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Apesar do nome, o Rally Transbahia não tem nada do rali cross-country, modalidade que se tornou famosa com o Rally Paris-Dakar, na qual vence o mais rápido. O Transbahia, na verdade, é um enduro de regularidade, válido pelas 7ª e 8ª etapas do Campeonato Brasileiro da modalidade, criada e adorada pelos motociclistas brasileiros.
O enduro de regularidade traz no nome sua filosofia: o importante é ser regular, ou seja, cumprir o roteiro pré-definido na planilha e, o mais importante, no tempo previsto. Qualquer segundo a mais ou a menos faz o competidor perder pontos. E na regularidade, acelerar demais, ou seja, passar antes do que o previsto nos pontos de controle (PC) desconta mais pontos do que passar atrasado. O que faz da modalidade uma das preferidas entre os pilotos amadores, já que a velocidade menor oferece menos riscos do que em um rali, por exemplo.
“Ajustamos as médias horárias, para que a velocidade seja mais baixa nos pontos de maior atenção”, contou José Carlos Ribeiro da Conceição, diretor da Adrenalina Eventos, empresa organizadora do Rally Transbahia. Mesmo assim a prova contava com equipe médica durante todo o trajeto. “Por ser uma prova de regularidade, a incidência de acidentes mais graves, que exigem resgates aéreos, é praticamente zero no Transbahia. As secretarias de Saúde estarão de plantão em todas as cidades”, completou.
Outro fator que atrai muitos pilotos para o enduro de regularidade também é a motocicleta. Nada de preparações muito caras e alto desempenho: basta ser um modelo off-road com suspensões e pneus em bom estado, além de ter um suporte para o road book e para carregar o “totem”, aparelho que informa velocidade, tempo e avisa se o piloto está atrasado ou não. No Rally Transbahia, por exemplo, havia desde modelos mais sofisticados como a Yamaha WR 450F ou a Honda CRF 250X até a CRF 230 e até mesmo uma antiga Yamaha DT 200R.
O regulamento também ajuda: as médias horárias não podem superar os 60 km/h se a estrada for de terra ou 69 km/h se o deslocamento for feito em asfalto. Mas em geral as médias são menores do que isso, principalmente se a trilha for bastante técnica com subidas e descidas.
Nessa modalidade não vence quem acelera mais, mas sim o piloto mais regular, que não cometer erros de navegação e respeitar a média horária indicada na planilha. No Transbahia 2013, o mais “regular” foi o catarinense Guilherme Cascaes, da equipe Yamaha, que conquistou o bicampeonato da prova entre as motos, na categoria Máster, a principal do enduro de regularidade. “Estou muito feliz pelo objetivo alcançado, conquistei o título e mantive a liderança do Brasileiro de Enduro de Regularidade. As paisagens também são únicas e a planilha estava 100%, estão todos de parabéns”, elogiou.
Tempo para contemplar
Aliás, belas paisagens não podem faltar no roteiro de um enduro de regularidade. No caso do Rally Transbahia, os pilotos de motos puderam curtir a região da Costa do Descobrimento, próxima a Porto Seguro, e também a bela Costa do Cacau, que fica entre as cidades de Canavieiras, ponto de parada do primeiro dia de prova, até Itacaré, local de término do Rally Transbahia 2013, além de passar pela histórica cidade de Ilhéus.
No enduro de regularidade, há também os pontos neutros, onde os pilotos têm um tempo para fazer manutenção nas motos e ajustar a sua média horária. “Planejamos alguns trechos neutros em locais muito bonitos, o que irá ajudar quem estiver atrasado e ainda permitirá que os pilotos curtam um pouco o visual”, concluiu o diretor de prova das motocicletas, Edimilson José Campos.
Desafios
Apesar de ser uma espécie de trilha organizada e com apoio, o maior desafio do enduro de regularidade é a navegação, já que o piloto precisa prestar atenção ao caminho indicado na planilha para não se perder, além de ter que manter a velocidade média definida naquele trecho e ainda superar os obstáculos das trilhas. “Além de médias bastante justas, colocamos os pilotos à prova com trechos na navegação que poderiam induzir ao erro. Pelo que ouvi, todos gostaram bastante”, revelou Edimilson sobre os dois primeiros dias de prova no trecho entre Porto Seguro e Canavieiras, e depois até Ilhéus. O vencedor Guilherme Cascais concordou: “O dia hoje foi de estradinhas mais abertas e bem rápidas. As médias estiveram justas o tempo todo e consegui manter um ritmo forte, sem erros”.
Já no último dia de prova, até Itacaré, os pilotos enfrentaram 155 km, sendo grande parte em trilhas mais fechadas em morros e com maior grau de dificuldade. “Na trilha do Sabãozinho, perto de Itacaré, os pilotos vão se enroscar”, revelou Thiago Marinheiro, que ajudou a levantar o roteiro na região.
Na linha de chegada em Itacaré, o clima era mais de festa do que competição. Dos 97 pilotos de motos que largaram de Porto Seguro, 83 seguiram “devagar e sempre” e completaram a prova. O Rally Transbahia ainda teve disputa para carros e quadriciclos que, entretanto, percorreram um trajeto diferente das motocicletas.
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