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Os scooters usam uma espécie de câmbio automático (chamado CVT). Graças a este sistema o piloto não precisa trocar de marcha, basta acelerar – como nos carros automáticos. Essa característica facilita muito a vida do iniciante no mundo das duas rodas, que não precisa se preocupar em usar a embreagem e trocar de marchas. Além disso, o scooter não “morre” nas saídas de farol ou nas subidas. Basta acelerar.
Outra diferença básica em relação às motos são os freios. Para acioná-los o piloto usa apenas as mãos: no manete direito freia a roda dianteira; e no esquerdo, a roda traseira. Muitos oferecem freios combinados, que distribuiu a frenagem entre as rodas de forma mais eficiente. Outros possuem até mesmo o sistema de freios ABS, capaz de evitar o travamento das rodas.
Os scooters têm carenagem frontal – também conhecida como escudo – que protege os pés e pernas dos pilotos contra o frio e chuva. Outra atração desses veículos está na capacidade de transportar o capacete e outros objetos sob o banco.
Apesar de tantas vantagens em relação às motos, o grande problema dos scooters é o tamanho das rodas que não convivem bem com ruas esburacadas. Motos, como a Honda CG, têm rodas de 19 polegadas enquanto nos scooters são menores – alguns de 10 ou 12 polegadas – e exigem cautela para circular em pisos irregulares.
Pensando na facilidade de pilotagem e na praticidade, fizemos essa lista com sete modelos para quem está pensando em comprar seu primeiro scooter para fugir do trânsito.
Leia nosso guia e conheça os modelos disponíveis no Brasil que usam motores de entre 125 e 200 cc de capacidade cúbica e custam até R$ 15.000. Esses preços são sugeridos pelos fabricantes (sem frete e seguro) e podem variar entre as concessionárias. Por isso recomendamos que o consumidor faça uma boa pesquisa e, antes de finalizar a compra, tente fazer um test-ride.
- Yamaha Neo 125 (R$ 7.990,00)
Atualmente, o Neo 125 é o scooter mais barato entre os concorrentes apresentados nesta lista. Além disso, ele é o mais leve - pesa 96 kg (em ordem de marcha) - e seu assento fica apenas a 77 cm do solo. Características que permitem manobrá-lo sem esforço mesmo desligado. Seu motor de 125 cc tem modestos 9,8 cv de potência máxima a 8.000 giros, mas bom torque desde baixos giros.
Equipado com rodas de 14 polegadas, o espaço sob o banco do Neo é limitado: cabe apenas um capacete do tipo aberto. Seu design é um dos atrativos, assim como o farol e as lanternas em LED. Outro destaque fica para o consumo de combustível de 42 km/litro. Sua autonomia, porém, é limitada a 150 km em função do tanque de apenas 4,2 litros.
- Suzuki Burgman i (R$ 9.490,00)
Veterano em nossas ruas, o Burgman i tem na sua agilidade um ponto positivo. O banco fica a apenas 73 cm do solo e, como o Burgman pesa apenas 110 kg, é muito fácil de pilotar. Com motor de 124 cc, com 9 cv de potência máxima, acelera com vontade e sai à frente dos automóveis nas saídas de farol. Ainda assim seu consumo é baixo, ele percorre até 38 km com um litro de gasolina. Como seu tanque de combustível tem capacidade para 6 litros é possível rodar 250 km sem abastecer.
O espaço debaixo do banco é limitado e só cabe um capacete do tipo aberto. O sistema de freio é convencional - com disco na roda dianteira e tambor na roda traseira. Infelizmente o tamanho das rodas é o ponto negativo do Burgman. Com apenas 10 polegadas de diâmetro elas exigem que o piloto procure ruas bem asfaltadas e fuja dos buracos sob o risco de quedas.
- Honda PCX 150 (R$ 10.300)
O primeiro veículo de duas rodas a contar com o sistema idling stop, que desliga o motor em paradas longas por mais de três segundos, o PCX tem no baixo consumo e na autonomia grandes atrativos. Seu motor de 149,3 cm³ é capaz de atingir a potência máxima de 13,1 cv a 8.500 giros e consome 37 km/litro. Com seu tanque de 8 litros pode rodar quase 300 km. As rodas de 14 polegadas convivem melhor com terrenos irregulares e têm freio a disco na dianteira e tambor na traseira – aliado ao sistema combinado (CBS). Seu banco fica a 76 cm do solo e o PCX pesa 125 kg (a seco), dimensões que garantem facilidade de pilotagem.
Equipado com farol de LED o modelo não tem uma grande capacidade de carga, mas permite guardar um capacete fechado sob o banco e outros pequenos objetos.
- Dafra Cityclass 200 (R$ 10.990)
Este scooter Dafra é dono de um visual bastante imponente graças as suas linhas angulosas e modernas. Suas rodas de 16 polegadas facilitam a convivência com vias mal pavimentadas. Apesar da capacidade cúbica do motor é de 199,1 cm³ - a maior entre os scooters aqui apresentados - ele não tem desempenho superior e sua potência é de 13,86 cv a 7.500 rpm. O modelo está equipado com freios combinados (a disco nas duas rodas).
Se o porte impressiona, o piloto tem que se acostumar à dificuldade de manobrá-lo. Seu banco está a 78,5 cm e o peso de 135 kg (a seco) exige habilidade do piloto nas mudanças de direção em baixas velocidades ou quando está desligado. Seu consumo é elevado: 23 km/litro. Como seu tanque tem capacidade para 6 litros, a autonomia se limita a 140 quilômetros.
- Dafra Fiddle III (R$ 11.390)
Quem se liga no visual clássico e procura um scooter para se destacar entre os veículos de duas rodas tem o Dafra Fiddle III uma opção interessante. O peso de 115 kg (a seco) e o assento a 77,5 cm do solo garantem a facilidade de pilotagem. O modelo usa motor de 125 cc que atinge a potência máxima de 10,3 cv aos 8.500 giros. É único em nossa lista alimentado por carburador, o que compromete seu consumo de combustível que ficou na casa dos 27 km/litro. Seu tanque com a capacidade para 6,2 litros projeta uma autonomia de pouco mais de 160 km.
Suas rodas de 12 polegadas exigem cuidado ao trafegar nas ruas com pavimentação ruim. O espaço sob o banco é bem limitado cabendo apenas um capacete do tipo aberto. O sistema de freios é a disco na dianteira e na traseira.
- Yamaha NMax 160 (R$ 11.690)
O Yamaha NMax tem um forte apelo esportivo e é o mais potente desta lista. Equipado com motor de 155,1 cm³, oferece 15,1 cv de potência máxima. Além do bom desempenho, os freios ABS são um diferencial do modelo. Com o banco a 76,5 cm do solo e a posição de pilotagem bem ereta é fácil controlar os 120 kg (a seco) do modelo que se mostra bem amigável aos novos motociclistas.
O NMax oferece bom espaço debaixo do banco onde cabe um capacete fechado e pequenos objetos. Seu consumo, na casa dos 38 km/litro, garante mais de 250 km sem abastecer, graças ao tanque de 6,6 litros. Equipado com freio a disco nas duas rodas, usa sistema ABS que garante maior segurança. As rodas de 13 polegadas exigem cuidado com o piso e não gostam de buracos e ou lombadas.
- Honda SH 150 (R$ 12.450)
Com suas rodas grandes (de 16 polegadas) o novo Honda SH 150 é capaz de conviver melhor com as ruas esburacadas. Outro atrativo é o sistema de freios ABS, mas o grande diferencial é a chave do tipo smart key que não precisa ser inserida no contato. Basta mantê-la próxima ao scooter para ligar o motor de 149,3 cm³ com potência máxima de 14,7 cv a 7.750 giros que acelera com bastante vigor.
O consumo está na casa dos 40 km/litro e sua autonomia é de 300 quilômetros por conta do tanque com capacidade para 7,5 litros. Para atingir está marca o piloto deve usar sempre o idling stop - que desliga o SH 150 toda vez que ele para durante mais de 3 segundos. Não há muito espaço sob o banco, mas ainda assim é possível guardar um capacete fechado. O destaque visual do SH 150 fica por conta das luzes de LED. Seu banco fica a 79,9 cm do solo e seu peso (a seco) de 129 kg exigem habilidade do piloto.
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