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No momento em que 100% dos empresários do setor automotivo reclamam da falta de competitividade do Brasil, as declarações de Curi surpreenderam os jornalistas que questionaram o executivo sobre o tema, logo após uma apresentação organizada pela Câmara Brasil-China de Desenvolvimento Econômico em uma concessionária da Chery, em São Paulo, na manhã desta terça-feira, 21.
“Vamos comprar componentes dos principais fornecedores mundiais, como Bosch, Visteon, Delphi, Magneti Marelli e Johnson Controls. O preço aqui não é muito maior do que 10% em relação à China”, revelou Curi. “O custo de mão de obra também não é significativo, porque boa parte das linhas é robotizada. E o preço de um trabalhador na China já subiu muito nos últimos anos”, afirmou.
Segundo Curi, a decisão de instalar produção local no Brasil foi tomada há mais de quatro anos, porque é estratégica para a Chery. O executivo destacou o caráter multinacional da montadora, aqui dirigida por ele, “um brasileiro com sobrenome libanês”, o que comprovaria a ambição de entrar nos principais mercados do mundo. “Não se faz uma superpotência (a China) de portas fechadas. E não se faz uma montadora global sem estar no Brasil, o quarto ou quinto maior mercado de veículos do mundo”, avalia.
Globalização rápida, importação demorada
Curi lembrou que a Chery já é uma empresa globalizada, com exportações para mais de 80 países de carros que carregam engenharia e componentes de fornecedores globais: “Os desenhos são dos estúdios italianos Bertone e Pininfarina. Por dentro as peças são de fornecedores que atuam no mundo todo. Com isso, apesar do estigma da falta de qualidade dos produtos chineses, não devemos nada para os concorrentes, mas oferecemos a vantagem do preço menor”, destacou.
Ele também ressaltou que os brasileiros já descobriram essa vantagem, a julgar pelo acelerado crescimento da marca. “As vendas estão muito acima das nossas melhores expectativas e já ganhamos 1% de participação no mercado nacional em apenas um ano.” Da projeção inicial de vender no Brasil 15 mil unidades este ano, Curi informou que a Chery já elevou este número para 36 mil (140% a mais).
Mas o executivo ressalvou que o desempenho ainda depende das liberações das licenças de importação, que passaram a ser exigidas desde maio: “Estão parados já há 30 dias no Decex 20 pedidos nossos que representam cerca de 5 mil carros. Se demorar mais um mês poderemos ter falta de produtos.”
Produtos
No portfólio de produtos, o pequeno QQ, o modelo mais barato vendido no País atualmente, apesar de todas as críticas da imprensa, já é responsável por 50% dos negócios nos concessionários da Chery. “É um carro urbano e seu desempenho foi avaliado de maneira equivocada na estrada”, defendeu Curi.
Segundo ele, os carros da marca vendidos aqui não têm pedidos especiais de modificações feitos aos sistemistas – como acontece com os modelos da também chinesa JAC, o que chega a encarecer os preços de exportação (FOB) para o Brasil em até 13%, segundo revelou o importador Sérgio Habib. “Não pedimos modificações e os fornecedores são globais, por isso os componentes devem ter a mesma qualidade, é como o McDonalds, igual em todo lugar”, insistiu Curi.
O presidente da Chery confirmou que os estudos feitos no Brasil são para fabricar em Jacareí, a partir do fim de 2013, os modelos compactos S18 (hatch) e A13 (hatch e sedã). Ambos chegarão primeiro importados, já equipados com motores flex. Os primeiros S18 devem desembarcar em agosto próximo.
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