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Dafra Horizon é opção entre as custom de entrada

09/01/2014 - 10:16 - Roberto Brandão Filho / Agência INFOMOTO - FOTOS: Doni Castilho / Agência INFOMOTO
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A Dafra Horizon 250 traz muitas peças cromadas e formas arredondadas para agradar o público fã do estilo custom. O modelo, apresentado em junho de 2013, está disponível nas cores preta e preta/pérola por um preço sugerido de R$ 14.690. Sua principal concorrente é a Kasinski Mirage 250 (cotada a R$ 13.990). Com uma proposta para atrair pilotos iniciantes ou aqueles que querem voltar ao mundo das duas rodas, a nova Dafra resgata uma tradição comum, na qual grandes marcas japonesas já passaram, mas aposentaram seus modelos no mercado nacional. Fizeram sucesso por aqui a Yamaha Virago 250 e a Suzuki Intruder 250. Infelizmente, hoje, motos custom com essa capacidade cúbica tornaram-se raridade no Brasil. A única nipônica que ainda mantém uma custom de baixa cilindrada em seu line-up é a Suzuki, com a Intruder 125. 

Design e acabamento

Inspirada nas motocicletas custom de maior capacidade, a Horizon traz a assinatura da coreana Daelim e chama a atenção pelo visual, exatamente o que os amantes dessa categoria mais valorizam – o estilo. O painel de instrumentos segue a linha clássica das motocicletas custom, com mostrador cromado único no estilo “caneco”, posicionado à frente do guidão, contendo velocímetro e hodômetro total e parcial. Sobre o tanque, outro painel. Este com marcador de combustível analógico e luzes de advertência como “neutro” e “reserva”, entre outros.

O farol baixo oferece faixo curto, enquanto o alto amplia bem o campo de visão do motociclista na pilotagem noturna. A lanterna traseira apresenta maior segurança ao condutor, pois a luz é bastante intensa em função da adoção do LED. 

Por ser uma motocicleta monocilíndrica, tecnicamente falando, ela não precisaria de uma dupla ponteira de “escape”. Porém, para deixá-la mais atrativa para os amantes de motos custom, a Dafra optou por esta configuração, com materiais cromados. Esse detalhe a deixa mais robusta, imponente e com “cara” de moto maior. 

As motos da Dafra estão evoluindo com o tempo, porém o acabamento da Horizon precisaria de uma maior atenção. Os comandos de punho são antiquados. Além disso, sentimos falta do lampejador de farol alto. Por outro lado, a fabricante instalou o pisca-alerta, equipamento pouco comum em motocicletas de baixa capacidade cúbica. Os largos espelhos retrovisores oferecem boa visão, porém vibram bastante acima dos 100 km/h, o que prejudica o piloto. 

A motocicleta disponibilizada pela Dafra estava completamente equipada com os acessórios originais da marca: parabrisa maior (R$ 349); Sissy Bar, nome em inglês para o apoio da garupa (R$ 299); pedaleira avançada (R$ 379); e bagageiro para instalar baú (R$ 149,00). Todos eles ajudam, e muito, o condutor quando ele está nas estradas e rodovias, e até no seu dia a dia. A pedaleira avançada foi útil para apoiar os pés principalmente para dar aquela “esticadinha” nas pernas em viagens.

Ergonomia e ciclística

Ao montar na Dafra Horizon 250, a primeira coisa que se nota é que em sua construção, os engenheiros privilegiaram a ergonomia. Seu chassi é do tipo berço duplo e a posição de pilotagem é natural e confortável. As pedaleiras, no estilo semi-plataforma, acomodam bem os pés e, por serem emborrachadas, amenizam a vibração causada pelo motor monocilíndrico. As pernas “abraçam” o tanque de combustível de 17,5 litros de capacidade de forma natural. 

Por conta do assento baixo (725 mm), o piloto consegue colocar os pés no chão com extrema facilidade. Esse fator, somado ao alto grau de esterço, auxilia nas manobras entre o trânsito parado das grandes cidades. A mudança de direção em baixa velocidade é feita com muita agilidade e de maneira estável. O assento conta com espuma larga e macia, permitindo viagens sem desconfortos. 

A distância livre do solo, de 145 mm, permite que o motociclista “deite” a Horizon nas curvas sem medo de raspar as pedaleiras. Apenas nas curvas mais fechadas é que o condutor poderá encontrar dificuldades. Ponto positivo, já que a maioria das motos da categoria custom sofre nas curvas, pois raspam as pedaleiras constantemente no asfalto. 

O sistema de freios, apesar de parecerem superdimensionados para o tamanho da Horizon, é eficiente e funciona assim que exigido. Na dianteira, dois discos de 276 mm de diâmetro, mordidos por pinças de duplo pistão. Na traseira, há um disco de 225 mm. O trabalho de suspensão é feito por garfo telescópico dianteiro de 140 mm de curso e duplo amortecedor traseiro com 70 mm de curso. A traseira é bem firme, enquanto a dianteira mergulha bastante, principalmente em uma frenagem de emergência.

Para ajudar no amortecimento e dirigibilidade, a Horizon usa roda dianteira de 18 polegadas e há um ângulo de cáster mais aberto, que privilegia a estabilidade em retas. Na traseira, a roda é aro 15". Ambas são de liga-leve e calçadas por pneus Pirelli City Demon (sem câmara).

Motor e desempenho

A “mini-custom” da Dafra foi equipada com o mesmo propulsor da “mini-esportiva” da marca, a Roadwin. Ou seja, um motor DOHC monocilíndrico de 250,2 cm³, com arrefecimento líquido, injeção eletrônica e câmbio de cinco marchas. Segundo os números apresentados pela fabricante, a Horizon consegue produzir 23,1 cavalos de potência a 8.000 rpm e 2,21 kgf.m de torque a 7.000 giros. Observando os números, podemos perceber que esta moto gosta de trabalhar em altos giros.

Seu desempenho é satisfatório, apesar de não apresentar boas retomadas. Para acelerar de 100 a 120 km/h ela precisou de 12 segundos, o que exige atenção em determinas situações – principalmente ultrapassagens em pista simples. Por outro lado, a potência da motocicleta consegue levá-la aos 140 km/h sem maiores problemas. Porém, acima dos 110 km/h a vibração do motor de um cilindro é transmitida ao piloto e passa a incomodar. Para não ter esse problema, basta seguir viagem a 100 km/h curtindo a paisagem – que, aliás, é a proposta desse tipo de moto. 

Um ponto negativo é que o condutor só consegue dar a partida nessa motocicleta se ela estiver no “neutro”. Caso contrário, ela não irá ligar. É um dispositivo de segurança um tanto controverso, pois em algumas ocasiões pode ser perigoso. Se o piloto deixar a moto morrer em meio ao tráfego pesado, por exemplo, o motociclista terá que engatar o neutro e só depois ligar a moto, o que aumenta as chances de uma colisão traseira. A Dafra poderia ter utilizado a solução mais comum: poder dar a partida com marcha engatada, desde que se acione a embreagem. 

Durante nosso teste, a Horizon 250 mostrou que sabe economizar combustível. Em percursos urbanos e nas rodovias, a moto fez uma média de 31,05 km/l. Dessa forma, seu tanque de combustível com 17,5 litros de capacidade tem uma autonomia média de pouco mais de 500 km. Sua capacidade de permanecer sem abastecimento supera motocicletas de porte maior e que se julgam mais estradeiras que ela. 

Conclusão

Apesar de pontos negativos, a Dafra Horizon 250 atrai por sua beleza, conforto e economia de combustível. Seu motor não é dos mais fortes, nem dos mais potentes, mas consegue levar o condutor a qualquer lugar, com um bom nível de segurança. Seu principal público alvo são os motociclistas iniciantes e aqueles que já tiveram motos quando jovens e agora pretendem voltar ao mundo das duas rodas em busca de novos horizontes.

Concorrentes

Quem quer entrar no mundo das motos custom gastando pouco não encontra muitas opções. Confira os modelos disponíveis no Brasil:
Suzuki Intruder 125 - R$ 6.590 
Dafra Kansas 150 - R$ 5.990,00
Kasinski Mirage 150 - R$ 5.590,00
Kasisnki Mirage 250 - R$ 13.990

Consórcio Dafra

Para atrair mais consumidores, a Dafra oferece ainda planos de consórcio de 36, 50, 60 e 72 vezes, com parcelas a partir de R$ 261,97, no caso da Horizon 250. Segundo a marca, o "Consórcio Nacional Dafra" não tem juros, taxa de inscrição ou fundo de reserva. Os inscritos poderão ser contemplados com a moto através de sorteios, lance livre ou lance fixo. Todas as assembléias são transmitidas ao vivo pela internet.

Ficha técnica Dafra Horizon 250

Motor    Arrefecimento líquido, DOHC, monocilíndrico, quatro tempos.
Capacidade cúbica    250,2 cm³
Potência máxima (declarada)    23,1 cv a 8.000 rpm
Torque máximo (declarado)    2,21 kgf.m a 7.000 rpm
Câmbio    Cinco marchas
Transmissão final    corrente
Alimentação    Injeção eletrônica
Partida    Elétrica
Quadro    Berço duplo
Suspensão dianteira    Garfos telescópicos com 140 mm de curso
Suspensão traseira    Duplo amortecedor com 70 mm de curso
Freio dianteiro    Disco duplo de 276 mm de diâmetro
Freio traseiro    Disco simples de 225 mm de diâmetro
Pneus 18 M/C 47S (diant.) / 130/90-15 M/C 66S (tras.) - Pirelli City Demon (sem câmara).
Comprimento    2.245 mm
Largura    790 mm
Altura    1.140 mm
Distância entre-eixos    1.500 mm
Distância do solo    145 mm
Altura do assento    725 mm
Peso em ordem de marcha    178,6 kg
Peso a seco 163,4 kg
Tanque de combustível    17,5 litros
Cores    Preto, Preto e Pérola
Preço sugerido    R$ 14.690,00

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