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A comparação com 2008 realmente revela números “assustadores”, porém os resultados de março, quando comparados com fevereiro deste ano, trouxeram otimismo ao mercado. No mês passado foram produzidas 126.295 unidades – um aumento de 54,9% em relação a fevereiro, quando apenas 81.546 motos saíram das linhas de montagem.
As vendas no atacado, ou seja, das fábricas para as concessionárias também cresceram. De 92.335 unidades comercializadas em fevereiro o número cresceu 30,4% e passou para 120.444 em março.
Esses resultados parciais, em conjunto com a recente isenção da Cofins para as motos, fizeram com que a Associação, que representa 98% do mercado de motocicletas, arriscasse as previsões para 2009. Não tão otimistas, mas também não tão pessimistas quando os primeiros meses deste ano fizeram crer.
De volta a 2007
No atual cenário de crise e com estimativa de crescimento zero do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, a Abraciclo projeta vender 164 mil unidades por mês até o final do ano.
“Acreditamos que o público da classe C, principal consumidor de motos até 150cc, não deve sentir tanto o efeito da crise”, declara Paes.
Mas para isso, os fabricantes aguardam ajuda do governo para os bancos e financeiras menores. “Essas instituições atuam junto à população de baixa renda e em lugares longe dos grandes centros do País. O acesso ao crédito ainda está difícil nesses locais”, ponderou o diretor executivo da Abraciclo.
Se a venda mensal projetada pela Associação for confirmada, o mercado de motos deve fechar o ano de 2009 com 1.850.000 unidades vendidas. O que significaria voltar ao mesmo patamar das vendas em 2007, porém uma queda de 12% em relação a 2008. “Vai ser muito difícil recuperarmos as perdas do 1º trimestre”, concluiu Paes.
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