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Honda CG 150 Titan ganha freios combinados para ajudar iniciante

22/08/2014 - 15:54 - Carlos Bazela / Agência INFOMOTO - FOTOS: Divulgação
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Desde seu lançamento em 1976, a Honda CG é o estandarte de toda a tecnologia criada pela marca com foco nos modelos populares e já adotou desde o freio a disco dianteiro até injeção eletrônica e, posteriormente, sistema de alimentação bicombustível. Agora, as versões ESD e EX da CG 150 Titan trazem outra evolução para a linhagem: a adoção de freios CBS, que prometem ajudar aos recém-saídos da moto-escola.

Também conhecido como freios combinados, ou CombiBrake, como prefere a Honda, sistema consiste em acionar parcialmente o disco dianteiro quando o pedal traseiro é pressionado. O pedal traseiro, portanto, agora tem dois estágios. 

Pressionado até certo ponto, freia apenas atrás. Mas, quando o piloto pisa no pedal traseiro com mais vigor, ativa um segundo cilindro mestre que distribui a força da frenagem entre o tambor traseiro e um terceiro pistão colocado na pinça dianteira. Esse pistão extra, colocado no meio dos outros dois, é acionado por um segundo cabo flexível que desce à roda paralelamente àquele que sai do manete direito. 

De acordo com a Honda, o CombiBrake reduz em até 20% o espaço de frenagem da Titan em comparação com a mesma motocicleta sem o sistema. A proporção da força, por sua vez, fica em 66% na roda traseira, enquanto 34% passa a se concentrar na dianteira. 

Evolução necessária

A implantação do freio CBS na versão top de linha do principal modelo da Honda irá obrigar ao motociclista brasileiro a rever sua forma de pilotar. “Nas pesquisas, identificamos que a maioria dos motociclistas utiliza os freios de maneira equivocada”, comenta Alexandre Cury, gerente geral comercial da Honda, sobre o hábito dos pilotos em utilizar mais o pedal traseiro do que o manete dianteiro, quando o correto seria ambos em igual proporção. 

De acordo com a Abraciclo, associação brasileira das empresas do segmento de duas rodas, dados apurados em revisões gratuitas feitas pela entidade mostram que 44% das motos apresentam desgaste excessivo no freio traseiro. “Esse dado mostra que, além de excessivo, o uso do freio é equivocado”, afirma Alfredo Guedes Junior, engenheiro da Honda.

O engenheiro ainda põe o mau uso dos freios na conta das moto-escolas, comentando sobre o processo de treinamento pelo qual passa o motociclista na maioria das cidades. “Durante o processo de habilitação, o usuário é orientado a só usar o freio traseiro”, completa Guedes.

Iniciante ao guidão

O fato apontado por Alfredo Guedes é uma verdade, pelo menos no processo realizado em São Paulo (SP). Sou motociclista habilitado desde outubro do ano passado e tenho pouca experiência ao guidão. Tive a missão de avaliar a versão ESD da Titan 2015 como seu público alvo. E, por isso, entenda-se o usuário recém-saído da moto-escola e que traz consigo a pouca bagagem adquirida durante o treinamento.

Aproveitei o espaço do Centro de Treinamento da Honda, em Indaiatuba (SP), para testar a moto nas mesmas condições na qual utilizava a CG nos tempos de moto-escola: sempre em primeira marcha em circuito fechado. Logo de início, achei a moto mais leve. Mas isso se deve a recente reformulação do chassi da street, em 2013, que “emagreceu” quatro quilos – mas ganhou outros 2 kg agora com a adição do CBS.

Na prática, os dois estágios do pedal de freio traseiro não são perceptíveis. Pelo menos para um piloto do meu nível. Todavia, a atuação do CombiBrake sim. Quando acionado até o final, o pedal logo põe em uso o terceiro cilindro da pinça dianteira e já é possível perceber uma redução radical na velocidade da moto em relação a uma moto sem o sistema.

Tempo para pensar

O mecanismo também melhora a confiança do piloto novato em relação à estabilidade, uma vez que você se sente no controle da moto durante todo o “tempo” de frenagem. Algo útil em uma situação de emergência, como desviar de um obstáculo, por exemplo. 
Outro ponto que favorece aos iniciantes pelo CBS na Titan é o tempo para pensar. Quando não se tem experiência ao pilotar motos, as ações ainda não são automáticas. Portanto, você pensa antes de fazer tarefas simples, como pisar no pedal traseiro, apertar a embreagem e daí acionar o manete direito do freio dianteiro. Quando se sente que a pinça já está atuando na roda da frente, fica mais fácil fazer as outras duas ações com mais rapidez. 

Mercado

Com a atualização, entretanto, as motos encareceram. Os preços públicos sugeridos são R$ 7.680,00 para a versão ESD e R$ 8.180,00 para a EX, sem as despesas de frete e seguro. As motos chegam às concessionárias já neste mês de agosto nas cores preta (ESD), vermelha com a tampa lateral branca (ESD e EX) e tricolor (EX).  

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