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Com o novo pneu Power Pure, a Michelin quer ampliar sua participação no segmento Premium, ou seja, de pneus radiais para motos de alto desempenho. Atualmente, a Michelin tem apenas 5% do market share nacional no mercado de reposição e 35% no segmento Premium – ficando atrás da Pirelli neste nicho.
Mais leve
O principal apelo do novo pneu Michelin Power Pure é ser um 1 kg mais leve que os equipamentos equivalentes da concorrência – leia-se os Bridgestone BT-016, Dunlop Qualifier 2, Metzeler Sportec M3 e Pirelli Diablo Rosso. Em comum, são todos pneus radiais para motos naked e esportivas com características e tecnologia suficiente para pilotos que aceleram também em uma pista.
Segundo a Michelin, a principal responsável por esse “regime” no novo Power Pure é a construção de sua carcaça em fibras de aramida, material mais leve que os tradicionais. Vale ressaltar que o slogan se refere à economia de peso do conjunto – pneu dianteiro 120/70 ZR 17 e traseiro 190/50 ZR17.
O Power Pure também traz a última geração da tecnologia 2CT, que usa dois diferentes compostos na banda de rodagem: um mais rígido no centro e outra borracha mais macia nas extremidades. Na prática, isso significa mais aderência e segurança em curvas, quando a área de contato do pneu com o solo é menor. No novo modelo de pneu 80% da banda de rodagem – 40% em cada ombro – é feito em composto mais macio e aderente. Ainda segundo a Michelin, a borracha mais rígida no centro da banda de rodagem garantiria maior vida útil do componente.
Na pista
Fiquei com a mesma dúvida que você: que diferença faz um quilo (1 kg) a menos em uma moto de quase 200 quilos? A Michelin tratou de mostrar na prática a influência dessa massa no equilíbrio e dirigibilidade da motocicleta.
O teste com o Michelin Power Pure foi dividido em duas partes: primeiro rodamos na pista uma Yamaha FZ6S equipada com o novo pneu; depois a Michelin simulou a massa extra de 1 quilo na mesma motocicleta com pesos presos às rodas.
Era bastante perceptível a diferença que a massa de 1 quilo faz na agilidade da moto. Sem os pesos extras a moto ficava muito mais ágil nas entradas de curvas e mudanças de direção, e também muito mais fácil de ser pilotada.
Flávio Santana, gerente de marketing de produto da Michelin no Brasil, explica que esse peso extra muda tanto a dirigibilidade da moto, porque é uma massa não suspensa, ou seja, não fica acima das suspensões da moto. “Além disso, por causa do efeito giroscópico das rodas, 1 quilo a menos nos pneus significa cerca de 3 quilos a menos nas rodas, ou 4 quilos a menos nos discos de freio. E para diminuir a massa nesses componentes é muito mais caro. Por exemplo, rodas em liga leve de alumínio podem custar até R$ 8.000”, explica Santana.
No caso do Michelin Power Pure, o investimento é menor. O preço do jogo de pneus – dianteiro e traseiro – é de cerca de R$ 1.500. Disponível em uma medida dianteira (120/70 ZR 17) e quatro medidas traseiras (de 180;50 ZR 17 a 190/55 ZR 17), o Michelin Power Pure pode equipar grande parte das motos nakeds e superesportivas à venda no mercado nacional. Outro argumento de vendas do novo pneu é que ele passa a ser o equipamento original de fábrica da nova Yamaha YZF R1.
Juntamente com o apelo do novo Power Pure, a Michelin está também reposicionando o preço de seus outros pneus no mercado. “A Michelin é uma marca Premium e, em geral, nossos pneus custam entre 105 e 115% do valor dos concorrentes, porém oferecem maior durabilidade”, de acordo com o diretor de marketing e vendas, Marco Moretta. Com o reposicionamento de preços, o Power Pure vai chegar ao mercado custando o mesmo que o Pilot Power 2CT, que terá seu preço reduzido, declara Moretta.
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