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Para isso existem diversos métodos, que vão desde um simples cadeado no disco de freio até modernos rastreadores com tecnologia GSM. Cada um desses “dispositivos” tem sua finalidade e vantagens. Conheça alguns mecanismos que vão lhe ajudar a evitar “os amigos do alheio”. Sempre lembrando que caldo de galinha e prudência não faz mal a ninguém.
Travas, correntes e cadeados
Amarrar a moto em alguma coisa é um método um tanto arcaico, que vem desde o tempo de amarrar o burro na sombra, mas que ainda tem lá sua eficácia, além do baixo custo. Para isso há correntes fabricadas especificamente para motocicletas. Reforçadas, trazem um revestimento plástico que evitam que o acessório enferruje ou risque a moto. Serve para aquela paradinha rápida na farmácia. Mas algumas infelizes vítimas descobriram da pior forma possível que, por mais resistente que seja a corrente, há um alicate capaz de cortá-la.
Uma opção são as travas de disco ou coroa. Além de serem menores e mais fáceis de transportar que as correntes, são mais difíceis de serem violadas. Porém, têm na pressa e no esquecimento seus maiores inimigos. Isso porque é comum motociclistas que usam esse tipo de trava esquecer-se de tirá-la quando vai sair com a moto. Aí é chão na certa, aquele tipo de queda que fere mais o orgulho do que o corpo.
Para evitar esse tipo de problema, alguns fabricantes oferecem sistemas que ajudam o motociclista a “lembrar” da trava. Algumas têm um cabo que é preso junto à manopla e outras contam ainda com um útil alarme, como a trava Luma com alarme sonoro de 110 decibéis que toca assim que se movimenta a moto. Além de lembrar o piloto de retirar a trava, funciona como alarme contra bandidos.
Alarmes
Outro mecanismo que pode evitar o furto de sua moto são os alarmes. Mais caros que as travas e cadeados, porém mais sofisticados. Emitem um sinal sonoro caso alguém tente mexer na moto e muitos deles ainda contam com um sensor de presença, que bloqueia a ignição caso o chaveiro do alarme não esteja por perto.
Na hora de escolher o alarme, procure um projetado especificamente para motocicletas. Pois dessa forma o módulo, além de menor, é fabricado para suportar as vibrações de uma moto e também as intempéries, como sujeira e chuva. Outro detalhe importante é que a instalação de um alarme em uma moto zero km quando feita de forma incorreta faz com que você perca a garantia da parte elétrica da moto.
Por isso é aconselhável procurar um alarme de boa qualidade que ofereça plugs para conexão sem que seja necessário cortar o chicote elétrico da moto. Ou ainda escolher alarmes fabricados para o modelo da sua moto, como por exemplo, os alarmes Duoblock PX da Pósitron feitos especificamente para alguns modelos da linha Honda, como a CG 150 Titan e CB 300R, e Yamaha, caso da YBR. “Nossos alarmes estão agregando diferentes tecnologias com um custo relativamente baixo para proteger o veículo”, explica Kelly Nakaura, gerente de Marketing da Pósitron, marca líder no segmento.
Com custo médio de até R$ 200,00, os alarmes são uma das alternativas para proteger sua moto. Porém a desvantagem é que qualquer ladrão já conhece o funcionamento dos alarmes e do sensor de presença. Alguns trazem até dois chaveiros – um falso e outro verdadeiro – para tentar “enganar” o assaltante, mas esse é outro truque manjado. Não arrisque sua vida, ela vale mais que sua moto.
Marcação de peças
Outra medida que visa inibir os bandidos é a marcação de peças. O sistema de controle e gravação do número do chassi em diversas peças da moto funciona como segurança passiva. Como não interfere nos sistemas elétricos e não há a necessidade de dar qualquer comando para sua ativação, a marcação de peças evita perseguições e preserva a integridade física do motociclista. A marcação não evita que você seja vítima, mas inibe de certa forma a ação dos bandidos.
“O selo que colamos no veículo e o número do chassi gravado nas peças de maior valor comercial fazem o bandido desistir de levar aquela moto e procurar outra”, defende Rodrigo Lambert, Gerente Comercial da DNA Security, uma das empresas que oferece o serviço de marcação.
Segundo dados da DNA Security em parceria com as seguradoras, as motos com peças gravadas tem 60% menos freqüência de roubos do que as que não têm. “A marcação ainda oferece prova material do crime”, completa Lambert.
A novidade da empresa no segmento é a nanotecnologia com o DNA AutoDot que consiste na pulverização de 15 mil micropontos de níquel com código único. Os micropontos podem ser espalhados em qualquer parte da moto e são uma opção para aqueles que não querem gravar o número do chassi. No caso da DNA Security a marcação do número do chassi custa R$ 180,00 e o sistema AutoDot sai por R$ 280 – ambos podem ser parcelados em até 10 vezes.
Rastreadores
Um dos sistemas mais sofisticados (e também mais caros) para se prevenir o roubo do veículo são os bloqueadores com monitoramento remoto, conhecidos como rastreadores. Muito comum em automóveis, a tecnologia não evita exatamente o roubo ou furto, mas ajuda na localização do bem.
O sistema funciona por GPS, radiofreqüência ou GSM, dependendo do rastreador. Alguns rastreadores permitem que se visualize pela internet onde moto andou, em qual velocidade e também se o veículo está ligado ou não. Há ainda a possibilidade de se criar uma “cerca eletrônica” e caso a moto saia do perímetro delimitado o motociclista é avisado por e-mail ou por mensagem de texto no celular.
Uma das desvantagens é a necessidade de ter de pagar uma mensalidade para o serviço de monitoramento. A Pósitron oferece o rastreador RT 160, selado e projetado para motos, sem custo do equipamento: paga-se R$ 100 pela instalação e mais R$ 49 pela mensalidade básica do serviço de monitoramento. Por outro lado, algumas seguradoras dão desconto no prêmio caso a motocicleta possua rastreador.
Todos esses sistemas visam prevenir ou oferecer mais segurança para o motociclista. Mas é sempre bom lembrar que a instalação ou a utilização desses equipamentos significa um acessório complementar. Mas não há nenhuma garantia contra o furto do bem. Mas como diz o ditado, melhor prevenir...
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