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DEKRA testa segurança em veículos híbridos e elétricos

23/01/2013 - 10:10 - Redação
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As baterias de lítio foram colocadas à prova em testes extremos

Já há algum tempo, a DEKRA Automobil GmbH vem trabalhando com foco na segurança de veículos elétricos. “Confiar na segurança dos carros elétricos é fundamental para o aumento da sua popularidade. E essa questão passa por um importante item: a proteção contra incêndios", ressalta Andreas Richter, coordenador das atividades da companhia nesta área. “Os motoristas que conduzem esse tipo de veículo estão realmente em perigo? Os bombeiros são capacitados para apagar incêndio nesse tipo de carro?”, questiona.

Para responder estas perguntas, a DEKRA realizou testes com três marcas tradicionais de bateria disponíveis no mercado. Elas foram incendiadas e depois apagadas com diferentes métodos. “Nós queríamos saber como as baterias realmente reagem ao fogo e quanto tempo leva para o fogo ser apagado,” diz Markus Egelhaaf, do Centro de Pesquisa de Acidentes da DEKRA. 

Lítio X gasolina

No primeiro teste, as baterias foram incendiadas, e depois de alguns minutos expostas a chamas com temperaturas superiores a 800°C, elas voltaram a queimar devido às altas temperaturas. Neste segundo momento, a intensidade das chamas e fumaça foi muito menor do que aquela provocada pela gasolina.

O excesso de pressão gerado dentro das baterias, como resultado do incêndio, foi dissipado pelas válvulas de alívio de pressão, o que também ocasionou pequenos focos de chama. Mesmo assim, eles foram menos intensos do que os observados em incêndios por gasolina.

“O risco de o fogo se espalhar rapidamente é menor nos casos de incêndios causados por baterias de lítio, em comparação aos veículos que utilizam combustível convencional, como gasolina ou diesel. Isso porque o líquido das baterias não se espalha e não causa estragos nos objetos ao redor”, aponta Egelhaaf.

Água

Os especialistas testaram diversas maneiras de combater o fogo na bateria. No primeiro teste da série, eles utilizaram água. Apesar de ser eficiente, o tempo para extinguir o fogo foi longo. Por diversas vezes, a chama apagava e recomeçava. Isso demonstra que o veículo ou o compartimento da bateria precisa ter um sistema de refrigeração, mesmo após o fogo ter se extinguido. Além disso, o consumo de água foi muito maior do que o necessário para conter um incêndio em um veículo convencional.

Em outros dois testes, duas substâncias foram utilizadas para incrementar a capacidade da água de apagar o fogo e resfriar o ambiente. Um dos agentes utilizados, quando em contato com a água, cria uma espécie de gel que faz com que o fogo permaneça localizado apenas no objeto em chamas, sem se espalhar por outras peças.

A segunda substância faz com que a água evapore de maneira bem mais rápida, o que aumenta a capacidade e a velocidade de refrigeração do veículo em chamas. “Ambas as substâncias demonstraram ser altamente eficazes durante os nossos testes,” conclui o especialista da DEKRA. “Nos dois casos, o fogo foi contido mais rapidamente, com muito menos água”.

Por fim, a água que vazou do veículo durante o incêndio também passou por testes no laboratório de análise de produtos da DEKRA. O resultado demonstrou que seu nível de contaminação é bem semelhante ao da água que vazou dos veículos convencionais.

Com isso, os pesquisadores chegaram à conclusão de que, em caso de incêndio, veículos elétricos e híbridos equipados com bateria de lítio são, no mínimo, tão seguros quanto os veículos movidos a gasolina ou a diesel.

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