralmente quando o cliente vem aqui ele procura um capacete para andar em alta velocidade. Então ele opta por modelo feito em fibra de carbono, que é mais leve do que os outros mais baratos que são feitos em plástico injetado”, afirma.

Conforto também é um diferencial. “O capacete veste bem. E tem também a questão do barulho. Eles [os capacetes mais caros] são mais silenciosos e também vibram menos”, conclui Galdencio.

Claro que não podemos nos esquecer da estética. Afinal, algo que vai estar com o motociclista – principalmente quem trabalha com a moto – durante a maior parte do dia precisa ser agradável aos olhos. Nesse ponto, os capacetes de valor mais elevado apelam para as competições para agradar aos clientes. Caso da italiana AGV, que disponibiliza para o consumidor réplicas dos modelos usados pelo piloto Valentino Rossi, que compete no Campeonato Mundial de MotoGP com uma Ducati.

Vida útil

Seja qual for a marca do capacete, um dos fatores mais importantes para continuar seguro é saber quando ele deve ser substituído. Gianfranco Ugo Milani, Gerente de Vendas da Taurus Helmets, é categórico: “Se cair e trincar ou rachar o capacete, ele vai pro lixo. Usar um equipamento com casco rachado compromete a segurança do motociclista”.

Pensando nisso, a LS2 criou, aqui no Brasil, uma espécie de “seguro contra acidente”. Quem compra um capacete da marca e sofre algum acidente no trânsito que inutilize o casco, pode trocá-lo por um novo apresentando o Boletim de Ocorrência junto com a Nota ou Cupom Fiscal. A validade do serviço é de dois anos após a compra.

Também é importante ressaltar que as normas brasileiras exigem uma proteção mais reforçada na região que corresponde à calota craniana, têmporas e nuca do que na parte da boca, por exemplo. Portanto capacetes abertos ou que apenas cumpram às normas podem não proteger a região do queixo. Por isso, é recomendável utilizar um capacete integral que tenha reforço na parte dianteira se você for usá-lo em viagens e estradas, onde a velocidade é mais alta.

Dicas para escolher o tamanho certo

Na hora de escolher um capacete, Caio Fontana, diretor Comercial e de Marketing da IRA, dá algumas dicas para você escolher um do tamanho certo:
1) Meça a circunferência da cabeça usando uma fita métrica. O número encontrado em centímetros será correspondente ao tamanho do capacete. Exemplos: 56 – S; 58 – M; 60 – L; 62 – XL; 64 – XXL.
2) Procure pelo selo do Inmetro. A presença do Selo de Conformidade identifica que aquele produto passou pelos testes de resistência exigidos pela norma NBR 7471/2001.
3) O capacete precisa encostar no couro cabeludo e as almofadas laterais nas bochechas. “É importante destacar que não pode haver um espaço entre o capacete e a cabeça”, adverte Fontana.
4) Depois de prender a cinta jugular rente ao pescoço, verifique se é possível mover o capacete para os lados. Caso o motociclista consiga, recomenda-se que troque o modelo por outro de número menor.

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