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Dicas contra roubo e furto de moto

17/10/2016 - 15:20 - Guilherme Silveira / Agência INFOMOTO - FOTOS: Agência INFOMOTO e Divulgação
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Ao comparar os dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, nota-se que o furto de veículos na Capital aumentou de 29.785 entre janeiro e agosto de 2015, para 30.738 no mesmo período deste ano. Roubos, por sua vez, passaram de 24.544 para 24.742, nos oito primeiros meses deste ano. 

Embora as estatísticas não mostrem um crescimento expressivo em relação ao ano passado, além de não distinguirem quais veículos furtados e/ou roubados são carros ou motos, o fato é que cada vez mais pessoas têm histórias tristes de algum conhecido, ou dele mesmo, que perdeu sua moto para ladrões especializados em duas rodas. E como já dizia o ditado, “cautela e canja de galinha não faz mal a ninguém”. Portanto, todo cuidado é pouco para que a sua companheira não seja furtada ou roubada.

Por isso, o ideal é mesmo contar com um seguro contra roubo e furto, que também cubra gastos com acidentes e terceiros. Porém nem todos podem se dar esse luxo, seja pelo alto valor do prêmio, ou pelo fato de que alguns tipos de motos, ou modelos mais antigos não são aceitos por boa parte das seguradoras.

Confira a seguir, algumas dicas e cuidados a serem tomados para evitar furtos e também roubos.

1 – Estacione com segurança: o ideal é nunca estacionar a moto na rua. Especialmente à noite e em locais desertos ou próximos de faculdades, por exemplo. Sempre prefira um estacionamento, mesmo que o preço seja o mesmo cobrado por um carro. Na cidade de São Paulo, há muitos bolsões de estacionamento para motos, principalmente em locais onde existe Zona Azul, onde a prefeitura cobra pelo estacionamento por um determinado período. Entretanto, há diversos relatos de motos furtadas nos bolsões.

2 – Use um dispositivo de segurança: Se não houver outro jeito e você tenha que estacionar nos bolsões ou na rua por pouco tempo, sempre trave o guidão da moto e use algum dispositivo antifurto. Correntes e cadeados comuns são facilmente burlados por ladrões especializados, enquanto travas para o disco de freio costumam valer a pena. Porém, há notícias de motos travadas que são levadas em caminhões baú ou caminhonetes.

3 – Quanto mais difícil melhor: Travas de disco devem ser de aço (inox ou carbono), pois a maioria dos modelos de alumínio é mais fácil de ser violada. Há inclusive travas de aço com alarme incorporado, que “toca” por meio de um sensor de movimento e acende LEDs. 
Segundo Marcelo Peixoto, mecânico da Motors Company “o ideal é travar a roda dianteira, pois em motos mais potentes, a trava no disco de trás pode arrebentar (junto com o disco de freio) com uma arrancada mais forte”. Para Peixoto, deve-se dificultar ao máximo a ação de ladrões: “entre uma moto travada e com dispositivo antifurto e outra ‘solta’, o ladrão com certeza vai escolher a mais fácil de levar”, explica.

4 – Alarmes: outra opção são os alarmes “presenciais” que cortam a corrente de ignição ou bomba de combustível. Especialmente quando a moto é roubada em movimento e se distancia do controle – o que a faz parar. Hoje estes sistemas estão bem desenvolvidos, podendo contar com sensores no cavalete e no assento; caso de scooters com banco basculante ou mesmo baús. 
Além disso, seus módulos estão cada vez menores, de maneira a ficarem bem escondidos. Outra vantagem é a sirene potente, que dispara ao movimentar a moto e chama atenção ao redor, causando também efeito psicológico nos “amigos do alheio”.

5 – Seguro com rastreador: Atualmente, existem sistemas de rastreamento em conjunto com seguro; apólices que cobrem apenas roubo ou furto, mas também oferecem assistência mecânica e guincho. Se ocorrer alguma das modalidades criminosas e a moto não for recuperada, recebe-se um valor entre 90 e 100% da tabela FIPE – variação que depende do perfil do condutor, da moto e do local onde reside. Em alguns casos, o valor de um seguro contra roubo e furto pode custar o mesmo do que um seguro convencional, que também cobre acidentes e terceiros. Porém, a vantagem é que os seguros com rastreadores aceitam diversos tipos de motos e de qualquer ano de fabricação – algumas seguradoras tradicionais costumam não fazer o seguro de motos pequenas ou superesportivas em função da alta sinistralidade. 
Em uma cotação feita com a Suhai Seguros, que oferece cobertura contra roubo e furto e instala um rastreador, o valor para segurar uma Honda XRE 300 ano/modelo 2013 sairia por R$ 183,00 ao mês (2.196 ao ano), incluindo serviços de guincho, borracheiro e táxi em caso de problema mecânico. Um seguro mais completo da Mapfre/Banco do Brasil para a mesma moto sairia R$ 1.882,42 - sob o mesmo perfil de homem com 37 anos, residente da Zona Sul, separado e com garagem residencial. 
No caso da naked Honda CB 650F, o valor do seguro atrelado ao rastreador seria de R$ 332,00 ao mês (R$ 3.994 ao ano). No seguro da Mapfre/Banco do Brasil o prêmio subiria para R$ 4.513,71, porém com seguro de danos materiais e corporais de até R$ 50.000,00 e assistência e viagem. Por isso, vale a pena pesquisar em diferentes seguradoras e tipos de seguro.

6 – As preferidas dos bandidos: Para Sérgio Barros, diretor de produto da Mapfre/Banco do Brasil Seguros, é possível tomar algumas precauções para evitar o risco de roubo: “procure não pilotar tarde da noite, e esteja sempre alerta e concentrado não só no trânsito, mas em todo espaço em sua volta. Evitar fazer sempre o mesmo trajeto também é uma medida que dificulta a ação de quadrilhas especializadas”, completa. 
O especialista relata ainda que motos esportivas, nakeds e big trails são as mais visadas pelos ladrões, enquanto customs e scooters são menos procurados.

7 – Cuidado ao sair e chegar em casa: Segundo o consultor de segurança Diógenes Lucca, um dos criadores do GATE (Grupo de Ações Táticas Especiais), os momentos de saída e chegada da residência são os preferidos pelos ladrões para a abordagem seguida de roubo. 
O expert em segurança recomenda que, “ao estar próximo da residência, o ideal é fazer uma ronda rápida nas mediações e perto da entrada, verificando se não há pessoas com atitude suspeita. Na hora de sair pela manhã é bom checar com o porteiro se a redondeza está tranquila. Se morar em casa, vale instalar câmeras de segurança para se certificar da movimentação na rua e, então, partir sem demora”, completa.

8 - Nunca reaja: No caso de ser rendido por criminosos armados, Lucca recomenda manter a calma e nunca reagir ou mesmo tentar negociar o bem. “Deve-se colocar as duas mãos abertas à frente, de modo a se mostrar rendido, e sair de perto do veículo de forma calma; sem demonstrar pavor. O trauma de perder um bem material é pouco perto de sofrer traumas físicos e psicológicos”, finaliza.

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