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Doblò convertido em carro elétrico faz 100 km com R$ 3

23/04/2007 - 12:11 - Webmotors
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Uma das maiores preocupações de qualquer um que dirija sempre foi achar um meio de gastar menos para rodar. Com os carros flex, muita gente faz cálculos para ver que combustível é o mais vantajoso, mas há também quem escolha converter o carro para gás natural ou, nos países em que isso é possível, comprar um modelo a diesel. E se você tivesse a possibilidade de rodar 100 km gastando apenas R$ 3? E não é de bicicleta, a pé ou de moto, não: é de carro. Pois a Cleanova, uma empresa francesa de conversão de automóveis, jura que seu sistema SVE permite fazer exatamente isso: rodar 100 km com apenas 1 euro, ou cerca de R$ 3. E a conversão que ela faz é de carros comuns, como o Fiat Doblò, o Renault Kangoo e o Scénic em veículos elétricos ou híbridos. Além de um rodar barato, é ecologicamente correto!

Presente no Salão de Genebra, a empresa apresentou essa proposta em caráter experimental, com vendas, por enquanto, apenas para frotistas. A idéia, muito inteligente, é de primeiro provar aos consumidores que o sistema é confiável e economicamente viável. Só então a Cleanova passará a oferecê-lo aos consumidores finais.

O que o sistema SVE tem de mais atrativo é justamente o fato de poder ser adaptado em modelos de carros já fabricados em série. Não se engane com os modelos exibidos nestas fotos. Eles servem apenas de demonstração. “O sistema SVE pode ser instalado em qualquer automóvel”, afirma Claudia Berthol, assessora de imprensa da Cleanova. Assim, teoricamente, quem tiver um carro comum e optar por ter um veículo mais econômico e menos poluente poderá convertê-lo em um. Em qualquer país do mundo.

Há duas modalidades de transformação: para um carro 100% elétrico ou para um modelo híbrido. Nos dois sistemas, não existe transmissão, apenas uma chave para ir para a frente e uma para a ré. Isso poupa peso e dá ao carro mais autonomia, que já é alta.

Carros elétricos comuns, como o Reva Greeny AC1 (leia mais sobre ele aqui) têm autonomia de apenas 80 km, ou menos, e velocidade máxima de 80 km/h. Os Cleanova, qualquer um deles, chegam a 210 km de autonomia, com um mínimo de 150 km, capacidade mais do que suficiente para rodar dentro da cidade.

A carga completa demora de 4 a 8 horas em uma tomada comum, ou seja, uma noite de sono. O motorista chega em casa, coloca o carro na tomada e, no dia seguinte, sai com o carro carregadinho (literalmente falando). Se esquecer de ligá-lo na tomada, há uma carga rápida, de 30 minutos, que repõe metade da capacidade da bateria, o suficiente para chegar ao trabalho e arranjar um jeito de carregá-lo por lá ou mesmo para ir e voltar para casa. Metade da carga representa, no mínimo, 75 km de autonomia.

Além de carregamento na tomada, os Cleanova também contam com reaproveitamento da força das frenagens, ou seja, com a conversão dessa energia, sempre desperdiçada, para gerar energia elétrica, utilizada para manter em funcionamento os sistemas de climatização do carro, de segurança e de diagnóstico.

Um problema comum em elétricos, o de falta de espaço devido ao tamanho das baterias, é sanado pela substituição do tanque de combustível original pelas baterias, em locais que não afetam nem a capacidade de carga do carro nem o conforto para os passageiros.

Se o sistema puramente elétrico não oferece a autonomia necessária para algumas pessoas, especialmente as que viajam nos finais de semana, existe outra opção, a do sistema híbrido. Ao contrário dos mais conhecidos, como o Toyota Prius, o sistema Cleanova adota a genial idéia do Chevrolet Volt (leia mais sobre ele aqui) de utilizar um motor a combustão para carregar a bateria.

Com isso, o motor, que pode ser a gasolina, a álcool, flexível ou a diesel, gira sempre na rotação mais adequada, com o menor consumo possível de combustível e o máximo de rendimento. As emissões, neste caso, são ultrabaixas e a bateria mantém a carga por muito mais tempo, o que permite usar o motor elétrico durante a viagem toda, com autonomia astronômica. A Cleanova não menciona a que seu sistema atinge, mas, no caso do Volt, ela pode chegar a 1.030 km!

Melhor que o do carro da Chevrolet, o SVE pode utilizar o motor a gasolina conjugado com o elétrico, gerando uma potência de até 136 cv, ou praticamente a mesma de um motor 2-litros. Em muitos casos, portanto, a adoção de motores elétricos pode até melhorar a performance do automóvel, dependendo do modelo escolhido.

A vantagem do híbrido é que ele pode funcionar também como um carro elétrico, bastando que o motorista selecione essa opção por um botão no painel. Assim como o movido puramente a eletricidade, ele também tem um plugue de recarga, que deve ser conectado em tomadas comuns. Com essa opção de utilização, o carro não emite absolutamente nada a não ser pó de pneu!

Sendo mais completo que o sistema elétrico puro e simples, o híbrido só deve trazer uma desvantagem: o preço adicional. Deve porque tanto o custo dos sistemas quanto a disponibilidade de vendas para o público final são informações para o futuro, que ainda não pudemos confirmar.

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