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Combat Fighter, uma moto de meio milhão de reais

12/09/2015 - 11:25 - Aldo Tizzani / Agência INFOMOTO - FOTOS: Divulgação
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Papel. Lápis. Três riscos. Três ângulos diferentes. Junte-se a esse triângulo escaleno uma ideia mirabolante, duas rodas, materiais nobres e um motor de dois cilindros em “V” de mais de 200 cavalos de potência. Foi desta forma bastante simplista, mas revolucionária, que nasceu a G2 P51 Combat Fighter da Confederate. A marca norte-americana é conhecida por construir motos exóticas, únicas e que custam mais de US$ 100 mil. Em função de sua exclusividade, na lista de ilustres clientes da marca estão atores hollywoodianos como Brad Pitt e Tom Cruise, motociclistas de longa data.

O radicalismo estético praticamente se funde com uma engenharia criativa na elaboração de praticamente todas as peças desta motocicleta, cujo nome nos remete aos aviões de guerra. E isso não é por acaso. A moto adotou um V2 de 132 polegadas cúbicas, ou 2.163 cm³ de capacidade, fabricado em alumínio aeronáutico, que produz pouco mais de 200 cavalos de potência máxima e 23,5 kgf.m de torque.

Só para comparar, a Triumph Rocket III Roadster conta com motor de três cilindros em linha, de 2.294 cc, que gera 148 cv de potência e impressionantes 22,55 kgf.m. É considerado o maior em capacidade cúbica a equipar uma moto de série. Enfim, o propulsor da Combat Fighter oferece mais cavalaria, mais torque e mais capacidade cúbica por cilindro que o modelo inglês.

De quebra, o conjunto norte-americano usa refrigeração mista ar/óleo, câmbio de cinco velocidades e transmissão via corrente. Só para completar, o tanque de combustível, de forma cilíndrica, tem capacidade para 14,2 litros de gasolina.

Desing radical

Inspirada nos aviões de guerra da década de 1960, a Combat Fighter está mais leve e mais resistente se comparada à sua antecessora. Musculosa, intimidadora, minimalista, esta Confederate usa alumínio aeroespacial, placas usinadas inspiradas na fuselagem dos aviões e um chassi bastante rígido e resistente para receber um big-twin, que tem a força comparável a de um caminhão. 

Nesta busca por uma revolução traduzida em moto, a Confederate Combat Fighter também abusa de peças fabricadas em fibra de carbono: paralamas; protetores do escape, de motor e também dos cabeçotes. Além de toda a estrutura do assento e a capa da corrente. Também confeccionadas em liga-leve, as rodas – de cinco raios na dianteira e totalmente fechada na traseira – formam outra obra-de-arte da engenharia mecânica. 

Ciclística diferenciada

Tudo nesta moto foge do padrão, do lugar comum. Por exemplo: o trem dianteiro conta com arquitetura única, com uma grande mola entre os garfos, chamados de Double Wishbone. Totalmente ajustável, pode ser considerada uma versão futurista da suspensão Springer usada nas Harleys mais antigas. O sistema de freio é fabricado pela própria Confederate. Conta com pinças de fixação radial, porém com disco duplo (e sólido).

Na parte traseira, monoamortecedor instalado de forma diagonal, fixado no subquadro e também na balança, com múltiplos ajustes (sistema multi-link) na compressão e retorno da mola. Para completar, freio de disco simples, ventilado, também mordido por pinça de fixação radial, cuja peça também se prolonga até formar o suporte de placa. O modelo está calçado com pneus Pirelli 120/70 ZR19 (D) e 240/45 ZR17 (T).

Com um visual arrebatador e diferente de tudo que você já viu, essa Confederate custa a partir de US$ 113.900, com corpo em aço escovado, e US$119.500, na versão Black. Ou seja, próximo de R$ 500.000.

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