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Em relação ao design, pouca coisa mudou de lá para cá. A Hayabusa – cujo nome deriva de uma espécie japonesa de falcão peregrino, capaz de superar os trezentos quilômetros horários em vôo – conserva as mesmas linhas arredondadas do primeiro modelo. Com destaque para as formas ovais que sustentam os piscas dianteiro e traseiro e ainda abrigam as entradas de ar frontais que auxiliam na refrigeração e na alimentação do motor. A carenagem também permanece praticamente inalterada. Para 2013 as laterais receberam saídas de ar maiores, o que, em se tratando da Hayabusa, é um ponto positivo para amenizar o calor emanado pelo motor.
O grande segredo da sport-touring da Suzuki é a aerodinâmica. Desde o parabrisa até a bolha de proteção do assento da garupa – passando pela carenagem abrutalhada, tudo nela foi pensado para que a moto possa formar um conjunto aerodinâmico perfeito, “abraçando” o piloto enquanto o protege da resistência do ar, particularidade bem vinda em altas velocidades, quando se extrai cada gota de potência do motor.
É o que ressalta Hiroshi Iio, engenheiro chefe que está à frente do projeto desde sua concepção, no final da década de 1990. “Você não pode falar da Hayabusa sem mencionar sua aerodinâmica. Até mesmo quando retrabalhamos o design para sua segunda geração [em 2008], a principal preocupação da equipe era manter a eficiência aerodinâmica da moto”, comenta Iio. Foram mantidos os grafismos com o nome da moto escrito em japonês nas laterais, presentes desde o primeiro modelo.
Potência com controle
O propulsor da Hayabusa 2013 se mantém o mesmo quatro cilindros em linha de 1.340 cm³ e comando duplo no cabeçote que equipa a geração anterior. Como não houve nenhuma alteração no diâmetro x curso de 81mm x 65mm ou alguma menção a um novo sistema de escape, pode se presumir que a GSX 1300R também conserva os 197 cv a 9.500 rpm do modelo antigo. Para que o piloto possa escolher melhor quando – e principalmente onde – é possível deixar a moto mostrar do que é capaz, a Hayabusa traz três opções de mapeamento do motor, que oferecem três setups onde o piloto escolhe a forma como a sport-touring despeja a potência nas rodas.
Entretanto, a maior novidade da Hayabusa apresentada em Colônia não tem nada a ver com aumento de potência, mas sim como segurá-la, com mais controle e eficiência. Para melhorar a frenagem, a Suzuki incorporou à moto um novo conjunto de freios Brembo dianteiro, que passa a contar também com os benefícios do ABS. Além da ajuda eletrônica, os discos duplos agora contam com pinças monobloco com pistões de diâmetro maior, que aumentam a força da primeira “mordida” no freio. Ou, como descreve o engenheiro chefe do projeto, Hiroshi Iio, “deixou-a mais confiável em termos de controle”.
Coroa ameaçada
Durante anos, o modelo da Suzuki reinou sozinho como a motocicleta produzida em linha mais veloz do mundo. Entretanto, o modelo viu sua hegemonia ameaçada com a chegada da Kawasaki ZX-14R no início de 2012, cuja campanha de lançamento – veiculada nos Estados Unidos – era, inclusive uma corrida no estilo drag entre as duas motos que terminava com a máquina da Casa de Akashi vitoriosa.
Não entremos em mérito de quem venceria uma competição realizada em condições reais – e não em um comercial da Kawasaki – entre os dois modelos. Mas, a incorporação do ABS, equipamento que a ZX-14R já tinha em sua versão anterior, são prova de que a Suzuki ficou incomodada com a provocação e, principalmente, não está disposta a entregar a coroa da Hayabusa tão facilmente.
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