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De alma nova
Na parte mecânica a principal mudança da série K foi o motor maior. Dos 1157 cm³ da série 1200 subiu para 1293 cm³. Para conseguir esse aumento, o diâmetro e o curso dos pistões foram alterados: dos antigos 59 x 79 mm para 64 x 80 mm, melhorando o funcionamento do motor em baixos e médios giros. O propulsor posicionado a 55 graus em relação ao chão parece estar “deitado”, mas contribui para a centralização das massas e reduzir o centro de gravidade, tornando a série K ainda melhor em curvas, ao menos na teoria.
Mais alterações como o sistema ESA de regulagem eletrônica da suspensão por meio de um botão no punho esquerdo – em sua segunda versão – e melhoras no sistema de escape contribuíram para aumentar a potência e o torque do novo motor tetracilíndrico da marca bávara. A “sopa de letras” da BMW continua com o ASP (controle de tração) e o TPC, um sistema que monitora a pressão dos pneus da motocicleta, ambos opcionais no exterior. Um dos cartões de visita da BMW – o sistema Duolever, que evita o “mergulho” da dianteira em frenagens – continua presente nas três novidades, assim como a tradicional transmissão por eixo-cardã, reduzindo a manutenção.
K 1300 S
A sport touring alemã está ainda mais potente. Com 175 cv aos mesmos 9.250 rpm da versão R, a K 1300 S só fica atrás da nova superbike S 1000 RR quando se trata da BMW mais potente já fabricada.
Visualmente, a esportiva teve mudanças sutis na lateral da carenagem. Novas cores, grafismos, escape redesenhado com catalisador de três vias para atender às normas européias de emissão de poluentes. O destaque fica para o câmbio eletroassistido, permitindo a troca de marchas sem “fechar” o acelerador ou acionar a embreagem. O item é opcional para as versões S e R.
K 1300 R
A motocicleta naked mais potente já construída pela BMW está ainda melhor que a antecessora de 1200 cm³. Na estética, mudanças nas aletas do tanque de combustível, o escapamento está menor – com os mesmos três catalisadores da “irmã” S – e o desenho das rodas também foi alterado. Mas se olharmos rapidamente as mudanças são quase imperceptíveis e continua sendo a bela e exclusiva naked alemã.
O aumento de potência foi de 10 cv (agora são 173 cv a 9.250 rpm), o torque também subiu: 103 lb-ft a 8.250 rpm (14,2 kgf.m). O incremento de cerca de 1,0 kgf.m no torque desde os 2.000 até os 8.000 giros tornam a pilotagem da naked BMW ainda mais prazerosa.
K 1300 GT
Seguindo os passos das “irmãs”, a representante touring da série K também recebeu alterações. As suspensões são originárias da esportiva S, recalibradas para a proposta da “turística” da motocicleta. O propulsor tetracilíndrico de 1293 cm³ da GT não tem tanta potência como nas outras versões, porém foi retrabalhado para oferecer mais de oitenta por cento do torque máximo a partir dos 3.500 giros, o que condiz com a proposta touring dessa alemã. A cifra de potência cresceu 8 cavalos, chegando aos 160 cv a 9.000 rpm. O torque foi de 13,2 para 13,7 kgf.m a 8.000 rpm.
Como em uma touring, a palavra de ordem é conforto a K 1300 GT oferece opcionalmente piloto automático, guidão regulável em altura, ajuste elétrico do pára-brisa e aquecedor de manoplas e banco, este último com comando individual para o banco do piloto e garupa.
No Brasil
Como é costume da marca, as novidades européias desembarcam no Brasil após um curto período de tempo após seu lançamento mundial. A previsão é de que até o final de março, início de abril, as motocicletas estejam à venda nas concessionárias da BMW. Até o fechamento da reportagem não foram informados os preços dos três modelos e nem quais versões com opcionais serão oferecidos.
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