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Luis Curi, CEO da Chery Brasil, estima que a montadora deverá ter cerca de 60 fornecedores no Brasil – e já está organizando junto ao Sindipeças um “Chery Day”, ainda sem data definida, para atrair potenciais empresas fornecedoras. O nível de nacionalização, contudo, será baixo: em torno de 30% quando a fábrica de Jacareí começar a funcionar, no segundo semestre de 2013, com produção estimada em 50 mil a 60 mil carros/ano. Depois a utilização de conteúdo nacional deverá crescer gradualmente para 50% até 2015, quando o ritmo de montagem atingirá a meta inicial de 150 mil unidades/ano. “Mas pessoalmente acredito que deva chegar a 170 mil/ano até 2016, o que está dentro da nossa margem superior projetada”, aposta Curi.
Esse nível de nacionalização está abaixo da exigência para entrar no livre mercado (sem pagar imposto de importação) dos países do Mercosul, de 60%. Mas Curi avisa que não é intenção exportar do Brasil para esses mercados: “O Uruguai e a Argentina serão atendidos pela planta uruguaia (já em operação com regime de montagem em CKD). Nós aqui teremos como mercados externos preferenciais Chile, Colômbia e México”, explica, avaliando que a fábrica brasileira deverá exportar não mais do que 20% da produção.
Duas plataformas e quatro modelos em Jacareí
Jacareí vai produzir, sobre duas plataformas, quatro modelos da Chery, “todos compactos de entrada, que são o nosso forte, mas bem equipados e com a continuação de nossa política de preços competitivos”, garantiu Curi.
Os modelos pré-selecionados para serem feitos no Brasil são o S18 e o A13, em versões hatch e sedã. Para o mercado sul-americano eles serão rebatizados com outros nomes e adaptados “com acabamento de acordo com o gosto dos brasileiros, que é muito diferente do chinês”, destacou Tongyue. E todos os Chery vendidos aqui, inclusive os importados, serão flex já a partir do próximo ano.
Curi ressaltou ainda que “a Chery não tenciona ter lucro no Brasil no curto ou médio prazos”, para reafirmar que “os preços continuarão sendo atrativos” nos modelos nacionais da marca chinesa.
O número de pontos de venda da Chery no Brasil – atualmente são 81 e deverão ser 100 até o fim do ano, cobrindo todos os 27 estados brasileiros – também crescerá, mas de forma gradual, “tomando cuidado para não prejudicar a rentabilidade dos concessionários”, segundo Curi. Ele estima que a marca poderá avançar para 150 lojas nos próximos anos.
O presidente da Chery, Yin Tongyue, ao lado do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, na cerimônia de assentamento da pedra fundamental da fábrica de Jacareí (SP)
Benefícios
A Chery optou por construir sua primeira fábrica completa fora da China em Jacareí, no Vale do Paraíba, para aproveitar a boa infraestrutura logística existente no local, com ligação facilitada aos dois maiores centros consumidores brasileiros, São Paulo e Rio de Janeiro. Também pesou a oferta de mão-de-obra qualificada, com centros de capacitação e universidades já instaladas na região e outras prometidas pelo governo do Estado. “A USP deverá dobrar as cadeiras de engenharia no Vale do Paraíba, já temos Etecs (Escolas Técnicas estaduais) e uma Fatec (Faculdade Técnica) está em licitação”, afirmou o governador Geraldo Alckmin durante cerimônia de assentamento da pedra fundamental do empreendimento chinês.
A Chery também ganhou da prefeitura de Jacareí incentivos fiscais e um terreno de 1 milhão de metros quadrados. Além disso, o governo estadual garantiu à fábrica as isenções do Programa Estadual de Incentivo ao Investimento pelo Fabricante de Veiculo Automotor (Pró-Veículo), que prevê a suspensão do pagamento do ICMS para a aquisição de mercadorias, equipamentos, partes e peças. E mais tarde garantirá também a devolução acelerada de 100% dos créditos de ICMS acumulados nas exportações de veículos.
O governador Alckmin comemorou o fato de o Estado voltar a atrair os fabricantes de veículos, que nos anos 90 optaram por regiões fora de São Paulo. “A indústria automobilística é grande geradora de emprego ao longo de sua cadeia produtiva. O Brasil é o sétimo maior produtor mundial de automóveis e o Estado de São Paulo sozinho é hoje o décimo-segundo do mundo”, disse.
Símbolo da China grande
Também presente ao evento, o embaixador da China no Brasil, Qiu Xiaoqi, destacou que a nova fábrica da Chery é um símbolo da expansão econômica de seu país no mercado global, cujas bases foram lançadas ainda em 1978, com o início da política chinesa de abertura comercial. Desde então os investimentos da China no Brasil já passaram de US$ 350 bilhões e seguem crescendo.
“A China hoje é o maior parceiro comercial do Brasil, com fluxo de comércio de US$ 62,5 bilhões em 2010”, recordou o embaixador. Ele lembrou que a instalação da Chery no território brasileiro comprova a tendência de alta das relações entre as duas nações. “O Brasil é um parceiro estratégico e queremos compartilhar nosso crescimento econômico com os amigos brasileiros”, enfatizou. A conferir.
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