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Fluence GT chega para dar esportividade a Renault no Brasil

23/11/2012 - 10:28 - Automotive Business
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Desembarca esta semana no mercado brasileiro o Fluence GT, o primeiro no País com a grife Renault Sport, divisão responsável por dar tom e desempenho esportivo aos carros de linha da marca francesa. Será também o primeiro Fluence no mundo a ostentar a sigla GT, que na Europa já está estampada em outros modelos como o hatch Clio IV e o também sedã Mégane – é deste último, aliás, que o Fluence GT empresta o motor turbinado 2.0 de 180 cavalos e câmbio manual de seis marchas, ambos importados de Cleon, na França, para montagem no veículo em Córdoba, na Argentina. O trem-de-força foi adaptado para o Mercosul pela equipe de engenharia da Renault no Brasil.

O primeiro modelo turbo vendido pela Renault no Brasil tem preço sugerido de R$ 79.370 e será o topo de gama, custando cerca de R$ 3 mil mais caro do que o Fluence Privilege, que sai por R$ 76 mil, até então o maior valor da lista. “É um carro completo, sem opcionais. O cliente só escolhe uma das três cores: preto, branco ou vermelho”, diz Romain Darmon, gerente de marketing das linhas Duster e Fluence. O Privilege, no entanto, tem transmissão automática e o GT só tem opção manual, tão mais esportiva quanto mais barata.

Pacote competitivo

Entre os equipamentos de série, o Fluence GT tem mesmo amplo pacote já presente nas demais versões, com destaque para os dispositivos de segurança ativa, incluindo seis airbags, freios com ABS e EBD e controle eletrônico de estabilidade (ESP). Também vem com chave-cartão que trava ou destrava o carro por aproximação, navegador GPS, sistema de som, ar-condicionado de zona dupla e teto solar elétrico.

“Muitos concorrentes do Fluence não oferecem o mesmo pacote por esses preços, por isso o carro tem bom desempenho de mercado”, afirma Darmon, destacando que o modelo é quinto sedã médio mais vendido do País, em um segmento com mais de 20 competidores. A expectativa é que o GT represente de 4% a 5% das vendas da linha, com cerca de 70 unidades emplacadas por mês – atualmente a média de todas as versões é de 1.250/mês.

A Renault coloca o Fluence GT como o mais barato de sua categoria no País, comparando o modelo com Toyota Altis e Honda EXS, que têm preços acima de R$ 80 mil.

O Fluence GT é montado na planta argentina da Renault. Darmon não soube precisar qual o porcentual de conteúdo local o carro carrega. Embora todo o powertrain seja importado da França, o executivo afirma que o modelo atinge o mínimo de 60% de valor agregado no Mercosul para poder ser vendido sem imposto de importação em todos os países do bloco.

DNA das pistas de corrida

A parte importada extra-Mercosul parece ser mesmo o melhor que o Fluence GT tem a oferecer. Os 180 cavalos embaixo do capô fazem o carro ir de 0 a 100 km/h em 8 segundos e chegar à velocidade máxima de 220 km/h (limitada eletronicamente). O motor 2.0 16V é o mesmo da família F4R, mas com modificações no cabeçote, comando de admissão variável, nas bielas, velas e na bomba de óleo para garantir desempenho esportivo. Esses aperfeiçoamentos, somados ao turbocompressor twin scroll fornecido pela Mitsubishi, acrescentaram quase 40 cavalos ao propulsor que normalmente tem 143 cv. O torque, de 30,6 kgfm, está disponível a partir de 1,2 mil rpm e é o maior da categoria, segundo a Renault.

“Estamos trazendo a experiência das pistas para o primeiro Renault Sport a circular pelas ruas brasileiras”, afirma Darmon. A estratégia da grife é importar os avanços e o prestígio conseguidos pela Renault nas competições de automobilismo – somente na Fórmula 1, a marca fornece motores para quatro equipes (RBR, Williams, Lotus e Caterham) e em 35 anos já conquistou 11 títulos mundiais de construtores, incluindo o deste ano com a RBR, e nove de pilotos (o décimo pode vir neste fim de semana em Interlagos, com Sebastian Vettel).

O Fluence GT tem esse DNA, foi realmente preparado para oferecer mais performance e é o único no momento a fazer jus à nomenclatura Gran Turismo no Brasil, onde a sigla muitas vezes nunca passou de uma faixa pintada nas laterais dos carros. No mercado brasileiro, no entanto, o desempenho deve ser intimidado pelo preço.

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