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Com o novo regime, JAC confirma fábrica

04/10/2012 - 10:12 - Automotive Business
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O presidente da JAC Motors, Sérgio Habib, confirmou na quarta-feira, 3, a construção da fábrica em Camaçari, na Bahia, prevista para entrar em operação no segundo semestre de 2014, que havia sido suspendida provisoriamente por causa da alta do IPI para importados. Durante painel do Congresso SAE 2012, em São Paulo, o executivo disse que a presidente Dilma Rousseff assinou o decreto do novo regime automotivo na própria quarta-feira e que o documento será publicado pelo Diário Oficial da União na quinta-feira, 4. “Já tive acesso ao novo regime e por ele conceder os benefícios esperados para uma fábrica de conteúdo local nova, como um índice inicial menor de nacionalização e um volume de importação por dois anos com isenção de IPI, é que teremos a fábrica da JAC no Brasil.”

Segundo o executivo, o novo regime, que pretende estimular a produção nacional e o investimento em pesquisa e desenvolvimento, foi bem elaborado, contudo é difícil de ser compreendido. “É bastante complexo e contém 36 artigos. As pessoas vão demorar para entender tudo o que está sendo exigido. E espero ao menos que ele não mude nos próximos cinco anos de vigência, deixando um tempo para que surjam resultados. Afinal, não dá para exigir do Brasil o que a Europa levou quatro anos para fazer.”

A fábrica e modelos

Habib também disse durante o congresso que está mantido o investimento de R$ 900 milhões na fábrica nordestina, sendo que 80% deste capital será bancado por sua empresa, importadora oficial dos veículos JAC no Brasil. A previsão é de que a unidade gere 3,5 mil empregos diretos, 10 mil indiretos e tenha capacidade produtiva de 100 mil veículos por ano, em área construída de 75 mil metros quadrados.

Quatro modelo estão programados pera Camaçari: um hatchback, que dará origem a uma versão cross, depois um sedã e um SUV pequeno, nesta ordem, segundo disse pela manhã da quarta, em outro painel do Congresso, Marcelo Sorato, diretor de manufatura da JAC Motors Brasil. Embora sejam projetados sobre a mesma plataforma do J3, serão carros desenvolvidos especificamente para o mercado brasileiro. O próprio Habib acompanha de perto o desenvolvimento, com viagens constantes para aprovar design e equipamentos.

Segundo Sorato, os contratos com fornecedores devem ser firmados durante o primeiro semestre de 2013. O design definitivo das peças do novo veículo fica pronto em março do ano que vem e o começo da produção na fábrica está marcado para 1° de outubro de 2014.

O executivo falou das vantagens de se ter uma fábrica de origem chinesa no Brasil: “As fabricantes chinesas, por serem novas, não são burocráticas, mas sim flexíveis e com uma tremenda capacidade competitiva. A JAC, por sua vez, ganha em tempo por não ser burocrática. Somos em apenas 20 engenheiros trabalhando em parceria com chineses, coreanos, que fazem cálculos numéricos dos carros, e designers italianos. E não temos nenhum comitê para aprovar nossos veículos. Levaremos no máximo dois anos para construir a fábrica e começarmos do zero as nossas operações. Agora veja a Ford, nossa concorrente em Camaçari, por exemplo. Demorou 25 meses do começo de sua obra à produção do EcoSport. Ela teve a vantagem em relação à experiência com fornecedores e operários no Brasil. Levou, inclusive, profissionais de São Bernardo do Campo para implementar um carro que já existia em uma unidade totalmente nova.”

Para agilizar sua produção, a JAC terá sistemistas alocados próximos à unidade fabril, que já foram anteriormente atraídos pela Ford. O presidente não revela com quais fornecedores já foram fechados contratos, mas citou que na China a JAC é parceira da Delphi para injeção eletrônica, da Bosch para freios ABS, da Continental para fornecimento de borrachas e da Visteon para painéis.

Habib conclui sobre como deve ser vista pelos concorrentes a vinda das chinesas ao Brasil: “Com a chegada da JAC e da Chery, com capacidade produtiva de 100 e 70 mil unidades por ano, as outras montadoras não serão afetadas. Tem mercado para todo mundo.”

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