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Chery definirá este mês investimento e local de fábrica de motores

24/06/2013 - 15:33 - Automotive Business
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A Chery definirá até o fim deste mês a localização e o investimento para a construção de sua fábrica de motores no Brasil, revelou o CEO e vice-presidente comercial da montadora no País, Luis Curi, na quinta-feira, 20, durante o lançamento da nova geração do SUV Tiggo. A decisão de ter sua própria fábrica de motores foi anunciada pelo próprio executivo em 1º de abril, no IV Fórum da Indústria Automobilística organizado por Automotive Business. Na ocasião ele informou que a unidade de Jacareí (SP) teria espaço para a instalação da linha dos propulsores, mas a falta de incentivos fiscais levaria a empresa a procurar um local fora de São Paulo, mais provavelmente no sul de Minas Gerais ou do Rio de Janeiro.

“Recebemos propostas de estados vizinhos”, voltou a afirmar. Segundo Curi, o projeto prevê que a fábrica da divisão de motores da Chery, a Acteco, inicie suas atividades ainda no primeiro semestre de 2014 para acompanhar o começo das operações da fábrica de veículos. Por aqui serão montados os propulsores 1.0 e 1.5, ambos flex. O motor 1.0, desenvolvido em parceria com a Magneti Marelli, equipará o QQ que será fabricado no Brasil a partir de 2015, enquanto o 1.5, com tecnologia bicombustível da Delphi, será montado para o Celer, cuja produção comercial inaugurará a fábrica de Jacareí.

Curi informa ainda que a Chery desenvolve na China um novo motor 2.0 flex, mas segundo ele, ainda não há definição sobre o modelo ou sua chegada ao Brasil. Contudo, ele mesmo dá as pistas: segundo o gerente geral da marca chinesa para a América do Sul, Du Weiqiang, o sedã médio M16 será o próximo lançamento no Brasil, após o novo QQ, que antes de ser fabricado aqui, em 2016, está previsto para chegar ao mercado brasileiro em 2014. Para Curi, o modelo é um projeto para o médio prazo: “O projeto do M16 já está fechado, mas deve chegar entre 2016 e 2017”, ponderou.

Corrida contra o tempo

Além da fábrica de motores, que deverá ser erguida em tempo recorde, algo como seis meses, a Chery corre contra o tempo para manter seu cronograma de construção da planta de veículos em Jacareí, no interior paulista. Curi confirma a inauguração das instalações iniciais no fim deste ano, entre novembro e dezembro, devendo apresentar o primeiro Chery fabricado em solo nacional no primeiro trimestre de 2014.

Nesta primeira fase, entrará em linha de montagem as versões hatch e sedã do modelo Celer, apresentado ao mercado no início deste ano. Posteriormente, em 2015, é a vez do novo QQ. Segundo Curi, um terceiro modelo a ser produzido no Brasil será um subcompacto totalmente novo cujo projeto é conhecido como S15: “É um modelo de entrada do mesmo segmento que o QQ, mas ele não vai extinguir o QQ, é uma evolução dele”, revela.

Ele afirma ainda que não está prevista a produção de um modelo SUV para esta primeira fase de produção. “Provavelmente, ocorrerá no futuro com certeza, mas só depois de 2017 ou 2018”.

Nesta primeira fase, a fábrica da Chery terá limites de processos produtivos: enquanto haverá soldagem, pintura e montagem, a empresa planeja, no primeiro momento, terceirizar e importar as peças de estamparia.

Sobre o parque de fornecedores, o executivo informa que três empresas chinesas já estão confirmadas para atuar ao lado da Chery em Jacareí, mas ele não revela quem são ou quais produtos fabricarão. A expectativa é de que entre 6 e 7 empresas da China venham para o Brasil trabalhar com a montadora.

Curi afirma também que com as regras do Inovar-Auto, há um período de um ano, contando a partir do início das operações, para que os veículos cumpram a exigência do conteúdo nacional, de 60%.”Vamos atingir este índice de uma forma escalonada.”

Sobre fornecedores brasileiros, o executivo não soube dizer quantos e quais devem também trabalhar com a Chery em Jacareí, mas confirma que há negociações em curso e que “tudo dependerá da volatilidade do dólar: esperamos que volte para o patamar de R$ 2 a R$ 2,05”, argumentou.

Na China, a Chery é servida por diversas empresas bem conhecidas entre a cadeia global de fornecedores da indústria automotiva, como AVL, Bosch, Continental, Delphi, Durr, Magneti Marelli, Siemens, Valeo entre outras, muitas delas já têm fábrica no Brasil.

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