Hyundai adota motor 2.0 flex no Elantra e cobra caro por isso

Apresentado oficialmente ao mercado nacional durante o último Salão do Automóvel de São Paulo, realizado em outubro passado, o Hyundai Elantra flex acaba de chegar à rede de concessionárias da marca em todo o Brasil. O sedã médio, antes dotado de um motor 1.8 litros, agora passa a contar com uma mecânica 2.0 e muito recheio interno. Mas a marca cobra caro por isso.

A mudança inflou o preço do sedã que, com motor 1.8, era vendido entre R$ 76 mil e R$ 84 mil. Agora, os preços são R$ 96.386, para a versão de "entrada", e R$ 99.860, para o modelo com teto solar. As duas versões possuem câmbio automático.

No entanto, os preços no segmento estão, pelo menos, R$ 10 mil abaixo: o Toyota Corolla Altis 2.0 A/T custa R$ 84.580 (valor já absurdo, aliás); o Volkswagen Jetta 2.0 A/T parte de R$ 67.990, e mesmo dotado de motor TFSI de 200 cavalos (a rigor, um Audi sob pele de Volks) não chega a R$ 96 mil -- com teto solar. O Chevrolet Cruze LTZ A/T, completaço, vale R$ 78.831. Sem contar que com R$ 99.900 você pode comprar o recém-lançado hatch Classe A da Mercedes-Benz.

Novo motor

Agora, o sedã coreano utiliza um motor NU 2.0 Flex, o mesmo quatro-cilindros de 16 válvulas utilizado no utilitário esportivo ix35. Produz até 178 cv quando abastecido com etanol. O baixo coeficiente aerodinâmico (CD) de 0,28 é um dos destaques do sul-coreano e a preocupação em reduzir peso alterou até mesmo a espuma aplicada nos bancos.

Por dentro

A Hyundai privilegiou o espaço interno, já que o comprimento total é de 4,53 metros, mas o porta-malas carrega apenas 420 litros de bagagem. Como comparação, um VW Voyage mede 4,23 m e leva 480 litros no compartimento de bagagem.

O Elantra traz sistema de áudio completo, com rádio, toca-CDs/MP3 e entradas para iPod, USB e auxiliar. A direção hidráulica é eletricamente assistida. Todas as versões do Elantra trazem kit multimídia com tela de sete polegadas sensível ao toque, câmera de ré, Bluetooth, comandos de áudio no volante, controlador automático de velocidade, sensor de chuva e faróis de neblina. O teto-solar é opcional.

Agora é esperar para ver se o consumidor brasileiro quer gastar perto de R$ 100 mil para ter um sedã médio. Você compraria?