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Vigésimo quinto dia - Nas águas do “Velho Chico” (4/12)
A bordo do Benjamin Guimarães, único barco a vapor em funcionamento do mundo, os expedicionários puderam redescobrir um dos tesouros de Minas Gerais – o Rio São Francisco. Apesar da coloração escura, por conta das constantes chuvas das últimas semanas, não há como não se entregar ao “Velho Chico” e ao encanto da embarcação, que por cerca de 50 anos navegou os 1340 quilômetros do Rio São Francisco entre Pirapora (MG) e Juazeiro (BA). Para acentuar o ar retrô da atividade, o comandante responsável foi Manoel Mariano, que comandou o Benjamin Guimarães pela primeira vez em 1944.
Para os expedicionários, o momento foi aproveitado também para relaxar ao som de uma autêntica música barranqueira, estilo que representa muito bem a cultura ribeirinha. No final do passeio, para não perder o costume, os violões passaram para as mãos da galera da Conspiração Filmes, que, depois de desafinar em uma ou outra música, mandou muito bem na composição de um funk da expedição. A criação contou com a colaboração de todos e utilizou praticamente todo o vocabulário corrente na Rádio Comboio. Garantia de muitas gargalhadas.
Vigésimo sexto dia - A caminho da Serra do Cipó (5/12)
Depois de muita brincadeira na piscina, jantar farto e uma ótima reunião de briefing, todos procuram dormir mais cedo para se preparar para mais um deslocamento longo – de 570 quilômetros entre Pirapora e Santana do Riacho, na Serra do Cipó.
No caminho para a região, considerada o paraíso da escalada no Brasil, os expedicionários fizeram um café da manhã na concessionária Citroën em Montes Claros e almoçaram na charmosa Diamantina, cidade histórica cercada por belezas naturais.
Depois de um rápido city tour e alguns pedidos para ficar mais tempo por lá, foi a hora de pegar a estrada novamente e fazer um dos mais belos trechos da expedição até o momento, em plena Estrada Real.
Vigésimo sétimo dia - Convivendo com a vontade de São Pedro (6/12)
Divididos em duas turmas, os expedicionários se prepararam para uma das atividades mais aguardadas até o momento: a escalada na Serra Cipó. Na parte da manhã, Cajal, Gu, Lika, Tatá e Croco se saíram muito bem e conseguiram escalar vias com graus de dificuldade 5 e 6.
Os outros cinco aventureiros fariam suas tentativas no período da tarde, não fosse São Pedro ter reaparecido e acabado com a alegria da galera. A eles restou descansar um pouco mais (o que não foi nada mal) e passear de carro pela charmosa região de Santana do Riacho.
Vigésimo oitavo dia - Muitas horas de estrada e de expectativa (7/12)
Embora não esteja entre os deslocamentos mais longos da expedição, os 500 quilômetros que separam Santana do Riacho (MG) e Pedra Menina, distrito do município de Dores do Rio Preto (ES) só foram vencidos em 15 horas de viagem. Isso porque, além dos trechos de terra, que são executados em velocidade reduzida, a expedição passou mais de 2 horas tentando sair de Belo Horizonte, por conta de um congestionamento no anel viário.
Mas nada incomodou tanto esses aventureiros quanto a incerteza sobre qual seria a atividade do dia seguinte. O plano A seria: acordar às 6 horas da manhã e fazer a ascensão ao Pico da Bandeira, terceiro ponto mais alto do Brasil e o primeiro da região sudeste, com quase 3 mil metros de altitude. Mas isso só seria possível se São Pedro colaborasse e o tempo estivesse seco. Caso houvesse chuva, entraria em vigor o plano B: acordar às 6 horas e tocar para Penedo (RJ), onde a turma dormiria para terminar o deslocamento até São Paulo na quinta-feira.
Ao chegar ao pequeno distrito, no lado capixaba do Parque Nacional do Caparaó, a Expedição AIRCROSS teve uma das surpresas mais agradáveis da viagem: os moradores locais haviam preparado uma grande recepção para os aventureiros, com direito a fogos de artifício, um jantar maravilhoso, telão e música ao vivo.
Vigésimo nono dia - Pico da Bandeira – a aventura final (8/12)
A subida ao Pico da Bandeira, última atividade programada da Expedição AIRCROSS, representou um pouco de tudo que esses 30 dias significaram: expectativa, esforço físico, superação, contato intenso com a natureza, contemplação e espírito de grupo.
A incerteza de realizar a subida persistiu até o momento de entrada no parque, quando o guia alertou que, embora o tempo estivesse bom, as condições poderiam mudar de uma hora para outra e, caso isso acontecesse, todos teriam que retornar por questões de segurança.
A caminhada começou às 9 horas e já nos dez primeiros minutos foi possível perceber que o desafio seria grande. Embora o percurso não seja tão longo (são quatro quilômetros até o topo), a subida é extremamente íngreme, exigindo força nas pernas e muito fôlego. Os mais experientes foram logo avisando: “Os primeiros 40 minutos são de caráter eliminatório”.
Mas essa galera é guerreira e não se deixa vencer tão fácil assim. Claro que alguns precisaram de um tempo maior pra vencer a distância que separa o acampamento Casa Queimada, no pé do morro, e o Pico da Bandeira, mas as 32 pessoas que encararam o desafio cumpriram a missão até o final.
Até o tempo nublado e a densa neblina que acompanhou a expedição durante boa parte da subida ao cume sumiram como que por encanto alguns minutos depois que a turma alcançou o ponto mais alto do sudeste brasileiro. Para todos os lados que se olhava, a paisagem parecia um quadro para pendurar na parede. E o que dizer da expressão de alegria nos rostos das pessoas? Só dá pra afirmar que cada gota de suor valeu a pena.
Trigésimo dia - Hora de voltar pra casa (9/12)
Em clima de despedida, todos enfrentaram os mais de 800 quilômetros entre Pedra Menina (ES) e São Paulo num misto de tristeza e alegria. Embora não quisessem que a aventura chegasse ao fim, estavam ansiosos por ver os familiares, amigos, namorados (as) que os esperavam na recepção preparada pela Citroën, no Clube A.
Durante a festa, ouviram o discurso bem-humorado do presidente da empresa, Ivan Segal, receberam o carinho dos funcionários da Citroën, deram entrevistas e, principalmente, divertiram-se muito.
Carreata em São Paulo
No dia seguinte, despediram-se da expedição AIRCROSS com uma carreata que passou por alguns dos principais pontos da cidade de São Paulo, como o Parque do Ibirapuera e a Avenida Paulista. A aventura terminou em um almoço na Churrascaria South’s Place, no Morumbi, mesmo local onde tudo havia começado, no dia 7 de novembro, antes da partida dos expedicionários para Penedo (RJ).
Agora, já estão todos de volta às suas casas, levando na bagagem muitas histórias para contar, novos amigos para a vida inteira e uma percepção diferente das belezas do nosso País.
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