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Isso porque o modelo ganhou destaque na mídia especializada graças à sua exclusiva transmissão automática HFT (Human Friendly Transmission – Transmissão Humanamente Amigável). Fruto de anos de estudos e desenvolvimento, o mecanismo é completamente diferente de qualquer outro visto hoje no mercado mundial, principalmente das transmissões continuamente variáveis com uma correia em “V” utilizado nos scooters.
Seu principal diferencial em relação aos sistemas convencionais está no modo como o câmbio trabalha. Pelo fato do HFT ser totalmente hidráulico, sem correias ou variador, como acontece com a maioria dos scooters, a embreagem hidráulica automática “altera” as relações de transmissão de forma continuamente variável (sem trancos, como nos câmbios CVT).
O sistema básico está numa bomba de óleo dentro da caixa de câmbio que converte a potência produzida pelo motor em pressão hidráulica. Essa, por sua vez, atua diretamente em um conjunto formado por pequenas engrenagens e êmbolos que posteriormente darão a pressão necessária para gerar a força motriz transmitida à roda da moto.
Na teoria o sistema pode parecer complexo, mas na prática trabalha de forma simples e oferece inúmeras vantagens para o condutor. Como destaque está o fato do piloto poder selecionar, através de um pequeno botão no guidão, dois modos de funcionamento da transmissão automática: o modo “D” para a condução normal, e o modo “S” para uma condução mais esportiva, com uma celeração mais nervosa. Surpreso? Pois saiba que existe ainda um terceiro modo de transmissão, feito por uma caixa manual com comando elétrico.
Pelo mesmo botão de seleção do modo automático, o piloto pode optar por trocar as marchas manualmente. São seis velocidades disponíveis que, segundo a Honda, dão a sensação de se estar realmente mudando de marcha. Outro ponto interessante é a possibilidade de se aplicar o “ponto morto”. Nesta condição, o sistema de transmissão hidráulico fica completamente desligado, permitindo que o motor seja acelerado com a moto parada sem o acionamento dos freios. Segundo a Honda, o HFT foi igualmente concebido para passar a esta posição sempre que o motor se desligar, o que facilita as manobras em baixa velocidade.
Equipada com um motor bicilíndrico em V a 52º e 680cc com potência de 55 cv a 7.500 rpm, a DN-01 promete inaugurar uma nova era no mercado mundial de duas rodas. No futuro existe a possibilidade do HFT estar presente em outros modelos da marca, como a touring Gold Wing. De certo mesmo é que toda essa tecnologia seguirá disponível, por enquanto, apenas na DN-01.
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