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Desde sua inauguração, a fábrica de Betim superou a produção de 13 milhões de automóveis e comerciais leves, dos quais mais de 5 milhões são flexfuel. Entre os maiores sucessos produzidos em Betim destacam-se o Uno, com mais de 3,9 milhões de unidades, e o Palio, que supera a marca de 3 milhões de veículos.
A Fiat celebra a data como líder do mercado brasileiro e continua a crescer e tornar-se cada vez mais moderna, impulsionada por um plano de investimentos anunciado para o Grupo Fiat Chrysler no Brasil que soma R$ 15 bilhões entre 2013 e 2016. As prioridades da empresa são a ampliação da capacidade de produção, o desenvolvimento de novos produtos, a inovação tecnológica e de processos, a fim de permitir que a empresa continue a surpreender os consumidores brasileiros com automóveis e comerciais leves de qualidade, seguros, confortáveis e eficientes.
A fábrica de Betim é a maior unidade de produção do Grupo Fiat Chrysler no mundo e continua a ampliar sua capacidade de produção, através da expansão física e da adoção de novas soluções tecnológicas e de processos, que a tornam cada vez mais moderna e eficiente. A capacidade de produção será elevada das atuais 800 mil unidades ao ano para 950 mil veículos ao final de 2014. Paralelamente, avançam as obras da segunda fábrica de automóveis no Brasil, em Goiana, Pernambuco. Essa será a mais moderna planta do Grupo Fiat Chrysler no mundo, reunindo as melhores práticas de produção, organização, logística e as mais avançadas soluções tecnológicas adotadas globalmente. A nova unidade, a ser concluída em 2014, terá capacidade de produção de 250 mil veículos ao ano.
Os investimentos em produtos, tecnologia e processos abrangem também as unidades de produção de motores e transmissões. A divisão de Powertrain da Fiat Automóveis conta com três fábricas em Betim, sendo duas de motores (Fire e Fire EVO) e uma de transmissões. A Fiat também é abastecida pela planta de motores de Campo Largo, Paraná, a mais moderna unidade produtora de motores midsize da América Latina. A planta é responsável pela fabricação da família de propulsores E.torQ, nas versões 1.6l 16v e 1.8l 16v, flex e a gasolina.
A inovação permanente é a lógica que orienta os investimentos. O presidente da Fiat Chrysler para a América Latina, Cledorvino Belini, observa: “A inovação está no DNA da Fiat desde o seu nascimento há 37 anos, quando decidimos montar a fábrica em Betim, contribuindo para descentralizar o desenvolvimento industrial do País. Surpreendemos o mercado lançando o primeiro carro com motor transversal do País, o Fiat 147, e daí por diante apresentamos inúmeras inovações, como o primeiro veículo a álcool produzido em série, o Fiat 147, a primeira pick-up derivada de um veículo de passeio, passando pelos primeiros veículo dotados de motores turbo e airbags, o primeiro automóvel com motor 1.0 e, mais recentemente, a adoção do diferencial locker em nossa linha Adventure. Toda essa série de inovações depende de uma estrutura dedicada ao desenvolvimento de novos produtos e processos.”
Para inovar sempre, a empresa conta hoje com um grupo de mais de mil engenheiros dedicados ao desenvolvimento de produtos – automóveis, motores e transmissões –, além de estender estas atividades a toda sua cadeia de fornecedores. O sucesso dessa estratégica resulta do investimento contínuo da Fiat no centro de desenvolvimento de produtos denominado Polo de Desenvolvimento Giovanni Agnelli, que conta com centros de computação para CAD/CAE, laboratórios de engenharia experimental, centros para desenvolvimento de protótipos e o Centro Estilo, que é o único da empresa fora da Europa.
Tal investimento em engenharia e design está presente nos 16 modelos e mais de 200 versões que a Fiat produz , para atender aos mercados do Brasil e de exportação. Essa ampla gama de produtos e capacidade industrial fizeram da Fiat a empresa líder no mercado brasileiro pelo décimo primeiro ano.
O espírito da inovação também movimenta o time da Fiat na busca das melhores soluções para o desafio representado pelo Inovar-Auto, o novo regime automotivo que estabelece metas de eficiência energética que, para serem atingidas, envolvem a evolução tecnológica de praticamente todos os sistema de um veículo – constituição e desempenho do motor, redução do peso e do atrito, dentre outros aspectos.
Mineirização
A Fiat foi a primeira fabricante de automóveis a instalar-se fora do cinturão industrial paulista, inaugurando sua fábrica em Betim, em 1976. Nos primeiros anos de operação, a empresa pagava o preço por esse pioneirismo. Cerca de 80% dos fornecedores estavam localizados em São Paulo. A estimativa é de que cerca de US$ 200 por carro eram consumidos só na logística dos componentes. Além da questão do preço, a grande dispersão de fornecedores fazia com que qualquer problema na entrega de uma peça ou componente afetasse o fluxo de produção dos automóveis. O desafio era racionalizar a rede de fornecedores e melhorar a logística.
Nos anos 1990, foi implementada uma estratégia de atração de fornecedores para o entorno da fábrica, em processo denominado de mineirização. A chave do sucesso desse processo foi a mútua confiança de que um relacionamento mais estreito seria proveitoso para ambos os lados. Os fornecedores precisavam produzir mais, para viabilizar as unidades produtivas instaladas em Minas Gerais. E com os fornecedores mais próximos, a Fiat podia produzir mais e com mais eficiência.
Com a instalação dos fornecedores no entorno da fábrica, a Fiat ganhou agilidade e competitividade, possibilitando tornar-se uma das mais eficientes empresas no sistema de suprimentos just in time (JIT) e just in sequence (JIS), com ganhos significativos com a redução dos estoques, liberação de áreas para a operação industrial e menores custos com transporte, além de outros benefícios logísticos. Combinada com investimentos para eliminação de gargalos e implantação de ativos estratégicos, a capacidade produtiva no mesmo parque industrial saltou de 500 carros por dia para os atuais 3,2 mil veículos diários. A mesma planta produziu 190 mil veículos em 1990 e mais de 800 mil em 2012.
Atualmente, cerca de 70% dos itens comprados pela Fiat proveem de fornecedores instalados num raio de até 150 quilômetros da fábrica. Também a economia de Minas Gerais ganhou com esse processo, pois as novas empresas instaladas no Estado diversificaram o parque industrial mineiro, com maior geração de empregos e de tributos.
Sustentabilidade
Primeira fábrica de automóveis do Brasil a conquistar a ISO 14001, a Fiat Automóveis completou 15 anos de certificação com números que sinalizam a consolidação da política de gestão ambiental voltada para a prevenção de impactos e uso racional dos recursos naturais. Desde 1994, a planta de Betim (MG) registra queda contínua dos indicadores de geração de resíduos, consumo de água e de energia. No período, para cada veículo produzido, o consumo de energia elétrica caiu 57%. Já o consumo de água teve queda de 70%. A redução da geração de resíduos chegou a 48%. Somente a reciclagem de papel e papelão, no período, foi equivalente à preservação de mais de 1 milhão de árvores.
Nos últimos cinco anos, os investimentos em gestão ambiental ultrapassaram R$ 30 milhões – recursos que sinalizam a aposta da Fiat em tecnologias mais eficientes e eficazes para prevenir e reduzir os impactos ambientais. Um exemplo é o Complexo de Tratamento de Efluentes Líquidos, em atividade desde 2010 e um dos mais modernos da América Latina, trazendo como diferencial os sistemas de membrana (MBR) e de osmose reversa (OR). Com a instalação dos novos equipamentos, o índice de recirculação de água elevou-se de 92% para 99%. Na prática, significa a quase eliminação da captação da água potável da rede pública para o uso industrial.
A decisão estratégica de buscar a competitividade aliada à sustentabilidade tem conduzido a Fiat a percorrer uma trajetória marcada pelo pioneirismo. Desde 2011, todos os resíduos gerados são encaminhados para a reciclagem e o reaproveitamento. A conquista desse índice é resultado do Aterro Zero – projeto que posicionou a Fiat como a primeira fábrica de automóveis do País a conquistar essa meta. Os materiais anteriormente enviados para os aterros licenciados foram alvo de pesquisas e estudos, na busca por novas destinações.
A gestão de resíduos também é oportunidade de inclusão social. Os materiais considerados refugos da produção de veículos, tais como aparas de cinto de segurança, tecido automotivo e pequenas peças descaracterizadas, passam para as mãos das pessoas que integram a Cooperárvore, cooperativa do programa Árvore da Vida – Jardim Teresópolis. Com criatividade, transformam-se em matéria-prima para a produção de ecobags, bolsas, mochilas, pastas, nécessaires, carteiras, chaveiros, dentre outros acessórios.
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