Kampai faz lançamento hi-tech para o Novo Corolla

A Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) anunciou essa semana que as montadoras vão investir US$ 5 bilhões em 2008 para elevar a capacidade de produção de veículos dos atuais 3,5 milhões de unidades para 3,8 milhões. E uma das montadoras que terá muito trabalho em sua linha de montagem este ano é a Toyota. O motivo disso é o lançamento do Novo Corolla. Que está mais para reestilização do que para nova geração. No decorrer da reportagem você vai entender o porque.

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Show de apresentação

O Novo Corolla é um dos lançamentos mais esperados para o ano de 2008. Prova disso é a apresentação feita pela concessionária Toyota para Mato Grosso do Sul, a Kampai, realizada na última quinta-feira (27). Com jogo de luzes, laser, muita música eletrônica, fumaça e 4 modelos do carro sendo baixados dos elevadores hidráulicos da oficina a marca empolgou o público presente e foi difícil ver qualquer detalhe do carro nipônico por mais de uma hora.

Essa é a 10ª geração do Corolla, no Brasil, a terceira desde que o veículo começou a ser produzido em Indaiatuba (SP). Com design igual ao do modelo que já é comercializado na Europa, o sedã chega com a missão de combater o Honda Civic, que conquistou a liderança de mercado do segmento no ano passado. A marca, aliás, não faz questão nenhuma de esconder seu alvo.

A todo momento, a equipe de vendas da marca ressalta os atributos do Corolla com relação ao carro da Honda. No lançamento para imprensa especializada em São Paulo, Luiz Carlos Andrade Junior, vice-presidente sênior da Toyota Mercosul, afirmou: "Temos tudo para retomar a liderança do segmento, como habitáculo e porta-malas, que no concorrente é menor [o porta-malas do Civic tem 340 litros]". Porta-malas, aliás, deveria ser um dos pontos fortes do Corolla, mas, infelizmente, a montadora se esqueceu de um detalhe e deixou as hastes com molas no sistema do bagageiro – ao invés de usar o sistema de amortecedores, como no VW Jetta.

Nova geração ou reestilização?

A montadora faz questão de ressaltar que o carro mudou muito. E, realmente, algumas coisas são boas novidades, como: o mesmo design usado na Europa, que lembra muito o o Camry, sedã de categoria superior da marca, sobretudo quando visto de frente, traz ainda piscas integrados aos retrovisores externos, uma tendência em veículos mais modernos, entre outros.

Na estrutura, os dados da Toyota mostram que o Corolla está 10 milímetros maior no comprimento, totalizando 4,54 metros, e 55 mm na largura, o que resulta em 1,76 m e com altura menor em relação ao solo (agora são 16,5 centímetros em vez de 17 cm). O volume do porta-malas também aumentou, passando de 437 litros para 470 litros, mas que tem o problema citado acima.

Agora, um assunto que gerou muita polêmica nas rodas de conversa do lançamento em MS foi o fato do carro manter a mesma plataforma do modelo anterior. “É como se trocasse somente a roupa dele”, disse um dos possíveis compradores presentes no evento.

Mesmo com alguns detalhes, vistos por muito poucos, o carro agradou e muito. Isso tudo se deve pelo seu ar mais esportivo, com pára-choques mais bojudos, faróis que invadem o pára-lamas, as lanternas traseiras também, linha de cintura mais alta (que dá mais segurança para quem anda no carro) e o interior que ficou mais funcional.

Por dentro

Seu painel foi renovado, sobretudo os mostradores, que ganharam nova padronização. Agora o veículo adota o assoalho plano (que o Civic tem desde o ano 2000) e vem agora com quatro airbags nas versões XEi e SE-G e dois na XLi, acelerador eletrônico, direção com assistência elétrica, acendimento automático dos faróis (versões XEi e SE-G), sensor de estacionamento na frente e atrás e faróis de xenônio (os dois na SE-G), entre outros itens.

Desde a versão de entrada (XLi), o sedã vem de série com ar-condicionado, trio elétrico (travas, espelhos externos e vidros), apoio de braço central deslizante, volante de três raios com regulagem de altura e profundidade, computador de bordo (com relógio, consumo médio, consumo instantâneo, autonomia e velocidade média) e comandos internos para abertura do tanque e do porta-malas. Haverá sete opções de cor: prata Supernova, preto Eclipse, bege Aurora, cinza Galáctico, branco Polar (versões XLi e XEi), verde Boreal e azul Orion (estas a partir de maio).

Mas o carro que tem mais requinte por dentro é realmente o top de linha SE-G. Além de muitos detalhes com imitação em madeira o carro aprensentado em Campo Grande era na cor preta com bancos de couro branco, que deu um ar clássico ao Corolla SE-G.

Motorização

O motor é o 1.8 VVTi Flex de 16 válvulas que desenvolve de 132 cv (cavalos) quando abastecido com gasolina a 136 cv (com álcool). Agora todas as versões são flex. Uma opção 1.6 litro movida a gasolina pode ser criada, mas exclusivamente para deficientes físicos e exportação.

Preços

Seus preços serão os seguintes: R$ 62 mil (XLi manual), R$ 66 mil (XLi automático), R$ 68.500 (XEi manual sem banco de couro), R$ 70.400 (XEi manual com banco de couro), R$ 72.500 (XEi automático sem banco de couro) – que promete ser o campeão de vendas, R$ 74.500 (XEi automático com banco de couro) e R$ 87.300 (SE-G automático, que não tem versão manual e já traz banco de couro). Os valores têm como base São Paulo.

Com a estratégia de atrair um cliente mais jovem sem afugentar os tiozões, a Toyota admite que, com o mercado aquecido, podem faltar carros. "Estamos nos preparando para gerenciar essa situação", diz o vice-presidente. Para amenizar as filas, que parecem mesmo inevitáveis, a capacidade de produção da fábrica foi ampliada de 60 mil para 70 mil unidades por ano. Que pode ser pouco, já que somente aqui em Campo Grande o carro já tem mais de 40 propostas de compra. Isso somente de clientes que nem tinham visto o carro antes.

Agora é esperar pra ver a reação do mercado. Em breve, o ShopcarNews mostra o teste completo que faremos no Novo Corolla aqui em Mato Grosso do Sul.