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Segundo a fabricante foi pensando em quem busca economia, praticidade e baixo custo que a empresa “voltou às origens” e trouxe de volta ao mercado sua CUB de maior sucesso de vendas. Da antecessora, a Biz 100 herdará, com certeza, sua fama de robusta e quase indestrutível. Foram mais de 10 anos de produção e mais de um milhão de C 100 Biz emplacadas, por isso é tão fácil encontrar uma remanescente em nossas ruas seja a trabalho ou lazer.
Voltando a falar do novo modelo percebemos que poucos motociclistas notavam que se trata de um lançamento, tamanha proximidade com a Biz 125. Mas as semelhanças são puramente visuais como notamos na avaliação na cidade e na estrada.
Acelera! Vamos, acelera!
Como era de esperar o novo motor de apenas 97,1 cm³ de capacidade cúbica – praticamente o mesmo que equipa a CUB Wave no exterior – tem que trabalhar bastante para manter uma velocidade compatível com nossas estradas. Em nossa avaliação a versão ES (partida elétrica) superou os 100 km/h no velocímetro e, em alguns declives mostrava entusiasmo para chegar a incríveis 120 km/h. Mas para isso era preciso manter punho torcido enquanto o pequeno propulsor trabalhava na casa dos 7.000 giros buscando sua potência máxima de 6,43 cv. Nessa situação o piloto sente a vibração do motor nas pedaleiras e também nas manoplas. Você pode até dizer que a estrada não será a praia da Biz 100, porém muita gente a usará nas rodovias nos deslocamentos entre cidades. Apesar do ritmo frenético o baixo consumo foi destaque: pouco mais de 42 km/litro, isso projeta uma autonomia superior a 230 quilômetros.
Contudo é na cidade que a Biz “está em casa”, pois o motor (alimentado exclusivamente com gasolina) pode trabalhar em ritmo mais lento, já que o torque máximo de 0,71 kgf.m chega aos 4.000 giros. Não foi preciso trocar as marchas de forma excessiva para manter o giro do motor, pois o câmbio rotativo de quatro marchas se mostrou bem escalonado. Para os iniciantes no mundo das duas rodas, a embreagem centrifuga (que acopla os discos de embreagem com o aumento do giro do motor), é uma grande ajuda, pois a moto não corre o risco morrer nas saídas de farol, por exemplo. Na condição urbana o consumo melhorou para 49 km/litro.
Até aqui está tudo fácil, mas não é sempre um mar de rosas. Nas manhãs geladas o piloto sentirá falta da injeção eletrônica e precisa de paciência para um pequeno ritual. Abrir a torneira de combustível (lembra disso?), acionar totalmente o afogador, ligar a moto, esperar que o motor atinja a temperatura de trabalho e finalmente fechar o afogador e seguir em frente.
Enquanto aguarda poderá ajeitar seus pertences sob o banco onde cabe até um capacete fechado. Lá também está alojado o modesto estojo de ferramenta. Outra caraterística que faz dessa moto a segunda mais simples do line-up da Honda, perdendo apenas para a Pop, é a ausência do dispositivo de segurança no miolo da chave chamado shuttle key.
Na busca pelo menor preço e baixo custo de manutenção o modelo usa freios a tambor nas duas rodas. Embora a Biz não seja um modelo de alto desempenho, esse tipo de freio não tem a mesma eficiência que o freio a disco, portanto o piloto deve ficar atento aos espaços necessários de frenagem.
Na ciclística o chassi monobloco construído com tubos de aços e as suspensões reforçadas garantem que a Biz terá vida longa apesar dos buracos em nossas ruas e estradas. Equipada com rodas raiadas usa pneu 60/100 – 17 na dianteira e 80/100 – 14 na traseira. As medidas são estreitas, porém adequadas as necessidades e tem baixo custo de manutenção. Na pesquisa em São Paulo encontramos ao custo de R$ 106 o pneu dianteiro e R$ 126 o traseiro.
Destinada aos iniciantes no mundo das duas rodas a nova Biz tem pela frente o desafio de empolgar principalmente as mulheres. Essa fatia de consumidores, segundo dados da Fenabrave, responde por mais de 25% das vendas de moto. Para isso a fabricante oferece a cor rosa metálica, disponível apenas na versão compartida elétrica (ES).
Claro que nessa faixa de preço o custo é fundamental para o sucesso do produto. Na versão KS (partida a pedal) encontramos o modelo cotado a R$ 5.100, enquanto a versão ES (partida elétrica) seu preço praticado é de R$ 5.700.
Simples, porém agressiva
Ela pode ser meiga em suas cores e linhas, mas contra as concorrentes será bastante agressiva. Na mira da Honda estão outro modelos de baixa cilindrada fabricados aqui ou de origem chinesa como, por exemplo, Yamaha T115 Crypton (R$4.150, na versão K), Dafra Zig+ (R$ 4.250), Kasinski Win 110 (R$ 4.290) e Traxx Sky 125 (R$ 4.399).
A Honda não confirma, mas o relançamento de Biz 100 está diretamente ligado a intensão de barrar a ofensiva dos modelos de origem asiática e, consequentemente, ampliar ainda mais sua participação na base da pirâmide, já que o mercado de duas rodas deve dobrar em uma década.
Ficha Técnica Honda Biz 100 2013
Motor OHC, monocilíndrico, 4 tempos, arrefecido a ar
Capacidade cúbica 97,1 cm³
Potência Máxima 6,43 cv a 7.000 rpm
Torque Máximo 0,71 kgf.m a 4.000 rpm
Alimentação Carburador com 15,9 mm de diâmetro de venturi
Capacidade do tanque 5,5 litros (1,5 litros de reserva)
Câmbio Rotativo de quatro velocidades
Suspensão dianteira Garfo telescópico com 100 mm de curso
Suspensão Traseira Braço oscilante com 86 mm de curso
Freio Dianteiro A tambor com 130 mm de diâmetro
Freio Traseiro A tambor com 110 mm de diâmetro
Chassi Monobloco
Dimensões (C x L x A) 1.891 x 726 x 1.087 mm
Altura do Assento 753 mm
Distância Mínima do Solo 130 mm
Distância entre-eixos 1.261 mm
Peso Seco 99 kg (ES)
Cores Preta, vermelha (versões KS e ES) e rosa metálico (apenas versão ES)
Preço público sugerido A partir de R$ 5.290 (ES)
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