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Chevrolet Flexpedition visita portos de Paraty e Angra (RJ)

30/05/2008 - 16:47 - Redação / Foto de Pedro Danthas
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Para conter o contrabando e o desvio de metais preciosos, a coroa portuguesa estabelece no início do século XVIII que todas as mercadorias, inclusive o ouro, deveriam passar obrigatoriamente pelo Porto de Parati (RJ) para serem exportadas. Mas, aí, com a cobiça dos exploradores da época, criaram uma rota alternativa pelo porto de Angra dos Reis para, assim, fugir dos impostos cobrados pela Coroa Portuguesa.

Esses dois portos históricos, localizados na Baía da Ilha Grande, no Estado do Rio de Janeiro, foram visitados pela Chevrolet Flexpedition Portos Abertos, na última quarta-feira (28/05/2008). Nos dois locais, os jornalistas expedicionários puderam constatar que pouca coisa mudou, 200 anos depois da abertura oficial dos portos pelo rei D. João VI.

Paraty é famosa por suas belezas naturais, por seu patrimônio histórico e pela cultura da região que atrai nos dias de hoje, milhares de turistas brasileiros e estrangeiros, que movimentam a economia dessa cidade de aproximadamente 33 mil habitantes..

Mas, houve época em que a importância desse lugar se dava quase que exclusivamente, pelo seu porto; ou cais, ou trapiche, pois, esse porto rudimentar não chegou a ter uma estrutura desenvolvida até hoje. Aliás, ele não consta da lista dos principais portos brasileiros, da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).

Ele continua, ainda hoje, como apenas um ancoradouro de barcos de pesca, transporte de banana, cana para produção de pinga e cachaça – famosas na região – e traineiras e escunas turísticas.

A diferença entre a falta de emprego e oportunidades dos dias de hoje e da Paraty de anos atrás, segundo explica Gastão de Jesus (77anos), mais conhecido como Manoel Crispim, é que antes os barcos eram movidos a remo e hoje a motor.

“Na década de 30 a gente demorava um dia para vir remando da região onde nasci, chamada de Laranjeira, até o porto de Paraty, porque não tinha estrada. O comércio era pequeno, os barcos vinham buscar banana, mandioca e pinga. Hoje, a gente briga para transportar algum turista pelas praias e ilhas da região. Estou aposentado, tenho até filho advogado mas, nunca fui à escola e mal sei ler e assinar meu nome. Mesmo assim, preciso trabalhar com o barco para sobreviver. Só que hoje, tem mais barcos que turistas para transportar”, disse.

Além de muitas pousadas e barqueiros, Paraty tem muitos pescadores, como Benedito Virgílio de Barros, o Cantareli, que nas horas vagas se auto-intitula “cirandeiro”, ou cantador de músicas estilo ciranda. Seu peixe preferido? Baiacu Bandeira, porque é chique.

Como nem sempre existe trabalho para os barqueiros, Benedito José de Souza que só atende pelo apelido de Dendê. Com 68 anos de idade, ele vive de pequenos trabalhos, como tomar conta dos quadros pintados por um artista local na praça da igreja matriz, ou intermediar passageiros para os grandes barcos. Ele nasceu na Ponta da Cajaíba e demorava mais de quatro horas remando até chegar a Paraty, quando era jovem. O progresso, segundo ele, trouxe a estrada e os turistas, mas afugentou a pesca.

Desvio de ouro levou à construção de Angra

O Porto de Angra dos Reis foi inaugurado como porto organizado em 1932, para evitar a evasão de impostos de outros portos da região.

No período aurífero brasileiro, alguns afirmam que se o ouro oficial vindo de Minas Gerais passava por Paraty, o contrabandeado era escoado por Mambucaba, distrito de Angra dos Reis que obteve grande desenvolvimento urbano nessa época. Outros afirmam, porém, que a construção do “Caminho Novo”, estrada que fazia a ligação por terra do interior de São Paulo e Minas Gerais ao Rio de Janeiro, via essa que possuía ligação direta com Angra dos Reis e as cidades de Lídice e Rio Claro, impulsionou o desenvolvimento e enriquecimento da região.

Segundo o gerente do Porto de Angra dos Reis, Francisco José de Almeida Silva, esse escoadouro de produtos siderúrgicos, tubulações de ferro, bobinas de aço e futuramente trigo, cevada e malte, desembaraça mensalmente entre 30 e 40 mil toneladas de carga. Mas, já tem capacidade para 100 mil toneladas. O gargalo, segundo ele, são as estradas e as condições de tráfego dentro da pequena cidade, que já recebe de 150 a 200 caminhões por dia.

“Isso nos impede, por exemplo, de atender embarque de minério de ferro, que demanda grande equipamentos, ferrovia e circulação de enormes carretas que transtornariam a vida da cidade”, disse.

Mesmo assim, Almeida Silva informa que o porto é essencial para a cidade de aproximadamente 140 mil habitantes, pois emprega de 700 a 750 famílias diretamente e representa 30% da arrecadação do município. Além disso, afirma que o porto é pequeno mas eficiente e já tem projeto para aumentar o calado para 10 metros de profundidade e já está negociando com a iniciativa privada para investimento na construção de um terceiro berço para atracação de navios para atender a bacia petrolífera de Santos.

A caravana da Chevrolet Flexpedition Portos Abertos

A caravana Chevrolet Flexpedition Portos Abertos é formada pelos veículos Chevrolet S10 Turbo Diesel 2.8, Astra Hatch, Vectra Elite, Vectra GT, Meriva Easytronic e Tracker. A primeira etapa da expedição, iniciada nesta segunda-feira (26) pela visita ao Porto de Santos, terminará no próximo dia 30/05/2008, no Porto do Rio de Janeiro. Participam desta primeira etapa o coordenador e chefe da expedição, Luiz Cezar Fanfa, Pedro Luiz Dias, diretor de Comunicação Social da GM do Brasil, Fabiano Mazzeo, assessor de imprensa da GM e os jornalistas expedicionários Anderlin Valério Junior, de Curitiba/PR; Antônio Carlos da Silva, da TV Bandeirantes, de Curitiba/PR; Claiton Mendes Ramos, da revista Logística para o Brasil, de Uberlandia/MG; Eduardo Alberto Chau Ribeiro, da revista Transporte Moderno, de São Paulo/SP; Fábio de Oliv eira Penteado, da revista Tecnologística, de São Paulo/SP; Fernando Siqueira, do Jornal Tribuna do Norte, de Natal/RN; Victor Aguiar Pinto, do Diário do Pará, Belém/PA; Pedro Danthas, fotógrafo da expedição; e Nereu Leme, redator da expedição.

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