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Tanto que em alguns estados da Região Norte e Nordeste, onde a malha viária é ainda mais precária, a NXR 150 Bros ultrapassa a CUB Honda Biz e ocupa o posto de terceiro modelo mais vendido, de acordo com dados de emplacamento do Denatran.
Apresentada em 2003, a Bros trouxe uma receita diferente para o segmento de uso misto (on/off-road): em vez da roda de 21 polegadas na dianteira, a Honda optou pelo aro 19, para conferir mais agilidade ao modelo que, afinal, não seria usado em trilhas, mas sim pelas mal pavimentadas estradas do Brasil. Além disso, o assento fica a uma altura menor, facilitando a pilotagem: no caso da Bros o banco fica a 82 cm do solo contra 84 cm de sua concorrente mais direta, a Yamaha XTZ 125, que usa roda aro 21 na frente.
Líder no segmento trail
Entre as motos com essa proposta de uso misto, a NXR 150 Bros ocupa a liderança com folga: em 2011 teve 73% do segmento. Para manter essa liderança, a Bros 150 tem sido constantemente atualizada pela Honda. Em 2010, ganhou a motorização bicombustível, e agora, para 2013, um novo visual, ressaltado pelo novo farol, maior, e com linhas mais harmoniosas, combinando mais com o paralama dianteiro.
O farol com refletor multifocal ficou mais potente com lâmpada de 35W, melhorando a pilotagem noturna. Na traseira, uma nova lâmpada da lanterna para oferecer mais visibilidade.
No restante, a Bros 2013 manteve-se a mesma: chassi berço semiduplo em aço, suspensão telescópica com 180 mm de curso, na dianteira, e um único amortecedor fixado na balança traseira com 150 mm de curso.
Mais torque
O motor, desde janeiro de 2010, é bicombustível e o mesmo monocilíndrico de quatro tempos, com comando simples no cabeçote, 149,2 cm³ de capacidade e alimentado por sistema de injeção eletrônica PGM-FI (Programmed Fuel Injection). O mesmo da CG 150 Titan, porém com mais torque: são 1,39 kgf.m com gasolina (1,53 kgf.m com etanol) a 6.000 rpm – a CG oferece 1,32 e 1,45 kgf.m, respectivamente. Mas por outro lado, menos potência máxima. Na NXR 150 Bros, o propulsor garante 13,8 cv com gasolina e 14,0 cv com etanol a 8.000 rpm – na Titan são 14,2 cv e 14,3 cv.
Na prática, o que se nota, é que a Bros 150 arranca na frente da CG, em função do torque maior, mas também por causa de uma relação final menor – na on/off-road a coroa tem 49 dentes e o pinhão 17, já na Titan, a coroa é de 43 dentes e o pinhão de 16. Porém, na estrada, a velocidade final da Bros 150 é menor, chegando dificilmente a 120 km/h no velocímetro, e em qualquer subida tinha dificuldade para manter a velocidade, em função da potência menor. Bastou rodar na Rodovia dos Imigrantes, que liga a capital São Paulo ao litoral, para notar que diversas Titan me ultrapassavam.
Uso misto
Mas as diferenças entre Titan e Bros vão além do desempenho do motor. A começar pela posição de pilotagem: na Bros o piloto vai mais ereto e com as pernas mais esticadas, porém o banco não é tão confortável como na CG. Já o guidão da trail da Honda não é tão aberto quanto em outras motos do segmento, o que causa certa estranheza no começo.
Em resumo, a Honda projetou uma moto que mescla as qualidades de um trail com uma posição de pilotagem mais urbana. O que pode ser bom para percorrer nossas estradas ruins, mas frustra quem é fã do estilo trail.
Aliás, amantes das motos trail também vão estranhar as suspensões de longo curso com um acerto muito macio. Assim como a roda menor, fazem da Bros uma boa moto de uso misto, mas não uma autêntica trail. Por outro lado, a roda aro 19 na dianteira demonstra boa agilidade para contornar curvas e “costurar” entre os carros no trânsito urbano. Já em estradas de terra, isso é um ponto negativo, pois a roda dianteira menor não supera obstáculos como um aro 21.
No quesito freios, a unidade testada merece destaque: a versão ESD vem com disco de 240 mm na dianteira e tambor de 110 mm na traseira. Ambos bem dimensionados para o peso de 119,1 kg (a seco) do modelo. Pela eficiência, o preço maior da versão ESD com freio a disco (R$ 350 em média) compensa.
Modelo de 150cc
Para 2013, a Honda NXR Bros 150 foi reposicionada no line-up da marca com a chegada da Bros de 125cc. O modelo de 125cc manteve o visual da geração anterior e seu motor, alimentado por carburador, não é bicombustível. Sem falar que a Bros 125 não tem o freio a disco como opção.
Com isso, a NXR 150 Bros agora está disponível em duas versões, ambas com partida elétrica: a versão ES, com freio a tambor nas duas rodas, e com preço sugerido de R$ 8.640; e a versão ESD, com disco na dianteira, por R$ 8.990. Já à venda nas concessionárias nas cores vermelha (da unidade testada), preta, e um chamativo verde.
Ficha Técnica Honda NXR 150 Bros ESD
Motor Monocilíndrico, OHC, 4 tempos, arrefecido a ar
Cilindrada 149,2 cm³
Potência máxima 13,8 cv a 8.000 rpm (gasolina) ou 14,0 cv a 8.000 rpm (álcool)
Torque máximo 1,39 kgf.m a 6.000 rpm (gasolina) ou 1,53 kgf.m a 6.000 rpm (álcool)
Alimentação Injeção Eletrônica PGM-FI (Programmed Fuel Injection)
Capacidade do tanque 12 litros
Câmbio Cinco velocidades
Transmissão final Corrente
Suspensão dianteira Garfo telescópico com 180 mm de curso
Suspensão traseira Monochoque com 150 mm de curso
Freio dianteiro Disco de 240 mm de diâmetro
Freio traseiro Tambor de 110 mm de diâmetro
Chassi Berço semiduplo
Dimensões (C x L x A) 2.060 X 810 X 1.138 mm
Altura do assento 829 mm
Altura mínima do solo 244 mm
Entre-eixos 1.353 mm
Peso seco 121,4 kg (versão ESD)
Cores preto, vermelho e verde
Preço público sugerido R$ 8.640,00 (ES) e R$ 8.990,00 (ESD)
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