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ER-6n chega ao Brasil e já está em 2013, Zx-14 também

18/05/2012 - 11:36 - André Jordão/Agência INFOMOTO FOTOS: Divulgação
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Apresentada em outubro do ano passado, durante o Salão de Milão (Eicma 2011), a Kawasaki ER-6n chega totalmente reformulada no início de junho às concessionárias brasileiras da marca. Estética, detalhes na motorização e conjunto ciclístico, tudo foi revisado e reformulado para a versão 2013 da naked bicilíndrica de média cilindrada da Casa de Akashi. “As pesquisas, realizadas na Europa, revelaram que os consumidores queriam uma moto mais acessível a todos os pilotos e foi isso que os engenheiros fizeram”, revelou Ricardo Suzuki, gerente de planejamento da Kawasaki do Brasil, salientando que a moto está mais estreita e fácil de conduzir do que a versão anterior.
 
Sucesso entre os pilotos menos experientes e as mulheres, segundo pesquisa realizada pela Kawasaki, a ER-6n mostra outra cara em sua nova versão, tudo para conquistar mais adeptos para a marca verde. Segundo Suzuki, “há espaço para crescer ainda mais neste segmento”, fazendo referência ao nicho de motos “nuas” de médio porte. Hoje, de acordo com a Fenabrave, a Kawasaki tem 14,37% do market share deste segmento, que é dominado pela Honda CB 600F Hornet (30,26%) — sendo 8,21% com a ER-6n e 6,16% com a Z 750.
 
Outro detalhe revelado pela pesquisa de satisfação da Kawasaki com seus clientes é a proporção de motociclistas que vêem na ER-6n uma evolução natural. Cerca de 50% dos compradores desta naked saíram de motos menores, como a própria Ninja 250R. Isso explica a preocupação da “Kawa” em fazer uma moto amistosa, com motor elástico (dinâmico) e manso, ou seja, uma motocicleta para todos — é possível colocar o pé no chão com mais facilidade, já que agora a moto está aproximadamente 50 mm (de cada lado) mais estreita, mesmo com altura do assento mantida em 785 mm.
 
Visual Streetfighter

Basta olhar a ER-6n 2013 para notar seu visual streetfighter. As novas carenagens, mais agressivas e afiladas, dão pistas de que os engenheiros tiveram muito trabalho para repaginar a nova moto. Os esforços se concentraram para condensar a massa na frente da motocicleta. Para isso, as abas laterais foram estreitadas quando vistas pela frente. Os piscas dianteiros, anteriormente embutidos na lateral, agora estão montados de forma tradicional, ou seja, do lado do farol.
 
Também renovado, o tanque de combustível está 20 mm mais alto, ajudando a concentrar visualmente a massa da ER-6n na frente da motocicleta. A inédita carenagem que envolve o conjunto óptico é bem compacta e o painel não fica mais a frente do guidão, como na versão anterior, e sim acima, resultando numa harmonia maior entre as peças. Outro detalhe que contribui – e muito – para o visual arrojado da ER-6n 2013 são os protetores dos garfos dianteiros, inexistentes antigamente, e o novo paralama dianteiro. Até a ignição foi reposicionada e agora fica à frente do tanque de combustível.
 
As tampas laterais pretas também ajudam a dar a impressão de que a traseira da motocicleta está mais “clean”. Ainda na parte de trás da nova ER-6n, nota-se que a rabeta está 10 mm mais curta e a nova lanterna com iluminação de LED entrega um visual mais estreito ao conjunto. As alças para a garupa também são novas e o design do spoiler harmoniza-se à imagem de streetfighter — na versão anterior o spoiler era mais espartano. Ainda há uma nova bolha fumê do painel de instrumentos.
 
Chassi e motor

Para entender todas as alterações na ER-6n 2013 é preciso compreender o novo chassi da moto. Chamado de perimetral com duplo tubo de aço, este quadro fica à mostra, característica das motos naked, e, segundo a marca, é graças a ele que a moto ficou mais estreita e fácil de conduzir. Com isso, o design do quadro, suspensão traseira e balança traseira criam uma linha integrada que vai do canote até o cubo traseiro. A nova balança também se enquadra com o novo desenho dos tubos duplos, complementando o desenho do quadro e contribuindo para aparência radical da ER-6n.
 
Já o motor sofreu poucas alterações e continua produzindo 72,1 cavalos de potência máxima a 8.500 rpm e 6,5 kgf.m de torque a 7.000 rpm, com câmbio de seis marchas. A diferença é que o propulsor de 649 cm³, dois cilindros paralelos, DOHC, oito válvulas e refrigeração líquida foi retrabalhado para munir o piloto em baixas e médias rotações, principalmente abaixo dos 7.000 rpm. Foram feitas mudanças também no cabeçote, que agora possui espaçadores e juntas ao invés de flanges e juntas, oferecendo assim uma maior durabilidade.
 
Embora discreta, a ponteira do silenciador tem um design novo e ambos foram colocados em um ângulo mais inclinado. Devo dizer também que um tubo de conexão une os tubos de escape e ajuda a eliminar altos e baixos na curva de torque, resultando em uma entrega de potência mais suave. O filtro de ar também é novo, e agora usa um elemento de papel (previamente umedecido com óleo) para se obter um fluxo de ar melhorado.
 
Ciclística

Do conjunto de suspensões aos freios, tudo traz alterações, mesmo que singelas. A suspensão revisada tem um curso mais longo na frente (5 mm) e atrás (2 mm). Sendo assim, tanto o garfo telescópico quanto o monoamortcedor, que permanece explícito na lateral da moto, ganham “força” para encarar as ruas esburacadas do Brasil — lembrando que a ER-6n tem proposta urbana.
 
Os freios não receberam muitas modificações. O disco duplo em formato de margarida com 300 mm na dianteira e o disco simples de 220 mm na traseira garantem uma boa potência de frenagem. Mas, na versão 2013 as pastilhas de freio para os modelos sem ABS foram revistas de modo a oferecer uma frenagem maior e a nova e compacta unidade central do ABS tem um processador mais avançado que permite um controle mais preciso da eletrônica.
 
Por fim, o guidão ligeiramente mais largo (10 mm de cada lado) oferece aos pilotos mais altos um pouco mais de espaço. E o painel de instrumentos tem um layout mais fácil de ler. Além do medidor de combustível, velocímetro digital, relógio, hodômetro total e parcial, novas funções foram integradas, como consumo de combustível médio/instantâneo e indicador de pilotagem econômica.

Disponível nas cores amarela, preta e verde, a ER-6n 2013 chega às revendas da marca início de junho por um preço sugerido de R$ 25.990, na versão standard, e R$ 28.880 na versão equipada com freios ABS.
 

ZX-14R chega com 200 cv a partir de R$ 56.990

Ao lado da ER-6n, a Kawasaki também lançou a ZX-14R 2013. Montada em Manaus (AM) pelo sistema de CKD (Complete Knocked Down), a moto topo de linha da Kawasaki ganhou a letra “R” em sua nomenclatura para não deixar dúvidas sobre sua tendência esportiva. “A ZX-14R representa o que há de mais moderno em tecnologia da marca”, explica Ricardo Suzuki, gerente de planejamento da Kawasaki do Brasil.
 
Ao contrário da naked, a nova ZX-14R traz mais alterações mecânicas do que estéticas. As principais ocorreram no motor de quatro cilindros em linha e 1.441 cm³ (o modelo antigo tinha 1.352 cm³). O tetracilíndrico agora produz 200 cv de potência máxima a 10.000 rpm e ainda conta com a eletrônica RAM air - dispositivo de série para aumentar a entrada de ar no motor - que pode elevar a potência a 210 cv. O torque declarado pela fabricante é de 16,6 kgf.m a 7.500 rpm.
 
Para controlar toda esta força, a esportiva ZX-14 também tem freios ABS, nova geração do controle de tração e a opção da escolha entre modos de potência, que pode disponibilizar 75% da força (Low) ou os 100% de desempenho (Full). A ZX-14R estará disponível em duas versões: somente na cor preta – sem freios ABS – por R$ 56.990; e a versão com ABS estará disponível apenas na cor verde por R$ 60.990.

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