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GM pede concordata nos EUA e descarta impactos no exterior

01/06/2009 - 16:51 - Fenabrave
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Às 9h24 desta segunda-feira (01/06), a General Motors pediu concordata, nos Estados Unidos, sob a proteção do Capítulo 11 da Lei de Falências. Trata-se da maior concordata da história da indústria nos EUA, conforme noticiário das agências internacionais, reproduzido pelo site G1, da Globo.

À tarde, Frederick Henderson, presidente da montadora, concedeu entrevista à imprensa, em Nova York (EUA), e confirmou que o pedido de concordata "não terá nenhum impacto na Europa, América do Sul e Ásia, e que a GM continuará operando sem interrupções". O presidente também assegurou que os serviços de garantia e o suporte aos clientes continuarão ininterruptos, apoiados pelos governos canadense e pelos Estados Unidos, de acordo com informação de Fiorella Fatio, em edição extra (às 16h) do boletim eletrônico Abrac Online Notícias.

Com a decisão anunciada pela manhã, a montadora receberá socorro financeiro de US$ 30,1 bilhões (algo como R$ 60 bilhões) do governo americano, que passa a ter 60% do controle acionário, mas não participa da gestão e planeja deixar o negócio assim que possível.

Os governos do Canadá e da província canadense de Ontário ficam com 12% de participação na montadora, por meio do ingresso de US$ 9,5 bilhões (cerca de R$ 19 bilhões). O fundo de previdência dos funcionários assume 17,5% do controle, em troca de dívidas.

Cerca de 10% restantes do controle se destinam aos credores optantes pelo plano de reestruturação, ou seja, aqueles que concordam na liquidação das dívidas através do recebimento de ações da “nova GM”. Isso movimenta algo como US$ 27,1 bilhões (aproximadamente R$ 54,2 bilhões).

Brasil e China são preservados

A concordata da GM deve durar entre 60 e 90 dias. Como medida inicial, serão fechadas 11 fábricas, mas já há comunicação oficial esclarecendo que as operações no Brasil e na China serão mantidas.

Para manter seu ponto de equilíbrio, a “nova GM” precisará produzir e comercializar 10 milhões de veículos por ano, ante as 16 milhões de unidades anteriormente vendidas. Muda também o perfil da linha de produtos: a partir de agora, os veículos da marca precisarão ser compactos e menos poluentes.

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