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Para ver a novidade e avaliar o quanto a Yamaha poderá incomodar a líder do segmento, fomos até a Costa do Sauipe, litoral baiano, conhecer e pilotar a nova moto e, em uma primeira impressão, a Fazer cumpre a promessa de design novo e arrojado. Mesmo com corpo esguio e características de utilitária como a rabeta, o escape e a suspensão bichoque, semelhantes aos do principal modelo street da marca, a moto tem seu tom de esportividade. Aletas largas ao lado do tanque, rodas de liga leve e um farol poligonal e pontudo nas extremidades superiores são a prova de que esta versão da Fazer veio para ocupar um patamar acima da Factor 125.
Uma vez que o visual foi uma preocupação da marca japonesa ao conceber o novo modelo, há capricho nos detalhes. Como pode ser visto na lanterna traseira bipartida. O painel, que mistura elementos analógicos e digitais iluminado em vermelho também é digno de destaque. Portanto, quem pensa que a Fazer 150 é uma YBR melhorada está enganado. Segundo Yoshihide Ishii, engenheiro líder do projeto, que veio ao Brasil para o lançamento do modelo: “É uma moto nova, que nada tem a ver com a YBR”, afirmou o japonês de forma categórica.
A Fazer 150 chega às concessionárias em outubro – e será uma opção a mais no line-up da marca, junto com a Factor YBR 125, que continua em produção – disponível em duas versões. A básica é a ED, cujo preço é R$ 7.390 e a completa SED sai por R$ 7.890. Ambas sem frete incluso. A diferença entre os modelos está mais ligada ao apelo visual, já que a top de linha oferece cavalete central, lentes brancas nos piscas, capa antiderrapante no banco, molas com pintura na cor vermelha, grafismos diferenciados e cores exclusivas. A lista de itens parece não justificar o custo adicional de R$ 500, mas o público que busca uma moto mais agressiva visualmente vai se empolgar com a “descolada” SED.
O novo propulsor
Nas duas versões está presente o novo motor de 149,3 cm3 de capacidade cúbica, que traz a segunda geração da tecnologia Blueflex. O sistema de alimentação reaproveita o combustível excedente melhorando o consumo – palavra do fabricante que apresentou gráficos na qual a Fazer 150 foi até 7% mais econômica se comparada à sua principal concorrente, a Honda CG. Seu motor atinge a potência máxima de 12,2 cv a 7.500 rpm enquanto o torque 1,28 kgf.m está disponível em 5.500 giros.
Durante a avaliação, feita em estradas secundárias, o modelo mostrou muita disposição em função da injeção eletrônica de combustível. Foi possível esticar as marchas e superar 110 km/h apesar das restrições do percurso. Mas o destaque fica para o torque que permitiu rodar sem trocas de marchas excessivas enquanto o motor entregava força de modo linear.
O câmbio de cinco marchas tem engates precisos e o ponto morto pode ser encontrado com facilidade. Ainda nesse quesito, o piloto conta com o indicador de marcha engatada no painel, o que pode ser um facilitador para os iniciantes no mundo das duas rodas.
Ciclística planejada
Para encarar o desfio das estradas brasileiras os engenheiros do Japão foram conservadores e optaram pela receita tradicional no conjunto de suspensão. Na dianteira o garfo telescópico oferece curso de 120 mm enquanto na traseira a balança conta com uma dupla de amortecedores (reguláveis) e 120 mm de curso. Um conjunto eficiente e confiável tanto na manutenção quanto no uso severo.
Nas duas versões a Fazer 150 oferece rodas de 18 polegadas calçadas com pneus (sem câmara) da marca Metzeller. Na dianteira usa 2.75 -18 e 100/80 na traseira. O fabricante fez questão de destacar a medida da traseira como a mais larga da categoria, o que aumenta o conforto e a segurança na pilotagem.
Já sobre a ciclística, vale dizer que a moto é baixa, com banco a 785 mm do solo. Com isso, mesmo os pilotos de menor estatura se “sentirão em casa” graças à postura relaxada. Enquanto os braços chegam naturalmente aos comandos, os pés alcançam o solo com facilidade. Sente-se falta do lampejador de farol alto, porém é compensado pelo painel onde se destaca o conta giros (analógico) e o velocímetro digital. Informações como nível de combustível, hodômetro parcial, além da marcha engatada, completam o pacote de informações disponíveis.
Ainda ao guidão
Pilotando a nova Fazer, pode-se perceber que o assento mantém a tradição de conforto (presente na sua irmã maior de 250cc) e parece permitir longos períodos sobre a moto sem cansar o piloto. As pedaleiras, emborrachada para o piloto e fixada ao quadro (tipo bacalhau) para a garupa, propiciam maior conforto. Essa característica é reforçada pelo sistema de balanceiro no motor e coxins de fixações no quadro, que impedem a vibração de tornar um incomodo.
Embora a pista fosse travada, tivemos a possibilidade de avaliar o sistema de freio (disco de 245 mm na dianteira e tambor na traseira). O sistema mostrou-se adequado ao desempenho da moto e permitiu frenagens bastante progressivas. Desempenho esperado para um modelo de sua categoria.
Ficha técnica Yamaha YS150 Fazer ED
Motor SOHC, bicombustível, monocilíndrico, quatro tempos, arrefecido a ar
Capacidade cúbica 149,3 cm³
Potência máxima (declarada) 12,2 cv a 7.500 rpm
Torque máximo (declarado) 1,28 kgf.m a 5.500 rpm
Taxa de compressão 9,56:1
Câmbio cinco marchas de engrenagem constante
Transmissão final por corrente
Alimentação Injeção Eletrônica
Partida Elétrica
C x L x A 2.015 x 735 x 1.085 mm
Peso a seco 117 kg
Tanque de combustível 15,2 litros
Cores disponíveis: preta e vermelha
Preço sugerido (sem frete): R$ 7.390
Ficha técnica
Yamaha YS150 Fazer SED
Motor SOHC, bicombustível, monocilíndrico, quatro tempos, arrefecido a ar
Capacidade cúbica 149,3 cm³
Potência máxima (declarada) 12,2 cv a 7.500 rpm
Torque máximo (declarado) 1,28 kgf.m a 5.500 rpm
Taxa de compressão 9,56:1
Câmbio cinco marchas de engrenagem constante
Transmissão final por corrente
Alimentação Injeção Eletrônica
Partida Elétrica
C x L x A 2.015 x 735 x 1.085 mm
Peso a seco 119 kg
Tanque de combustível 15,2 litros
Cores disponíveis: branca, azul e laranja
Preço sugerido (sem frete): R$ 7.850
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