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Ducati
As marcas italianas dominaram os lançamentos. Jogando em casa, a Ducati apresentou três novidades de arrepiar para quem gosta do legítimo design italiano aliado ao mais puro desempenho. Em homenagem ao título mundial de 2008 na Superbike conquistado por Troy Bayliss, a marca apresentou a 1098 Réplica. A moto traz pintura especial e peças fabricadas com o que há de mais modernos em termos de baixo peso e alta resistência - serão fabricadas apenas 500 unidades dessa versão.
No Salão de Colônia, Alemanha, e no Salão da Motocicleta, em São Paulo, a novidade foi a Ducati Monster 1100. Já em Milão, um dos principais lançamentos da marca de Borgo Panigale para 2009 foi a superbike 1198. Disponível nas versões Standard e "S", a nova superbike é uma evolução natural de sua antecessora. A superesportiva fabricada em Bologna traz motor de 170 cv e 13,4 kgf.m. Com 169 Kg, a 1198 apresenta uma excepcional relação peso/potência de 1:1. Em comparação ao anterior, o motor bicilíndrico em L da 1198 "emagreceu" 3 Kg, isso em função da adoção de peças em titânio. A nova superesportiva da Ducati oferece ainda controle de tração e conta também com rodas de liga-leve calçadas com pneus Pirelli Diablo Supercorsa, além de um completo painel de instrumentos em LCD.
Porém, o que causou maior furor entre a imprensa internacional foi a apresentação da StreetFighter. Com design minimalista, mix entre a linha Monster e a Superbike, a StreetFighter traz uma versão anabolizada do motor da 1098 – são 155 cv de potência máxima e 11,7 kgf.m de torque máximo. Para obter um melhor rendimento, o propulsor recebeu novas tecnologias e peças mais leves (titânio e fibra de carbono). A moto representa a nova fase da Ducati, que atualizou seu logo, um coração pulsante que oferecerá muita adrenalina ao piloto. O quadro de alumínio também é novo. Além disso, a moto, na versão “S” conta com o que há de mais moderno em termos de suspensão e freios: Brembo e Showa. Outro diferencial é que a Street Figther conta com dois radiadores. Ergonômica, a moto também conta com controle de tração, lanterna traseira com LEDs e um completo painel de instrumentos.
Bimota
Exclusividade fabricada de forma artesanal. A Bimota DB7 Serie Oro Nero (traduzindo: Série Ouro Negro). Com o corpo todo preto, as moto ganhou quadro e balança fabricado em carbono - mais resistente e maleável às torções. Com peças fabricadas em fibra de carbono, a série limitada da DB 7, que terá 10 unidades, traz o coração Ducati. O propulsor em “L” de 1098 cm³ ganhou três cavalos. Agora a gera 174 cv. Só para se ter uma idéia da potência e força desta “macchine” é superior a 1 cv/Kg, já que a moto pesa (à seco) 164 Kg. Para completar esta obra-de-arte sobre duas rodas, a DB7 Serie Oro Nero conta com a mola da suspensão fabricada em titânio, disco de freios dianteiros no melhor estilo “margarida” e embreagem anti-deslizante. A esportiva da Bimota traz ainda GPS (Sistema de Posicionamento Global) integrado ao painel de instrumentos, totalmente digital. Na Itália a DB7 Serie Oro Nero vai custar 40 mil Euros, ou cerca de R$ 120 mil.
Grupo Piaggio
Também em casa, o grupo italiano Piaggio mostrou novidades para todos os tipos de motociclistas. Com a chancela da marca Vespa, por exemplo, exibiu um modelo com sidecar que, segundo executivos da marca, será fabricado em série. A Aprilia apresentou o SportCity, um “picolo”scooter de 50 cc, equipado com motor dois tempos, que tem apenas 4,08 cv. Para quem é fã dos modelos retrô, o grupo lançou o Scarabeo 300. O modelo traz linhas clássicas, rodas grandes e esbanja conforto. No estande da Moto Guzzi dois modelos chamavam muita atenção: a V7 Cafe Classic e a Grizo V8 Especial Edition, com sua pintura verde-oliva, só que fosca. Detalhe: todos os modelos Guzzi são equipados com motores em “V”, posicionados transversalmente.
Honda
Assim como em Colônia, a Honda focou seus lançamentos em duas questões: mobilidade e menor impacto ambiental. Para isso, a fábrica japonesa apresentou dois novos scooters em Milão: a linha SH renovada e o inédito SW-T400.
A quinta geração do SH, um dos veículos mais vendidos da Europa, foi totalmente reestilizada. O SH conta com duas opções de motorização – 125 e 150 cc – e em função da adoção da injeção eletrônica está de acordo com a Euro 3. Ganhou também freio a disco em ambas as rodas (confeccionadas em liga-leve de 16 polegadas e com pneus mais encorpados), transmissão V-Matic, boa posição de pilotagem e visual requintado. Segundo a Honda, o SH faz 37 Km/l.
Já o requintado SW T-400 é um scooter equipado com motor bicilíndrico de 398 cm3, que gera uma potência de 38 cv. Injetado e automático, o SW esbanja conforto, segurança e facilidade de pilotagem, já que pode ser usado em perímetro urbano, como também em viagens curtas no final de semana. Com tanque de combustível com capacidade para 16 litros de combustível entra na briga dos scooter-turismo, nicho no qual o Suzuki Burgman 400 faz muito sucesso. O SW T-400 conta ainda disco em ambas as rodas, banco em dois níveis, pára-brisa e sistema de freios CBS/C-ABS.
Cem anos da Suzuki
Em 2009, a Suzuki completará 100 anos. Para marcar a data, a montadora de japonesa quer oferecer uma completa gana de produtos aos motociclistas. Depois da superesportiva GSX 1000R, a custom Intruder 1500 e a naked Gladius, todas apresentadas na Intermot 2008, Salão de Moto de Colônia, realizado em outubro na Alemanha, a Suzuki quer prolongar a vida de um dos ícones de sua linha, a Bandit. A linha 650 ganhou novo design em ambas as versões: naked e touring. Além disso, a moto traz nova lanterna, painel mais completo (análogico e digital). Em função do banco em dois níveis, esta “bandida” está cada dia mais confortável e segura, já que conta disco duplo de 310 mm na roda dianteira e simples na traseira. O motor é praticamente o mesmo da Bandit 2008: DOHC, quatro cilindros em linha de 656 cm³, dotado de injeção eletrônica de combustível.
Yamaha acirra briga das 600cc
Assim como a Suzuki, a Yamaha entrou na briga das 600 cc com a nova XJ6, versão naked da Diversion. Do chassi ao motor tudo deriva da sua irmã Sport-touring. Apesar de já contar com a linha FZ, a Yamaha lançou a XJ6 para acirrar ainda mais a briga com a Honda Hornet. Para isso o propulsor não poderia ser outro que não um quatro cilindros em linha, DOHC, com refrigeração líquida. De resto, a grande expectativa em torno do estande da Yamaha no Salão de Milão ficava por conta da prometida visita de Valentino Rossi, na sexta-feira, 7 de novembro. Campeão mundial de MotoGP em 2008, Rossi é mais que um ídolo dos italianos apaixonados por motos.
BMW ousada
Depois de lançar os motores de 1300 cc para seus modelos da linha K, a BMW apresentou em Milão a F 800 R. A moto de média cilindrada se parece muito com a K 1300 R. Prova que a marca bávara investirá na linha 800 para atrair novos motociclistas. Como suas irmãs, a F 800 R está equipada com motor bicilíndrico de quatro tempos refrigerado a água de 798 cm³, que gera uma potência de 87 cv a 8.000 rpm. Segundo a BMW, a moto faz de 0 a 100 Km/h em 3,9 s e sua velocidade máxima pode chegar a 200 Km/h. Como opção, a F 800 R pode receber sistema de freios ABS. Uma moto com muita personalidade, que deve chegar em 2009 no Brasil.
Falando em personalidade, a BMW apresentou uma moto conceito em Milão. Batizada de Lo Rider, a moto arrancou aplausos dos jornalistas que participaram da apresentação. Com assento apenas para o piloto, a Lo Rider é bastante minimalista, com linhas arrojadas. De arrepiar! Destaque para os escapamentos tipo “scrambler”, na lateral da moto e também pelo conjunto óptico, sem falar nos discos de freios “margarida” em ambas as rodas. A alma desta BMW só poderia ser um motor Boxer. Ou seja, mix de ousadia com tradição.
*O jornalista viajou a Milão a convite do Instituto Italiano para o Comércio Exterior.
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