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Caçando Vazamentos
O ideal é começar a checagem por baixo, procurando manchas de fluido (geralmente avermelhado) na região da transmissão. Se encontrar, é melhor desistir da compra. Vazamentos são altamente prejudiciais ao sistema e nunca é possível saber quantos quilômetros o veículo rodou com o problema e quais danos foram causados ao câmbio.
Antes de Sair
Outro grande sinal de problema no câmbio automático é a demora nas trocas de marchas. Uma forma prática de testá-lo é colocar a alavanca em "P" (Park), ligar o veículo, esperar a motor se estabilizar, pisar no freio e engatar a posição "D" (Drive). No máximo em dois segundos, a transmissão deverá engatar e dar a sensação de que o carro quer sair. O processo deve acontecer de forma suave, sem trancos ou ruídos.
A seguir, é preciso mudar de "D" para "N" (Neutro) para checar se o sistema desengata com rapidez e suavidade. Finalizando, sair de "N" e engatar "R", para conferir se que não existem problemas com a ré. Se houver demora no engate das marchas, trancos ou ruídos, é sinal de que existem desgastes excessivos nas partes internas do câmbio, problemas hidráulicos ou eletrônicos. É melhor procurar outro veículo.
Dirigindo o Automático
Na hora de sair, o melhor é conduzir suavemente, com uma aceleração progressiva. Até uma velocidade ao redor de 60 km/h, devem ocorrer duas (ou mais) trocas de marcha. O ideal é que o processo aconteça de forma suave, rápida, sem vibrações ou "patinação", ou seja, quando a rotação do motor sobe sem um aumento significativo da velocidade.
Também é preciso verificar o sistema de redução. Com a alavanca em "D" e dirigindo a uma velocidade por volta de 50 km/h, basta pressionar o acelerador ao fundo que a transmissão deverá reduzir imediatamente.
Testando as Teclas
Alguns câmbios automáticos possuem uma série de teclas que precisam ser checadas antes da compra do veículo. O ideal é sempre se informar (até no próprio manual do carro) sobre o que cada sistema oferece.
A tecla mais comum é a Overdrive, que engata a última marcha da transmissão (geralmente a quarta ou quinta). Para avaliá-la, o melhor é estar numa estrada plana, a cerca de 70 km/h e sem acelerar. Ao apertar o botão, a troca deve ser feita suavemente e sem "patinação". Quando desligar, o sistema deve reduzir em seguida.
Outras teclas que podem existir e devem ser testadas são aquelas para pisos escorregadios (Winter ou Snow) ou condução esportiva (Sport). Todas precisam estar funcionando e sempre de forma suave.
Advertência no Painel
Se na avaliação uma luz de advertência acender no painel (geralmente com o desenho de uma engrenagem ou alavanca de mudanças) ou, pior, se o câmbio mudar de comportamento toda vez que a luz acende, o sistema tem alguma falha séria, provavelmente no módulo eletrônico. É preferível procurar outro veículo para a compra.
Dirija Bastante
Para se avaliar corretamente um veículo automático usado, é sempre importante dirigir muito. Na maioria das vezes, os defeitos aparecem quando o câmbio está quente, depois de 20 a 30 km percorridos.
Também é importante não levar em consideração aquelas conversas de que "esse barulho é normal", "todos os modelos desse ano fazem isso", "é porque o carro está frio" ou desculpas parecidas. Outros vendedores costumam alegar que "é um conserto simples" ou mesmo que podem arrumar. É melhor não confiar. Quase sempre, é possível fazer reparos baratos e de baixa qualidade no câmbio, que quebrarão pouco depois.
Cuidados Preventivos
Depois de fechar o negócio e levar o automático para casa, o ideal é sempre dirigir com suavidade e realizar a manutenção preventiva, como atentar ao aparecimento de pingos avermelhados no piso da garagem, verificar periodicamente o fluido e consultar uma oficina especializada ao aparecimento do primeiro problema, por menor que possa parecer.
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