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Inazuma coloca Suzuki na disputa das 250/300cc

03/04/2014 - 15:49 - Cicero Lima/ Agência INFOMOTO -FOTOS: Mário Villaescusa/ Agência INFOMOTO
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Rodamos, em primeira mão, com a nova Suzuki Inazuma. Apresentada no Salão Duas Rodas 2013, a street de 250cc é um dos lançamentos mais importantes da Suzuki no Brasil recentemente. Afinal, coloca a marca japonesa na briga de um dos segmentos mais importantes do mercado nacional e com um produto realmente novo. Equipada com motor de dois cilindros paralelos, com 248 cm³ de capacidade e refrigeração líquida, a Inazuma também aposta em um visual imponente, reforçado pela saída de escape dupla e um design que remete à big naked B-King. 

Ainda sem preço definido pela J.Toledo/Suzuki a Inazuma deverá chegar às lojas em maio. Algumas concessionárias consultadas estimam o preço final entre R$ 14.500 e R$ 16.000. Mais salgado que as principais concorrentes, monocilíndricas, como a líder do segmento, Honda CB 300R que, com freios ABS, tem preço sugerido de R$ 13.740; e também que a Yamaha Fazer YS 250, vendida a partir de R$ 11.580. Entretanto, a 250cc da Suzuki oferece motor de dois cilindros com refrigeração líquida e um visual moderno que a diferencia das concorrentes.

Primeiras impressões

Pelo peso da novidade, assumir o guidão da Inazuma pela primeira vez foi muito interessante, era a chance de conhecer na prática o que ela tem a oferecer. Bastou girar a chave para conferir um painel bem completo, com conta-giros analógico ao centro, velocímetro digital, marcador de combustível, um prático relógio, além de informações pouco comuns nas motos dessa categoria. Entre elas, luz de alerta de intervalos de manutenção (que pode ser ajustada pelo piloto), indicador de marcha engatada e um shift light para auxiliar na economia de combustível. 

Embora não influa no mapeamento da injeção eletrônica, o dispositivo, batizado de “economode”, informa a hora certa de trocar a marcha aproveitando o bom torque do motor bicilíndrico. Pode ser selecionado o modo normal ou econômico, e ainda existe a possibilidade de desligá-lo. 

O banco largo traz uma generosa camada de espuma, sugerindo bastante conforto em viagens. Os braços chegam com facilidade aos comandos que oferecem boa ergonomia. Para ajudar, os semiguidões podem ser regulados para se adequar ao tipo físico do piloto. A garupa desfruta de uma visão privilegiada graças ao banco em dois níveis que a deixa numa posição mais elevada. Ainda há largas alças de apoio para oferecerem boa empunhadura. 

Ao ligar o motor, a centralina eletrônica efetua o check-up, enquanto a bomba pressuriza o combustível, indicando a presença de injeção eletrônica de combustível. O som do propulsor de dois cilindros que sai pela ponteira dupla é grave e compassado. As discretas aletas de refrigeração e a ventoinha para ventilação forçada demonstram que a moto conta com um sistema de refrigeração líquida. Um recurso que vem de encontro à proposta da moto de ser um modelo urbano, econômico e com bom desempenho.

Bastante torque 

Além da refrigeração líquida, o propulsor tem comando simples no cabeçote e quatro válvulas por cilindros. O projeto deixa clara a opção da Suzuki em oferecer mais torque em baixas rotações do que potência em altos giros. Percebe-se isso ao analisar os números de desempenho da Inazuma: torque máximo de 2,24 kgf.m a 6.500 rpm e potência de 24,5 cv a 8.500 rpm, o corte do motor acontece aos 11.000 giros. 

Pode-se notar essa também característica nas arrancadas e manobras em baixa velocidade, quando não é preciso trocar de marchas para manter a moto sob controle. Apesar de o torque máximo (2,24 kgm) chegar aos 6.500 giros, a partir de 3.000 rpm já há bastante força para acelerações. 

Destaque também para o funcionamento suave e linear do motor graças ao uso do balanceiro para eliminar as vibrações. Com acelerações vigorosas, a moto vai de 0 a 100 km/h em menos de sete segundos. Claro que isso trocando as marchas no limite do motor com o giro lá em cima.

O câmbio, como é típico nas motos Suzuki, tem engates macios e precisos e foi escalonado de forma a aproveitar bem a potência e torque do motor: as primeiras são mais curtas com a quinta e a sexta marcha mais longas, quase “over-drive”. Em quinta, é possível superar facilmente os 140 km/h, mas depois os giros crescem mais lentamente, chegando à velocidade máxima da Inazuma: 155 km/h.

Ciclística ajustada

As rodas de liga-leve de 17 polegadas e os pneus de dimensões generosas – 140 mm de largura na traseira – reforçam o visual robusto do modelo. A ponteira de escapamento duplo (um para cada cilindro) e o paralama avantajado conferem à Inazuma porte de uma moto maior. Assim como as aletas do tanque, que trazem os piscas integrados, e o conjunto óptico imponente. 

Bem comportada nas curvas, mostrou uma ciclística ajustada para sua proposta. O quadro rígido e o centro de gravidade baixo ajudam a manter a Inazuma no traçado escolhido pelo piloto. Calçada com pneus 110/80 na dianteira e 140/70 na traseira, que oferecem boa aderência, a Inazuma deve ser divertida em estradas sinuosas. Para auxiliar na empolgação do piloto, a pedaleira é retrátil e conta com pino limitador para avisar a hora de “maneirar”. 

No quesito freios, a Suzuki instalou discos ventilados de 290 mm de diâmetro com pinça de dois pistões, na dianteira, e disco de 240 mm com pinça simples, na traseira. O sistema se mostrou bem dimensionado, até mesmo para frear o peso excessivo da Inazuma. Afinal, com 182 kg em ordem de marcha, essa Suzuki 250cc é bem mais pesada que as concorrentes. A Yamaha Fazer, por exemplo, marca 153 kg na balança também em ordem de marcha, ou seja, pronta pra rodar. 

Não dá nem para culpar o tanque de combustível, com capacidade para apenas 13,3 litros, já que a Yamaha Fazer comporta 19,2 litros. Como andamos com a Inazuma em uma centena de quilômetros e durante um dia, não foi possível mensurar o consumo da moto. Mas, na Europa, a Suzuki anuncia que essa 250cc roda 30 km/litro – dentro da média da categoria e resultando em uma autonomia razoável de quase 400 km. 

Conclusão

Com visual diferenciado, marcado pelo farol poligonal e os piscas dianteiros integrados na aleta, que remetem à naked B-King, a Inazuma 250 ainda oferece o motor bicilíndrico como diferencial dentro da categoria. 

O que resta agora é saber se essas características serão suficientes para pôr a Inazuma em uma briga com oponentes já veteranas e mais em conta. Produzida em Manaus (AM), o modelo deverá desembarcar nas concessionárias em maio nas cores azul/branca, preta e vermelha, como a unidade avaliada. Tudo indica que o sucesso ou fracasso da Inazuma 250 no Brasil dependerá muito do seu preço (ainda não divulgado pelo fabricante) e da habilidade dos concessionários em ressaltar as diferenças da Inazuma em relação às concorrentes.

FICHA TÉCNICA Suzuki Inazuma 250

Motor: Dois cilindros em linha, 8 válvulas, SOHC, com refrigeração líquida
Capacidade cúbica: 248 cm³
Potência: 24,5 cv a 8.500 rpm
Torque: 2,24 kgm a 6.500 rpm
Alimentação: Injeção eletrônica 
Câmbio: 6 velocidades
Quadro: semi-berço 
Suspensão dianteira: tipo garfo telescópico convencional com curso de 120 mm 
Suspensão traseira: Monoamortecedor com regulagens, 120 mm 
Freio dianteiro: disco, 290 mm
Freio traseiro: Disco, 240 mm 
Pneu dianteiro: 110/80 – 17 (sem câmara)
Pneu traseiro: 140/70 – 17 (sem câmara)
Comprimento: 2.145 mm
Largura: 760 mm
Altura: 1.075 mm
Distância entre eixos: 1.430 mm
Altura do banco: 780 mm
Altura mínima do solo: 165 mm
Tanque de combustível: 13,3 litros
Peso (em ordem de marcha): 182 kg
Cores: Preta, vermelha e azul/branca

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