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Os dados estão em artigo da jornalista Cleide Silva para o Estadão de domingo, 18. Ela lembra que as montadoras chegaram a exportar 30% da produção em 2005, o equivalente a 724 mil veículos, mas hoje apenas 13% seguem para outros países.
"O câmbio é a menor das nossas preocupações; o problema são os custos de infraestrutura, logística e mão de obra", diz Jaime Ardila. Ele cita especialmente as dificuldades nos portos, estradas e o monopólio mantido pelos transportadores, os chamados cegonheiros.
Agora, as vendas perdem espaço também na América do Sul. A Renault deixou de vender para o México 7 mil unidades ao ano do compacto Sandero produzido no Paraná. "A Colômbia passou a ser a fornecedora do modelo, pois tivemos uma evolução desfavorável de custos e nossa competitividade se degradou muito", diz o vice-presidente para as Américas da Renault, Denis Barbier, à jornalista do Estadão. A fábrica local da Renault em Medellín recebe as peças do Sandero de diversas partes do mundo, entre as quais Brasil, França e Romênia, e apenas monta o carro.
A General Motors perdeu contratos para Chile, Colômbia, Equador e Venezuela, que passaram a ser abastecidos por China, Coreia do Sul e Tailândia. Um exemplo citado pelo presidente da GM América do Sul, Jaime Ardila, é o da picape S10, que é exportada da Tailândia para esses mercados a preços entre 20% e 30% mais baixos que os do Brasil. "A ironia é que a S10 foi desenvolvida aqui no Brasil", diz o executivo.
Cledorvino Belini, presidente da Anfavea, a Associação nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores enfatiza que há 29 milhões em capacidade ociosa nas instalações de montagem mundiais.
A Volkswagen é a que está mais perto de metas traçadas no passado, de exportar entre 25% e 30% do que produzia nas fábricas brasileiras.
No ano passado, as exportações da montadora somaram 178 mil unidades, o equivalente a 22% de sua produção local, mas a maior parte para os países vizinhos. O grupo chegou a exportar o Fox para a Alemanha, mas por pouco tempo.
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