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Dafra e MV Agusta juntas no Brasil

23/06/2011 - 11:15 - Aldo Tizzani / Agência INFOMOTO
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Em pouco tempo de atuação no mercado de duas rodas – o início da operação aconteceu em 2008 –, a Dafra Motos impôs um estilo arrojado de gerir seu negócio, pensando em produtos globais. Fez parcerias estratégicas com a chinesa Haojue, a indiana TVS e a taiuanesa SYM. Além disso, monta em Manaus (AM) dois modelos BMW (G 650 GS e F 800 R). Agora a marca de capital 100% nacional dá mais um passo importante visando o mercado de motocicletas de alta cilindrada e maior valor agregado. Na noite de 21 de junho, a Dafra anunciou a parceria com a italiana MV Agusta, considerada a mais exclusiva marca de motocicletas premium do mundo.

Por meio do acordo, a empresa brasileira montará no Pólo Industrial de Manaus, por meio do sistema CKD, os modelos Brutale 990 e 1090 (naked) e a F4 1000 (superesportiva) da marca italiana. O lançamento oficial acontecerá na 11ª edição do Salão Duas Rodas, programado para 4 a 9 de outubro, no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo (SP). A Dafra também será a representante da marca e nomeará os concessionários para o mercado interno.

De acordo com Creso Franco, presidente da Dafra, a parceria com a MV Agusta tem como objetivo oferecer motocicletas que agregam luxo e sofisticação ao motociclista brasileiro. “A Dafra veio ao segmento de duas rodas para inová-lo nos mais diferentes sentidos, inclusive no de alta cilindrada”, afirma.

Já Massimo Bordi, diretor de produção e desenvolvimento da MV Agusta, diz que além da Brutale e da F4, há um projeto de médio prazo para a comercialização de outros modelos no Brasil. “Sejam eles de quatro ou três cilindros em linha como a F3, com motor de 675 cc, que começa a ser produzida no final do ano. Mas sempre unindo design, tecnologia e estilo, marcas registradas de MV Agusta”, explica o diretor da MV.

Segundo Umberto Uccelli, diretor de vendas e marketing da marca italiana, a previsão é que as vendas de modelos MV Agusta no Brasil tenham um crescimento gradativo e sustentável. “Nossas expectativas são as melhores possíveis. Mas é muito cedo para fazer projeções. No futuro, o número de motos vendidas no País representará 20% do total de nossas vendas globais e colocará o Brasil como segundo mercado mais importante para a MV Agusta”.

Uccelli acredita que esta operação com a Dafra no Brasil poderá abrir as portas para outros países do Mercosul. “Mas temos que dar um passo de cada vez. O primeiro foi dado hoje. Agora temos que focar nossos esforços na linha de montagem, em equipamentos, recursos humanos e na nomeação de concessionários”, afirma o italiano da MV.

Segundo previsões de Francisco Vicente Stefanelli, vice-presidente da Dafra, a marca italiana deverá ter 15 concessionárias no Brasil. “O foco serão as principais capitais e as grandes cidades. Só para comparar, a marca tem 500 revendas em todo mundo, com a grande maioria instalada na Europa”, explica Stefanelli, dizendo que o mercado italiano consome 25% das 4 mil motos produzidas por ano pela MV Agusta na fábrica de Varese (ITA). Na sequência do ranking de vendas estão: França, Alemanha, Austrália e Japão. Mas a ideia do fabricante é ampliar sua participação em todo o mundo. E o Brasil é fundamental para este crescimento.

Na Europa, as motos MV Agusta – marca que detém 75 títulos mundiais (37 de fabricantes e 38 de pilotos) – custam entre 7.000 Euros e 21.000 Euros. No Brasil, os preços da Brutale e da F4 serão divulgados apenas no Salão Duas Rodas. Existe a possibilidade ainda da Dafra/MV Agusta importar outros modelos, como a F4 RR Corsacorta.

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