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Em parceria com universidade, BRP projeta Can-Am Spyder híbrido

14/01/2011 - 11:26 - Aldo Tizzani / Agência INFOMOTO
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Brammo, Elmoto, Quantya, Vema, Zero Motorcycles e Piaggio. Com o passar do tempo e dos avanços tecnológicos já estamos nos acostumando com os nomes das empresas que focam suas pesquisas na produção de veículos do segmento de duas rodas com propulsão híbrida. Ou seja, que se movimentam com o auxílio de motores elétricos e a combustão, diminuindo assim a emissão de gás carbônico (CO²) na atmosfera. Já há até competições de motos elétricas, tanto em provas de motovelocidade, como também em corridas de motocross. Para desenvolver modelos ecologicamente corretos, porém sem perder o desempenho, a canadense BRP (Bombardier) pretende criar o Can-Am Spyder Roadster Hybrid.

Lançado em 2007, o Can-Am Spyder apresenta uma arquitetura nada convencional em forma de “Y”, com duas rodas na dianteira e uma na traseira. Assim, o triciclo pode ser definido como um mix de automóvel roadster e motocicleta. Nos próximos quatro anos serão desenvolvidas três gerações de protótipos com propulsão híbrida. Para isso, o investimento será da ordem de US$ 11,3 milhões. A intenção dos canadenses é igualar o desempenho dos modelos híbridos ao propulsor a combustão de dois cilindros em “V”, de 998 cm³ de capacidade cúbica e 100 cv de potência máxima.

A injeção de US$ 6,2 milhões virá do Automotive Partnership Canada e os US$ 5,1 milhões da BRP. O projeto envolve a participação do Centro de Tecnologia Avançada, da própria BRP, e a Université de Sherbrooke (CTA). O objetivo deste projeto é desenvolver tecnologias inovadoras para os veículos a motor voltados à recreação. Desde a sua inauguração em 2006, o CTA desenvolveu duas novas tecnologias que têm sido incorporadas aos produtos da marca. Uma delas é a transmissão semi-automática de cinco velocidades que equipa o Can-Am Spyder. Detalhe: o CTA emprega atualmente mais de 70 pesquisadores e estudantes e espera ser auto-suficiente financeiramente a partir deste ano.

Falta de espaço

Os trabalhos serão coordenados pelo professor Alain Desrochers, do Departamento de Engenharia Mecânica na Universidade de Sherbrooke. A missão das 30 pessoas envolvidas diretamente no projeto é mostrar originalidade durante o desenvolvimento de componentes, já que o espaço limitado é um dos grandes desafios para a conversão do Can-Am Spyder em uma versão híbrida. Para isso, os engenheiros, mecânicos e estudantes terão de projetar um sistema de propulsão inteiramente novo. “Criar um triciclo em vez de um carro híbrido envolve desafios e exige um elevado nível de inovação”, disse o professor Desrochers, afirmando que estes desafios incluem a falta de espaço para acomodar o motor híbrido, os problemas de refrigeração, aerodinâmica, peso do veículo, além do ruído. “Tudo tem que ser muito bem estudado e modificado”, conclui. A missão não será fácil, já que serão colocados vários sistemas e dispositivos em um pequeno espaço, entre eles, módulo de controle, sistema de frenagem regenerativa e baterias. E serão dois tipos de motorização sobre o mesmo chassi, com um sistema de transmissão que permitirá que os motores combinem suas forças.

Depois de quatro anos de muito trabalho, o produto final deve passar nos testes de performance, confiabilidade, durabilidade e economia. A autonomia total deve girar na casa dos 600 km (30 km em modo elétrico). “Nosso objetivo é desenvolver a partir do zero a tecnologia híbrida elétrica para um veículo de três rodas, que utilize 50% menos combustível mantendo velocidade, potência e desempenho”, finaliza Nihai Rasidescu, presidente e CEO da CTA.

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